Livrou-se de boa, i.e., de uma capital da Europa transformada em lugar "abarracado", desde S.Pedro de Alcaântara até ao Cais do Sodré tudo tapado, com apoio da Sagres. Não se vê bem o Castelo, nem a Serra da Arrabida. Mas os turistas de "chanates" também não vieram para apreciar a paisagem e o país. Não largam sequer o olhar do "smartphone". Pena é que não fazemos as contas ao custo da decadência de uma cidade, perdendo a passos largos a sua identidade e cultura. Cada vez me custa mais sair de casa e circular pelo Chiado e a Baixa. É uma tristeza !
Ui, os camaradas que às vezes aqui vêm já receberam instruções sobre qual das Russias é para apoiar?
O herói Prigozhin que disse umas verdades antes de partir para a invasão de Moscovo ou o grande líder Putin? E já agora comentar as declarações do Prigozhin, herói de Bakhmut, que diz que foi tudo uma farsa.
Já aqui terei dito algo na mesma linha, 2ª feira tive que ir à Rua do Ouro, passei pela FNAC e almocei uns belíssimos jaquinzinhos com açorda num daqueles restaurantes em que só há portugueses e ainda tem toalhas e guardanapos de pano (na verdade é da açorda que gosto, os jaquinzinhos são o acompanhamento).
O turismo que anda pelas zonas antigas e pelas zonas históricas não gasta e "dá prejuízo" e não é pouco, só quem anda por lá e vive por lá é que percebe bem isso, quem lá passa por passar quando calha e muitas vezes à pressa acha tudo lindo e "very typical".
A Baixa então leva com aqueles milhares dos cruzeiros atracados em Sta Apolónia que, como em todos os cruzeiros, come tudo o que pode antes de sair do barco, mete ainda umas sandes no bolso e volta a comer tudo o que pode quando volta ao barco (pois se está tudo já pago!).
Depois de me perguntarem se sou daqui e falo esta ou aquela língua (basta olhar para mim para reconhecer o poliglota que sou), não me lembro de algum turista me ter pedido conselho sobre um restaurante, a pergunta é sempre onde fica o supermercado mais próximo, uma coca-cola de litro, umas fatias de pão, fiambre e queijo "font très bien l'affaire".
Na Baixa vamos a "chocar" pelo passeio fora com gente a olhar para o smartphone, costumo deixar-me ir e quando estou mesmo ao pé dizer bem alto "Então pá!?", como vão todos "noutra" é cada cagaço...
De onde se prova que em cada um de nós vive sempre um miúdo traquina até ao fim, é só darem-nos oportunidade.
Manuel Campos, agora fez-me sorrir. Já há algum tempo que não ando pela Baixa mas com essas multidões de "xanatos" aínda por cima a olhar para o smartphone de certeza que também me saltaria essa veia de traquinices 😁
5 comentários:
Lindas vistas e boa comida.
Desfrute Sr. Embaixador. Bom fim de semana ;)
Senhor Embaixador:
Livrou-se de boa, i.e., de uma capital da Europa transformada em lugar "abarracado", desde S.Pedro de Alcaântara até ao Cais do Sodré tudo tapado, com apoio da Sagres. Não se vê bem o Castelo, nem a Serra da Arrabida. Mas os turistas de "chanates" também não vieram para apreciar a paisagem e o país. Não largam sequer o olhar do "smartphone".
Pena é que não fazemos as contas ao custo da decadência de uma cidade, perdendo a passos largos a sua identidade e cultura. Cada vez me custa mais sair de casa e circular pelo Chiado e a Baixa. É uma tristeza !
Ui, os camaradas que às vezes aqui vêm já receberam instruções sobre qual das Russias é para apoiar?
O herói Prigozhin que disse umas verdades antes de partir para a invasão de Moscovo ou o grande líder Putin? E já agora comentar as declarações do Prigozhin, herói de Bakhmut, que diz que foi tudo uma farsa.
Trouxe pipocas.
"hmj" tem toda a razão.
Já aqui terei dito algo na mesma linha, 2ª feira tive que ir à Rua do Ouro, passei pela FNAC e almocei uns belíssimos jaquinzinhos com açorda num daqueles restaurantes em que só há portugueses e ainda tem toalhas e guardanapos de pano (na verdade é da açorda que gosto, os jaquinzinhos são o acompanhamento).
O turismo que anda pelas zonas antigas e pelas zonas históricas não gasta e "dá prejuízo" e não é pouco, só quem anda por lá e vive por lá é que percebe bem isso, quem lá passa por passar quando calha e muitas vezes à pressa acha tudo lindo e "very typical".
A Baixa então leva com aqueles milhares dos cruzeiros atracados em Sta Apolónia que, como em todos os cruzeiros, come tudo o que pode antes de sair do barco, mete ainda umas sandes no bolso e volta a comer tudo o que pode quando volta ao barco (pois se está tudo já pago!).
Depois de me perguntarem se sou daqui e falo esta ou aquela língua (basta olhar para mim para reconhecer o poliglota que sou), não me lembro de algum turista me ter pedido conselho sobre um restaurante, a pergunta é sempre onde fica o supermercado mais próximo, uma coca-cola de litro, umas fatias de pão, fiambre e queijo "font très bien l'affaire".
Na Baixa vamos a "chocar" pelo passeio fora com gente a olhar para o smartphone, costumo deixar-me ir e quando estou mesmo ao pé dizer bem alto "Então pá!?", como vão todos "noutra" é cada cagaço...
De onde se prova que em cada um de nós vive sempre um miúdo traquina até ao fim, é só darem-nos oportunidade.
Manuel Campos, agora fez-me sorrir. Já há algum tempo que não ando pela Baixa mas com essas multidões de "xanatos" aínda por cima a olhar para o smartphone de certeza que também me saltaria essa veia de traquinices 😁
Enviar um comentário