A conferência de imprensa de Macron foi patética, com uma listagem de políticas a concretizar, uma espécie de "agora é que vai ser". Os dirigentes políticos que estão há algum tempo no poder roçam o ridículo quando apresentam agendas de medidas que são ... aquilo que não fizeram!
5 comentários:
Concordo inteiramente. Felizmente que em Portugal não ocorre nada de parecido…
O Senhotr Embaixador tem a arte de dizer tudo, em poucas palavras, mas, sobretudo, de dizer bem! Invejo-o. Cumprimentos.
Nunca se devem eleger meninos mimados.
Pode ser que os meninos se tornem mimados depois de terem sido eleitos, mas isso é completamente diferente.
Agora à partida elegerem-nos acaba mal.
Não sei o que pode ter passado pela cabeça dele ao achar que fazer uma birra era boa ideia, não é possível que ele não tenha acesso a toda a informação possível e a todas e mais algumas sondagens de esquerda, de direita, do meio e não soubesse que “devolver a palavra aos eleitores” nestas circunstancias não é brilhante como estratégia.
Portanto “saltou fora no minuto seguinte” como eu disse lá atrás, a seguir vai concluir que não pode ser Presidente com uma Assembleia Nacional muito mais hostil do que a que já tinha que aguentar e volta para os bancos, talvez para fazer aquilo que um conhecido meu me disse há anos, depois de ter andado a trabalhar muito e a ganhar pouco para fazer um favor a um amigo, a saber “já chega de ter prejuízo e dar cabo da saúde, vou fazer a minha recuperação capitalista” (e foi e fez).
Estive ontem a rever algumas notícias e vídeos quando da sua eleição, na sequencia da chamada de atenção que aqui foi feita por um comentador sobre a cena teatral do seu “passeio a pé” através da esplanada do Louvre, com o “Hino à Alegria” como música de fundo, tal como Mitterand, 36 anos antes.
François Mitterand tinha feito algo assim em 21 de Maio de 1981, tendo subido sozinho a Rue Soufflot para ir ao Panthéon onde foi pôr flores nos túmulos de Jean Jaurès, Jean Moulin et Victor Schoelcher, uma cena que durante muito tempo alimentou o imaginário dos franceses.
Mas LaPalice sendo LaPalice, Mitterand era Mitterand, Macron é Macron, passaram 43 anos e as redes sociais são o “prêt-à-porter” das opiniões colectivas, já poucos se dão ao esforço de ter opiniões feitas “à sua medida”, tal como para a roupa sai muito mais barato e dá muitíssimo menos trabalho.
Claro que depois vestem todos o mesmo e pensam todos o mesmo, não se pode ter tudo.
Não sei porquê, mas veio-me à ideia Costa.
E Pedro Nuno Santos, claro.
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