domingo, junho 16, 2024

O dinheiro

Quando se vê os líderes internacionais anunciar ajudas financeiras para apoio à luta da Ucrânia, seria importante que a comunicação social esclarecesse que a esmagadora maioria desse dinheiro são "ajudas de Estado" às indústrias desses países, de onde o dinheiro não chega a sair.

3 comentários:

manuel campos disse...


Tenho-o lido e ouvido a lembrar isto com frequência, o que é muito meritório, há que relembrar as hipocrisias por trás das frases grandiloquentes.

Mas uma das questões é que um número considerável de pessoas vive obviamente feliz com isso, o dinheiro muda de bolso mas não muda de casaco.

Anónimo disse...

Er... quais indústrias são essas? Raythorn, Lookhead Martin? Sim, parece que até Portugal quer gastar uns bons cinco biliões de euros em meia dúzia de aviões militares que não nos servem para absolutamente nada oriundos dessas "indústrias". Essas ajudas dos Estados a "indústrias" são realmente muito positivas, não tanto para os cidadãos dos Estados em causa, mas as "indústrias", por certo, agradecem. Ó se agradecem.
M. Prieto

Joaquim de Freitas disse...

De facto, o envelope de 61 mil milhões de dólares não é 100% militar, nem 100% directamente para a Ucrânia.
Mais de um terço do montante – 23,2 mil milhões de dólares – é gasto no reabastecimento dos sistemas de armas e munições militares dos EUA. Apenas cerca de 14 mil milhões de dólares estão planeados para permitir que a Ucrânia se rearme através da compra de equipamento e munições da indústria de defesa dos EUA, enquanto quase 15 mil milhões de dólares serão gastos em serviços de apoio, como treino militar e partilha de inteligência.

Assim, o programa de ajuda também diz respeito principalmente ao exército americano e à indústria de defesa do país.

O líder republicano do Senado, Mitch McConnell, enfatizou repetidamente este ponto, dizendo que o pacote deve "reafirmar o compromisso de reconstruir e modernizar as nossas forças armadas, restaurar a nossa credibilidade e dar ao comandante-em-chefe de hoje, bem como ao próximo, mais ferramentas para garantir os nossos interesses". »

A carta forte dos socialistas

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