sexta-feira, junho 14, 2024

Para fazer as pazes

Na véspera da reunião internacional na Suíça sobre a Ucrânia, Putin afirmou que só haverá paz com abandono por Kiev da totalidade do território dos quatro "oblasts" que a Rússia já ocupou parcialmente e com a garantia da não adesão do país à NATO. Nada de novo, portanto.

7 comentários:

Luís Lavoura disse...

Exatamente, nada de novo.
Tal como na Ucrânia há uma lei que diz que nenhum funcionário do Estado é autorizado a negociar com a Rússia, na Rússia há uma Constituição que diz que nenhum funcionário do Estado é autorizado a alienar qualquer parte do território nacional. E, esses quatro "oblasts" fazem, atualmente, por lei aprovada pelo parlamento russo, parte da Rússia. Pelo que, nem Putin nem ninguém está autorizado a aliená-los.
A guerra só acabará quando o presidente dos EUA se dispuser a negociar com o presidente da Rússia.

Luís Lavoura disse...

a reunião internacional na Suíça sobre a Ucrânia

Diz bem, a "reunião internacional".

Primeiro chamaram-lhe "cimeira da paz" mas rapidamente se viu que aquilo nem iria ser cimeira (a maior parte dos países não porá lá os pés, e muitos dos que lá irão fá-lo-ão somente a um nível inferior) nem muito menos da paz, uma vez que não se tratará de negociar nada com vista à paz.

Enfim, uma verdadeira palhaçada à ucraniana.

Unknown disse...

Não é ele que arrisca a vida. Espero que o povo russo o tire do trono. Até lá, tem de se lhe dizer alto - e aos berros, se for preciso- que não leva nem um centímetro quadrado de terra dos ditos oblasts. Que vá rapinar para outro lado.

João Cabral disse...

Resumindo, Putin não quer paz, quer ganhar a (sua) guerra.

Anónimo disse...

A Comédia política internacional que irá realizar-se na Suíça não só não irá acrescentar nada de novo ao conflito, que irá prosseguir, como só veio provar que este nosso patético Ocidente vive de alucinações. Como foi possível um traste e corrupto como Zelensky ter conseguido mobilizar cerca de 90 países para participarem na sua triste e trágica paródia político-militar, com por arrasto consequências económicas devastadoras, é que nos deve surpreender. É certo que uns tantos vão lá como turistas. Aquilo fica inserido numa bonita paisagem, o “comer” será de Chefs do melhor, instalações de excelência, seguramente serão servidos bons vinhos e bom champagne, etc e, no fim de contas, ninguém se sentirá obrigado a coisa nenhuma, ou seja, a aceitar assinar nada de relevante do que quer que dali saia. Em resumo, passar-se-ão uns dias muito agradáveis, sem efeitos políticos colaterais. E depois, de pança cheia do melhor, regressa-se às diversas Pátrias. Com saudades e algumas “selfies” em conjunto. Para um dia mostrar aos netos, se ainda por cá andarem, se as coisas piorarem, pois nunca se sabe. Isto da Europa é o que sabemos. De duas Guerras Mundiais já fomos responsáveis e como diz o ditado popular, não há duas sem três. Oxalá desta vez o provérbio falhe. Eu cá conto ainda ficar por cá muito tempo, mas, a ver vamos, como diz o cego.
Para os tolos que acham que Putin irá ser obrigado a ceder território e a aceitar os termos do tresloucado do Zé Lenka e seus apaniguados (EUA/UE/Nato), aconselho um medicamento qualquer para essas tontas mentes. É uma questão de tempo até Zelensky ir à vida e ir gozar os milhões que rapinou aos ucranianos. Com a protecção de Washington e outros trastes feitos da mesma cepa.
a) P. Rufino

manuel campos disse...


