sexta-feira, junho 02, 2023

"Procuro..."


"Procuro e não te encontro, procuro nem sei o quê..." cantava o velho Toni de Matos.

Lembrei-me desta pérola do nacional-cançonetismo ao ler, há pouco, que a senhora Procuradora-Geral da República disse estar em curso um inquérito (não esclareceu se é "rigoroso", mas deve ser, porque é de regra dizer que o é) por violação do segredo de justiça, nas trapalhadas autárquicas do PSD. 

Perante esta declaração, o país fez "uhf!" e sabe que pode passar a dormir descansado... e esperar sentado!

5 comentários:

Luís Lavoura disse...

O Ministério Público neste país anda em roda livre. Cada procurador faz o que quer, quando quer e como quer. Não há ordens a cumprir, prioridades a seguir, poder democrático. É um forrobodó. Até a Inquisição funcionava com mais rigor.

Flor disse...

Mais uma!!! "Cada cavadela cada minhoca"!

manuel campos disse...


Velho, velho não sei se é adequado, Tony de Matos morreu com 64 anos em 1989, um "jovem" ao pé de mim.
Do nosso ponto de vista da altura em que começou a cantar este fado (1962) seria certamente.
Lembro-me bem dele pelo fim dos anos 60, passava muitas tardes na Pastelaria Roma acompanhado por Lídia Ribeiro, a sua última companheira e mãe de Teresa Guilherme (se a memória não me falha ao olhar para as fotografias do casal disponíveis por aí).



afcm disse...

"...nas trapalhadas autárquicas do PSD..." ( desculpe citá-lo ).
Não será especioso ?
Parece que era um tango - havia dois e o outro era ou será o PS.
Nada de novo...

Quanto à Sra. Procuradora Geral da República, terá sido escolhida pelo PS (mais concretamente, pela Sra anterior Ministra Van Dunen...).
A anterior terá sido escolhida pelo PSD ( mais concretamente, pela Sra. Ministra Paula da Cruz..)
E assim vamos,somando e rindo...

Carlos disse...

O problema está para além da personalidade da procuradora ( ou procurador) geral … o âmago da questão está na definição de competências do ministério público, na ausência de escrutínio sobre os seus membros e na discricionaridade com que estes exercem o os seus poderes alicerçada nesse conceito vago de íntima convicção

Depois vem a praxis que abusa de formas vis de coação psicológica e terrorismo comunicacional ao proceder a execução pública dos alegados suspeitos com base em construções que nalguns aspectos parecem inspiradas nos processos de Moscovo

Isto é a negação do estado de direito ….mas isto não parece incomodar os mais altos magistrados da nação

PS - parece que não tem nada a ver com o assunto mas a PSP também acha que a depredação da propriedade privada não é crime!

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