sexta-feira, junho 28, 2024

Carmo Afonso

A alegria com que, em alguns meios, foi recebida a notícia da suspensão da coluna que Carmo Afonso mantinha no "Público" só demonstra o saudável incómodo que os seus textos provocavam na direita da paróquia. E ainda torna mais suspeita a decisão do jornal.

11 comentários:

João Cabral disse...

E o incómodo que "a direita" lhe causava? Ui. Até o Livre era de direita!

J Carvalho disse...

O Público é cada vez mais a voz do dono, o que até está certo porque quem paga manda.
O que não bate certo é querer passar por um jornal de referência, isento, que não gosta de ditadores.

Anónimo disse...

A dispensa de Carmo Afonso vem na linha de outras posturas idênticas na nossa imprensa escrita. Antes dela, já Ana Drago tinha sido dispensada do DN. Enfim, tempos correntes. E ainda há uns imbecis que acham que a nossa imprensa é dominada pela Esquerda. Enfim...
A diversidade de opiniões, no actual panorama da nossa imprensa escrita, começa a ser algo preocupante. Mas, mesmo nas Tvs, sobretudo quando se abordam certos temas, como Israel/Gaza, ou a Ucrânia.
Cá por mim, gosto de um bom contraditório, e mais, gosto de ouvir e ler opiniões diferentes da minha. A diversidade de opiniões ajuda-nos a reflectir melhor sobre os factos políticos - e económico-sociais -, mas também sobre aquilo em que pensamos sobre as mesmas questões.
Um dia destes, ainda acabamos por vir a ter uma espécie de “pensamento alinhado” com o Poder Político dominante. Tipo sociedade Orwelliana. Um filme, interessante, em tempos, abordou essa situação (embora de forma diferente – V de Vendetta).
a) P. Rufino

Ana Tavares disse...

A atitude do Público revela que a censura está instalada. Vergonhoso

Anónimo disse...

Francisco Assis deverá ter sido um dos primeiros a festejar. No início da colaboração perguntou, e eu com ele, se "o Público estava a brincar com os leitores"

egr disse...

Ah ! mas mantêm, inamovível , esse grande cronista de seu nome João Miguel Tavares cujo brilho no pensamento e na escrita é fascinante !

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

A sério? Não sabia. De facto, uma notícia que muito lamento.

jorge neves disse...

Boa noticia. Já não vou cancelar a assinatura.Estou cheio da "esquerda caviar".

Carlos Antunes disse...

Não foi por acaso que deixei de assinar o PUBLICO (de que fui leitor desde o primeiro número) em Março deste ano.
O jornal de referência criado pelo Vicente Jorge Silva com o apoio económico de Belmiro de Azevedo que, justiça lhe seja feita, sempre prezou a independência do jornal, a despeito de o jornal sempre ter sido deficitário.
Após a sua morte, a independência jornalística tem vindo em crescendo a ser posta em causa pelos herdeiros de BA, e hoje os jornalistas ou comentadores, se não obedecerem ao "his master voice" são pura e simplesmente afastados.
Este episódio do saneamento político da Carmo Afonso é apenas o último de muitos episódios de afastamento de muitos jornalistas/comentadores ligados à a área política do centro/esquerda.
Apenas me veio dar razão, por antecipação, à minha decisão de ser leitor do PUBLICO.

Carlos Fonseca disse...


Sei que não fará mossa ao PÚBLICO, mas hoje comprei o jornal porque o tinha guardado na papelaria. Mas não tenciono voltar a comprá-lo.

Tony disse...

egr. Muito bem lembrado. O JMT, tenho bem presente, na minha memória. Escreveu mais de vinte artigos a malhar no Cabrita que esteve anos a fritar em lume brando. Após o arquivamento do Processo. Não teve a hombridade de fazer um, a pedir desculpa. Deveria tê-lo feito, até, como consta, que é muito religioso.

Os eufemismos

Teve imensa graça ouvir há pouco Alain Duhamel, velha raposa do jornalismo francês, que sempre tratou o Rassemblement National como um grupo...