quarta-feira, maio 25, 2022

Armas

A orgia de armas em que a sociedade americana vive tem as suas habituais consequências. Mas nada faz supor que os equilíbrios políticos nos EUA apontem para a derrogação ou limitação do princípio constitucional que abre a porta a regulares massacres. A América é também isto.

4 comentários:

João Cabral disse...

Sobretudo a mentalidade, senhor embaixador.

Luís Lavoura disse...

Mas na Suíça e, de facto, em muitos outros países também há uma orgia de armas e nem por isso há tantos assassínios.
E o número de assassínios nos EUA tem diminuído acentuadamente, apesar de a política de armas ser sempre a mesma.
É muito mais correto dizer que os americanos são doidos do que dizer que têm armas a mais.

Joaquim de Freitas disse...

"A América é também isto." Gosto da simplificação do Senhor Embaixador. O drama do mundo é que, “voilà” uma potência planetária que, retomando uma parte da sua frase, “a orgia de armas em que vive tem as suas habituais consequências”.

Sobretudo quando a dita potência “vive das armas”, “abrindo a porta a regulares massacres” no mundo inteiro.

Sim, “A América é também isto” Porque, se o direito de matar, por não importa qual razão, é um “principio constitucional” , nos Estados Unidos, o drama é que os americanos se arrogam o direito de utilizar o mesmo principio no mundo inteiro, assumindo firmemente o papel de policia da Humanidade. É uma função lucrativa. As armas é um grande negocio, que justifica tudo. Mesmo as que não existem… (AMD°.

Os Estados Unidos nunca deixaram de interferir em todas as partes do globo, muitas vezes militarmente, cada vez por razões económicas, para manter a sua hegemonia, política ou estratégica.
Estratégica sim. Eles só entraram na última guerra após a ameaça de submarinos alemães e incidentes marítimos notáveis (torpedo do Lusitânia). Se os Estados Unidos “finalmente foram para lá”, não foi com bom coração politicamente. A sua intervenção teve um preço, os equipamentos e as fábricas americanas não funcionavam a toda a velocidade, sem compensação financeira...
Entre a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, 80% dos stocks mundiais de ouro que estavam na Europa, principalmente entre Londres, Paris e Berlim, acabaram nas mãos dos Estados Unidos. Um golpe de mestre para os EUA, tornando-se a maior potência económica do mundo.

Das intervenções militares à multiplicação das revoluções coloridas. Kuwait (1990), a Jugoslávia (1991-2001, Kosovo, 1998-1999), Somália (1993 ) , do Afeganistão (2001-2021), Iraque (2003-2011), Geórgia (2003), Revolução Laranja na Ucrânia (2004), Haiti (2004), Quirguistão (2005), Bielorrússia (2005), o Líbano (2005) Jasmin na Tunísia (2005), novamente na Somália ( 2006-), Líbia (2011), Síria (2011-2018). A lista é vertiginosa!Mas que grande orgia...

Quando o Senhor Embaixador escreve: ““a orgia de armas em que vive tem as suas habituais consequências”. Que grande verdade.

Recentemente, quando vi o chanceler alemão, Scholtz, lançar 100 biliões na fogueira do rearmamento, seguido pelos 27, os Estados Unidos assumiram o controle da União Europeia à beira da vassalagem total.

aguerreiro disse...

Tiveram muito treino a matar os americanos autênticos a quem chamavam peles vermelhas. è um povo tradicionalista que recusa deixar hábitos seculares, embora por estranho que pareça fartam-se de pregar moralidades e liberdades. Olhai para o que digo nunca para o que faço.

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