Na TV Cine, está a dar o "Apocalypse Now - Final Cut". Nunca vi esta versão. São três horas. Tenho de optar: vê-la ou avançar em três livros que ando a ler. Eu digo quais são: o diário "Desoras" de Marcello Mathias, o "A Vida por escrito", de Ruy Castro, e o "Hell and Other Destinations", de Madeleine Albright.
O que é que eu posso ganhar em rever este filme, que já não conheça? Devo tê-lo visto aí umas cinco vezes, a primeira quando vivia na Noruega, duas outras em Luanda, poucos anos depois, num cinema ao ar livre junto à estação ferroviária, não longe do Hotel Presidente. A cópia era má, o som ainda era pior e o muito tempo que eu por ali tinha fez-me voltar ao cinema duas noites seguidas. É que ver um filme de guerra num país em guerra é mesmo outra coisa.
É isso! Já não vou ver o "Final Cut" do "Apocalypse Now". Há coisas a que, com a idade, sei que não voltarei. Há dias, numa paisagem deslumbrante da ilha Terceira, dei comigo a pensar: com toda a certeza, já não regresso aqui. Não senti a menor pena, ainda tenho tanta coisa para ver. Mas não será aquela vista ou este filme.
1 comentário:
..e o nome do cinema era "Kipaca".
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