Começou na liderança trapalhona de Cameron, que levou ao Brexit, no nem-carne-nem-peixe de May, na arrogância ofensiva de Johnson, na incompetência obscena de Truss, no chico-espertismo sem rasgo de Sunak. Acabou assim.
5 comentários:
Anónimo
disse...
Não é preocupante. O sogro já lhe comprou uma bela mansão na California, o homem nada em dinheiro e tem uma reforma dourada. E se não for na California será noutro sítio qualquer, boa vida, foi o que sempre teve (um grande problema, isto de nunca se passar por dificuldades como o comum do eleitores dá sempre asneira), mais uns cargos nas direcções das Goldman Sachs deste mundo e pronto, afasta-se, vai tratar da vidinha, vai ser feliz. A bem dizer, o homem nem sequer foi eleito para o cargo, estávamos à espera do quê, que tivesse sido um grande estadista? Já agora, cheira-me que muito em breve no seu blogue se escreverão umas linhas sobre Nigel Farage, mas isso são outros quinhentos. M.Prieto
A BBC contava-nos o mês passado (28/05/2024) que a fortuna do casal Sunak tinha crescido 122 milhões de libras entre 2022 e 2023 (de 529 para 651 milhões, uns meros 23% sobre uma verba já de si modesta).
Há uma razão para isso (há sempre, umas vezes boa, outras vezes nem tanto). Houve ali umas mudanças de posições accionistas na INFOSYS, empresa de Tecnologias da Informação indiana que vale 70 mil millhões de dólares (55 mil milhões de libras), de que o pai dela é um dos fundadores e de que Akshata Murty (casada com Rishi Sunak) tem 0,93% do capital (não me enganei, não chega a 1%). Resultado, as acções dela subiram 108.8 milhões de libras num ano.
Isto para dizer que, se um politico normal, que vive do seu vencimento e uma ou outra renda, já tem uma visão bastante vaga do que é a vida dos que andam aí pela rua, não sei que visão poderá ter um Rishi Sunak num país em crise profunda, muito devido às ingenuidades de muitos que o antecederam e que ele foi suficientemente ingénuo (ou mais provavelmente vaidoso) para as aceitar.
PS- Depois de 3 semanas “algures” fui reabastecer-me à FNAC do Chiado mas levava uma lista a que me restringi. Veio “Tudo é tabu” de Pedro Correia, “A psicologia da estupidez” organizado por Jean-François Marmion, 30 textos de vários autores de entre os quais os portugueses António Damásio, António Araújo e David Marçal, “L'Incolore Tsukuru Tazaki Et Ses Annees De Pelerinage” de Haruki Murakami e “Un barrage contre l’Atlantique” de Frédéric Beigbeder. Descobri recentemente Beigbeder (nascido em 1965) e divirto-me a ler o que escreve, talvez porque algo nos une, ele não bate bem da bola e eu tenho dias.
O título original de um dos livros de que falei no post-scriptum acima é “Psychologie de la connerie” sendo “con” e “connerie” muito mais abrangentes que “estúpido” e “estupidez”, mas talvez seja o melhor que se consegue, tenho é que estar a lê-lo com as retroversões sistematicamente na cabeça pois dão outro sabor ao conjunto.
No entanto há ali algo que não percebi e porventura prefiro não perceber. Cheguei ao artigo de António Araújo e não vi a que propósito estava ali, não faz sentido, isso levou-me a ir ver se estava no original, cujo índice encontrei por aí na net, não está no original. Tirando a entrevista a António Damásio, os outros 5 artigos assinados por portugueses não estão no livro original. O livro acaba com um texto de um “Jovem conservador de Direita”, auto-denominado intelectual mas sem nome, que sendo depois descrito como português, também não está no original. Nem uma palavra na advertência inicial sobre isto tudo.
Em resumo: “un piège à con”. E o “con” aqui sou eu.
