A França, contrariamente ao que alguns podem julgar, é um país com um modo muito franco-francês de ser europeu. Com o expectável reforço dos eurocéticos no próximo parlamento, duvido que Macron consiga congregar apoios para um aprofundamento integrador da União Europeia.
3 comentários:
Um mal menor.
Em 29 de Maio de 2005 O povo francês disse não ao Tratado Constitucional.
Mas os malabaristas franceses e europeus, em Lisboa, num passe de prestidigitação, transformam-no no ‘Tratado de Lisboa, sem voltar a pedir a opinião dos cidadãos. Mesmo Nicolas Sarkozy, disse que em Lisboa pariram dum “mini-tratado”.
Ângela Merkel foi mais honesta quando disse que era a copia conforme do Tratado Constitucional…
Foi a partir de Lisboa, que a Europa deixou de ser uma instituição democrática…
Parece-me que seria importante perceber se EM salvou o centro político em França ou se o destruiu a prazo comprimindo a direita moderada contra a extrema direita de M. Le Pen e a esquerda moderada contra a extrema esquerda de J.L. Melenchon. A mim, parece-me que o destruiu.
A História não é uma seta, mas uma sucessão de acasos. Tivesse F. Fillon sabido não antagonizar N. Sarkozy e os seus próximos e os escândalos que envolveram a esposa não teriam vindo a público. O partido LR ainda seria a principal força de direita em França e o PS teria conseguido re-mobilizar-se. Os extremistas estariam onde ainda hoje deviam sempre estar, sem possibilidade de ameaçar os fundamentos do nosso sistema político.
Nas próximas eleições veremos eleita a Sra. Le Pen. Este é o verdadeiro custo dos 600.000 EUR de dinheiros públicos que Fillon decidiu pagar à esposa. Hoje não chega para um T2 nas Avenidas Novas. Acredito que não chegue sequer para um estúdio no Quartier Latin. Assim se decide o destino dos povos.
Bonne continuation!
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