terça-feira, maio 10, 2022

A lei dos números

Ao ocupar a Crimeia e ao promover a secessão de parte do Donbass, em 2014, a Rússia como que ajudou a reforçar a identidade de uma “nova” Ucrânia. O país, por essa nova geografia política, passou a ter muito menos ucranianos russos, pelo que prevalência eleitoral de figuras anti-russas ocorreu com naturalidade. A Ucrânia em que um presidente pró-russo como Víktor Yanukóvytch pôde ser eleito deixou assim de existir.

2 comentários:

Anónimo disse...

Tendo em conta que uma guerra nuclear na Europa devastaria o continente de uma forma absolutamente indescritível e sem paralelo na história, para além do número de feridos e mortos que faria imediatamente colapsar por completo todos os serviços nacionais de saúde da UE, a consequente falta de água, comida, electricidade, combustível, medicamentos, etc... certamente provocaria muitas mais fatalidades em poucas semanas.

É isto que as chefias militares da NATO pretendem? É isto que querem? Então se não é isto que desejam, porque é que continuam a permitir que os seus países continuem a ser governados por gente completamente lunática e ao serviço de interesses obscuros que nada têm a ver com o real interesse dos povos?

A Rússia está preparada para combater e resistir a uma guerra convencional e até mesmo nuclear contra a NATO. A NATO, por sua vez, não passa de um tigre de papel equipado com armamento que na sua larga maioria está obsoleto, é quase totalmente inútil e é vendido pelos ianques aos seus "amigos e aliados" a preços hiperinflacionados. A título de exemplo, têm os famosos mísseis Patriot que os EUA têm andado a vender a vários países da NATO, como a Polónia e que são totalmente incapazes de defender um dado espaço aéreo dos mísseis balísticos e hipersónicos russos. Aliás, os Patriot têm tido um desempenho miserável e nem sequer têm conseguido defender adequadamente a Arábia Saudita dos drones e mísseis balísticos iranianos usados pelos Houthis.

A realidade que os media e a classe política da UE e dos EUA na sua maioria ignoram é que a NATO, não está em condições de combater qualquer espécie de guerra em grande escala, pelo simples motivo de que as capacidades de combate da NATO têm progressivamente vindo a diminuir desde o fim da Guerra Fria em 1991.

Luís Lavoura disse...

Este post insiste na separação entre ucranianos "russos" e "não-russos", que a atual guerra mostrou ser em grande parte falsa. A atual guerra mostrou que os ucranianos o são (quase) todos, independentemente da sua língua materna. Até o presidente da Ucrânia é de língua materna russa...

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