5 comentários:
Não é preocupante. O sogro já lhe comprou uma bela mansão na California, o homem nada em dinheiro e tem uma reforma dourada. E se não for na California será noutro sítio qualquer, boa vida, foi o que sempre teve (um grande problema, isto de nunca se passar por dificuldades como o comum do eleitores dá sempre asneira), mais uns cargos nas direcções das Goldman Sachs deste mundo e pronto, afasta-se, vai tratar da vidinha, vai ser feliz. A bem dizer, o homem nem sequer foi eleito para o cargo, estávamos à espera do quê, que tivesse sido um grande estadista? Já agora, cheira-me que muito em breve no seu blogue se escreverão umas linhas sobre Nigel Farage, mas isso são outros quinhentos.
M.Prieto
M.Prieto
Não é preocupante. [...] o homem nada em dinheiro e tem uma reforma dourada. [...] mais uns cargos nas direcções das Goldman Sachs deste mundo
É como Macron, que terá o mesmo destino, só que um pouco mais tarde. Bem-aventurados são.
A BBC contava-nos o mês passado (28/05/2024) que a fortuna do casal Sunak tinha crescido 122 milhões de libras entre 2022 e 2023 (de 529 para 651 milhões, uns meros 23% sobre uma verba já de si modesta).
Há uma razão para isso (há sempre, umas vezes boa, outras vezes nem tanto).
Houve ali umas mudanças de posições accionistas na INFOSYS, empresa de Tecnologias da Informação indiana que vale 70 mil millhões de dólares (55 mil milhões de libras), de que o pai dela é um dos fundadores e de que Akshata Murty (casada com Rishi Sunak) tem 0,93% do capital (não me enganei, não chega a 1%).
Resultado, as acções dela subiram 108.8 milhões de libras num ano.
Isto para dizer que, se um politico normal, que vive do seu vencimento e uma ou outra renda, já tem uma visão bastante vaga do que é a vida dos que andam aí pela rua, não sei que visão poderá ter um Rishi Sunak num país em crise profunda, muito devido às ingenuidades de muitos que o antecederam e que ele foi suficientemente ingénuo (ou mais provavelmente vaidoso) para as aceitar.
PS- Depois de 3 semanas “algures” fui reabastecer-me à FNAC do Chiado mas levava uma lista a que me restringi.
Veio “Tudo é tabu” de Pedro Correia, “A psicologia da estupidez” organizado por Jean-François Marmion, 30 textos de vários autores de entre os quais os portugueses António Damásio, António Araújo e David Marçal, “L'Incolore Tsukuru Tazaki Et Ses Annees De Pelerinage” de Haruki Murakami e “Un barrage contre l’Atlantique” de Frédéric Beigbeder.
Descobri recentemente Beigbeder (nascido em 1965) e divirto-me a ler o que escreve, talvez porque algo nos une, ele não bate bem da bola e eu tenho dias.
Já Kier Starmer tem o carisma de uma parede caiada de branco. Pobres súbditos.
O título original de um dos livros de que falei no post-scriptum acima é “Psychologie de la connerie” sendo “con” e “connerie” muito mais abrangentes que “estúpido” e “estupidez”, mas talvez seja o melhor que se consegue, tenho é que estar a lê-lo com as retroversões sistematicamente na cabeça pois dão outro sabor ao conjunto.
No entanto há ali algo que não percebi e porventura prefiro não perceber.
Cheguei ao artigo de António Araújo e não vi a que propósito estava ali, não faz sentido, isso levou-me a ir ver se estava no original, cujo índice encontrei por aí na net, não está no original.
Tirando a entrevista a António Damásio, os outros 5 artigos assinados por portugueses não estão no livro original.
O livro acaba com um texto de um “Jovem conservador de Direita”, auto-denominado intelectual mas sem nome, que sendo depois descrito como português, também não está no original.
Nem uma palavra na advertência inicial sobre isto tudo.
Em resumo: “un piège à con”.
E o “con” aqui sou eu.
Enviar um comentário