sexta-feira, junho 21, 2024

A Rússia, a Coreia do Norte e o Vietnam


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3 comentários:

Anónimo disse...

Há por cá nos comentários de blogues putinistas ferrenhos que, se for preciso, inventam os mais mirabolantes argumentos históricos, passados ou recentes, para defender o líder russo e culpar os americanos e europeus, o ocidente, de todos os males existentes sob o céu. Também o seu colega comentarista General Agostinho consegue ser tal qual esses comentadores e ser mais putinista do que Putin, o próprio.
Para tais opinadores se se fala em democracia logo avançam com meia dúzia de argumentos de autoridade proferidas por, precisamente, eminências intelectuais do lado ocidental que referem algures que também a democracia por cá é apenas uma formalidade, é um engano, uma falsidade, resume-se a uma cruz sobre um nome de alguém desconhecido proposto por desconhecidos, um voto formatado-manipulado pelos media, quem vota são inconscientes alienados, etc., e fazem-no com tal ênfase que se subentende que, para eles, é mais valiosa moral, útil e "democrática" a ditadura totalitarista, pois, nestes aceitam todas as decisões como perfeitas enquanto relativamente ao "ocidente" fartam-se de fazer chacota dos dirigentes acerca das infindáveis discussões dos políticos que não se entendem, contradizem-se, demoram semanas a tomar decisões, pelo que são apelidados de "pobres diabos", "tristes", "incompetentes", "idiotas" que não sabem o que querem.
Exemplo disso foi, neste programa da foto, quando em resposta ao atual acordo Russo-Coreia do Norte o General foi logo buscar a comparação da ida de Trump à Coreia do Norte como se ambos os casos fossem equivalentes ou sequer comparáveis de sentido e intenções uma vez que, naquele tempo trumpista, não havia guerra nem acordos prévios para assinar.
Há tempos, numa outra hora de vós os três neste programa, o mesmo general me deixou espantado quando no último minuto pedia há sôtora só mais um minuto para dizer algo muito importante que era algo como isto: - ainda ontem um alto quadro chinês, (o ministro dos estrangeiros chinês?) declarou que a China e a Rússia estão unidas para defender a justiça no mundo -.
Imaginem os regimes de ditaduras totalitárias como a Chima e a Rússia, para mais, aliadas dos terroristas Aiatolas do Irão, dos sunitas príncipes sauditas whabitas da charia e agora mais o terrorista UN da Coreia do Norte feitos "Guardiões" da justiça no mundo.
Grande e bela ideia de justiça e democracia nos quer impingir o nosso general, porra!
jose neves

Luís Lavoura disse...

O Francisco afirma que a Rússia vai buscar obuses para canhão à Coreia do Norte. Mas não é para mim nada claro que isso seja verdade. Não sei como pode o Francisco ter a certeza daquilo que afirma.
Tanto quanto julgo saber, a Rússia neste momento é capaz de produzir muitos mais obuses do que aqueles de que necessita para a guerra na Ucrânia. Não tem necessidade de os importar da Coreia do Norte.
Quem tem necessidade de importar obuses de todo o lado onde eles existam é o Ocidente que, esse sim, tem sérias dificuldades em produzir de acordo com o consumo da Ucrânia.

Luís Lavoura disse...

Já agora, quem no passado já foi buscar obuses à Coreia foram os EUA. Compraram à Coreia do Sul meio milhão de obuses que enviaram para a Ucrânia, a qual os gastou a todos num instante. A Coreia do Sul ficou depenada.

Há de facto a possibilidade de a Rússia ir comprar obuses à Coreia do Norte, não porque necessite deles e não os possa produzir ela própria, mas, eventualmente, porque a Coreia do Norte talvez os produza mais baratos.

Situação bem distinta da do Ocidente, que não tem capacidade para produzir suficientes obuses, nem sequer consegue instalar tal capacidade com a rapidez requerida. Uma triste realidade que nos recorda os tempos da pandemia, quando tivemos que ir comprar todas as coisas mais elementares, desde álcool até luvas de borracha, à China.

Bernardo Pires de Lima

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