Nunca deixará de me espantar a notável quantidade de pessoas que acham que, com a derrota total da Rússia, o país desaparece instantaneamente daquele sítio do mapa da Europa e os seus quase 150 milhões de habitantes ficam confinados a uma espécie de "campo de reeducação" de 17 milhões de Km2, sob o policiamento "ad eternum" de enormes forças multinacionais obviamente com "boots on the ground" e apoiadas por entusiásticas opiniões públicas que, ao fim de uns meses, já não querem saber daquilo para nada pois já não abre noticiários.

E tudo isto com o amável beneplácito da China, da Índia e um conjunto de outros países importantes e com futuro (que não é bem o caso dos europeus envelhecidos, acomodados e sem futuro, o futuro é a juventude e já não se faz disso por cá).
É claro que eu também já acreditei no Pai Natal e até no Coelhinho da Páscoa ou na própria Fada dos Dentes mas, que diabo, já me passou há uns 70 anos pelo menos!

O problema é que quando alguém diz que não chegam estas espécies de “reuniões de condomínio” em que se despeja dinheiro na conta conjunta para ir remediando os problemas enquanto o prédio não cai, é grande o risco de se passar por “pró-russo e putinesco”, que é a inteligente e profunda contra-argumentação dos que nem uma velhinha ajudam a atravessar a rua.

Joaquim de Freitas disse...

O que estão a preparar não é a Terceira Guerra Mundial, mas a terceira destruição da Europa em pouco mais de um século. Obviamente, a maioria dos líderes ocidentais decidiu intensificar a guerra com a Rússia. Primeiro, a orientação expressa por vários países de enviar oficialmente tropas terrestres para combater na Ucrânia. Em segundo lugar, a decisão de permitir que o exército ucraniano utilize armas fornecidas pelo Ocidente para atacar alvos militares localizados em solo russo. Estas duas orientações constituem uma novidade absoluta: durante mais de dois anos, todos os países da NATO excluíram estas eventualidades nos termos mais claros.

A Rússia tomará nota disto e reagirá.

Os Estados Unidos não enviarão soldados e procuram colocar os custos da guerra com a Rússia sobre os ombros dos países europeus. –
No plano económico e financeiro, depois de terem destruído as relações entre a Europa e a Rússia, os Estados Unidos pressionam agora os europeus a apropriarem-se das reservas monetárias russas depositadas na Europa. Isto é uma violação total das normas internacionais e um acto que só pode levar a retaliações por parte da Rússia, tanto em termos de nacionalização de empresas europeias com actividades na Rússia como em outros planos.

As classes dominantes europeias, na sua imensa loucura, depois de terem imolado os interesses económicos da Europa no altar da guerra, depois de terem levado o caudilho ucraniano a sacrificar o seu próprio povo e o seu próprio país por nada, estão hoje a colocar os povos europeus na posição de ser objecto de uma guerra devastadora.

Uma guerra europeia, não uma guerra mundial. Uma guerra europeia em que as doutrinas militares prevêem o uso de armas nucleares “tácticas”.
Brinquedos,.. São armas cujo poder destrutivo é em média 10 vezes maior que o da bomba de Hiroshima. Boa sorte a todos!

Conhecem o Juramento dos soldados ucranianos durante a Segunda Guerra Mundial?


“Filho fiel da minha pátria, uno-me voluntariamente às fileiras do Exército de Libertação da Ucrânia e juro com alegria que lutarei fielmente contra o bolchevismo pela honra do povo. Estamos a liderar esta luta ao lado da Alemanha e dos seus aliados contra um inimigo comum. Com lealdade e submissão incondicional, acredito em Adolf Hitler como líder e comandante supremo do Exército de Libertação. A qualquer momento, estou disposto a dar a minha vida pela verdade.”

A contaminação vem de longe. Mas no fundo no Ocidente muitos fizeram o mesmo Juramento. Como em Portugal…

Decência

O manifesto pela decência na justiça, que tive o prazer de subscrever, está a criar imensos engulhos em alguns setores dependentes dos "...