Acho bem que se comemore a aliança luso-britânica, pelo seu simbolismo histórico. Mas importa relembrar, a benefício do conhecimento das atuais gerações, que os caminhos dos dois países têm vindo, nas últimas décadas, a afastar-se e que nada indica que isso venha a ser revertido.
10 comentários:
Bem, eu tenho a impressão que eles nos prejudicaram sempre que se aproximaram muito de nós, com o Tratado de Methuen, o Ultimato, etc ;). Até foi por causa da rejeição do Bloqueio Continental à Inglaterra, por causa da velha aliança, que o Napoleão nos invadiu.
Sou da mesma opinião. É pena.
Mas seria bom ter aderido ao Bloqueio Continental? Ter Napoleão como senhor da Europa seria coisa desejável? Não me parece.
já estivemos mais afastados (mapa cor de rosa)
Recentemente os caminhos dos dois países afastaram-se muito mais, com o Brexit. Muitos portugueses que tinham emigrado para o Reino Unido acharam por bem regressar. Ou, talvez, foram escorraçados.
Não sei, Margarida. Tínhamos adeptos do Napoleão que achavam que sim e eu gosto de França. Uma batalha ganha a mais pela França no continente poderia ter tido como efeito, sabe-se lá, que a história da Europa tivesse tomado outra direção, sem ditadores e horrores bem piores. Sei lá eu, nem vale a pena desenvolver. Mas o meu ponto era unicamente que nunca beneficiámos grande coisa com a aliança inglesa. Pelo contrário. Mas lá vamos cumprindo de tempos a tempos estes rituais luzidios e fazendo grande esforço retórico para nos convencermos que sim.
Fernando Neves
Seja como forn temosdelhesagradecer eternamene não nos deixarem ficar com o mapa cor-de-rosa. Quantos anos de tropa teríamos de fazer na guerra do ultamar
«Salazar afirmou que a aliança luso-britânica morreu com a invasão de Goa»
Bernardo Futscher Pereira “Orgulhosamente Sós - A diplomacia em guerra (1962-1974)”.
No meu modesto entender, já tinha morrido antes, aquando do Ultimato de 1890 da imediata retirada dos territórios entre Angola e Moçambique que correspondem aos actuais Zimbabwe, Zâmbia e Malawi.
Não passa hoje de uma “relíquia histórica”, que apenas serve para estes salamaleques ou inutilidades das comemorações, condecorações e outras frivolidades trocadas por Marcelo e Carlos III.
Paradigmático que esta aliança nunca nos favoreceu (e pelos vistos continua a não nos favorecer) veja-se no pós-Brexit, a diferença de tratamento nas facilidades concedidas por Portugal aos súbditos britânicos na obtenção do estatuto de residente no nosso país, em contraste com as crescentes dificuldades sentidas pelos portugueses na obtenção do mesmo estatuto no Reino Unido.
Quando a União Indiana invadiu Goa, Salazar apelou para o auxílio da Inglaterra invocando a Aliança, mas esta, como era óbvio disse NÃO!
Albertino Ferreira
olhe que não, olhe que não..
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