quarta-feira, junho 28, 2023

A Ucrânia e a NATO

O que vier a passar-se em Vilnius, na cimeira da NATO, no tocante à Ucrânia, é completamente irrelevante. Se ganhar a guerra, a Ucrânia será, inevitavelmente, membro da NATO. Se a Ucrânis perder a guerra, a Rússia exigirá, além de territórios, a sua neutralidade. Há outra hipótese?

12 comentários:

mensagensnanett disse...

Vivemos uma época histórica: urge um «cisma» civilizacional!
--->>> Urge dizer não à civilização da pilhagem!!!
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Pois é, HÁ 500 ANOS QUE A EUROPA FUNCIONA ASSIM:
- querem investimentos... querem impostos pagos... têm que estar em conluio com interesses económicos "construtores de caravelas", isto é:
-> interesses económicos que investem em pilhagem de riquezas...
-> interesses económicos que investem na existência de outros como fornecedores de abundância de mão-de-obra servil...
[uma nota: a BlackRock é mais do mesmo]
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Defende a paz!
Diz claramente:
-> NÃO ESTAMOS INTERESSADOS NO ESQUEMA DE PILHAGEM IMPLEMENTADO HÁ 500 ANOS NA EUROPA
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Mais do mesmo:
- têm andado a 'comer' os ucranianos como um granda flock de estúpidos: os ucranianos venderam a Ucrânia à BlackRock em troca de armas...

jorge neves disse...

Não tendo a pretensão de "ensinar o pai nosso ao vigário" parece-me que vai acontecer um empate. Nenhum dos contendores parece capaz de ganhar.Admito que acabará por ser encontrada uma saída, mais ou menos airosa, que as duas partes por cansaço aceitarão.

Luís Lavoura disse...

Creio que jorge neves tem razão. Ninguém vai "ganhar a guerra" e ninguém vai "perder a guerra". Este post está escrito de uma forma bastante redutora.

Anónimo disse...

A verdadeira questão é:
O que se considera uma vitória para a Ucrânia?

Joaquim de Freitas disse...

Hà quem nao tenha duvidas sobre o resultado da guerra : Q: "To what extent has Vladimir Putin been weakened by recent events?"

President Biden: "It's hard to tell but he is clearly losing the war in Iraq, he's losing the war at home and he has become a bit of a pariah around the world."

(Pergunta dum jornalista a Biden:: "Até que ponto Vladimir Putin foi enfraquecido pelos eventos recentes?"

Presidente Biden: "É difícil dizer, mas ele está claramente perdendo a guerra no Iraque, está perdendo a guerra em casa e se tornou um pária em todo o mundo.")

Joe Biden, durante uma atividade de angariaçao de fundos no Maryland. Esta confusão interveio num momento em que as pesquisas continuam a indicar que a maioria dos eleitores está-se interrogando sobre as capacidades físicas ou mentais do presidente de completar um segundo mandato. E neste caso, o fim da guerra na Ucrânia pode depender ...

Lúcio Ferro disse...

Stoltenberg, chefe da nato: "russian coup demonstrates fragile regime in germany". E disse isto na Alemanha, até o ministro da defesa alemão, que estava presente, ficou verde.

Lúcio Ferro disse...

Caro senhor embaixador: em segunda nota, eu, o senhor Joaquim de Freitas e outros andamos há um ano e meio a dizer que esta história tinha (e tem) todos os ingredientes para correr mal. Veja o que está a suceder em França. Fomos achincalhados, fomos insultados e muitos de nós fomos censurados. Agora, enfim, Ucrânis.
Tenho um resto de bom dia.

Anónimo disse...

Imaginar que a Ucrânia pode ganhar esta conflito é o mesmo que acreditar que uma laranjeira pode dar limões.
Quanto ao Stoltenberg não passa de um lacaio de Washington. A que se seguirá essa tristíssima figura à frente da Comissão Europeia, a Van der Layen.
A Rússia tem tudo a ganhar com o arrastar do conflito (com o impacto económico, inflação, etc que tudo isto está a ter na UE, sobretudo), evita situações (agressões) limite, tipo destruição maciça de barragens (todas), centrais eléctricas, reservatórios de água, escolas, hospitais, etc (como fez a Nato na Jugoslávia, etc.
Quanto à Ucrânia, já perdeu mais de 40% do seu PIB, encolheu, o seu trigo mal consegue escoar, a economia está no cano de esgoto e ainda terá de pagar por todo o apoio quer militar, sobretudo, quer outro, não se sabe é com e quando. A não ser que, como se suspeita, os contribuintes ocidentais se cheguem à frente, como tudo parece indicar.
Este conflito só se resolve, ou com a destituição do Zelensky, o que pode suceder um dia, através de um golpe dos seus militares, cansados de tanta ignomínia, vassalagem perante o Ocidente, em vez de negociar uma paz sensata (como aceitar que a Crimeia é território russo e, por junto, uma autonomia para os territórios do Donbass, por exemplo), ou com o cansaço dos EUA, sobretudo com um PR Republicano, que obrigue a uma negociação de Kiev perante Moscovo.
Tudo o resto é conversa fiada.
a) António Rebelo

J Carvalho disse...

Tivessem aplicado o acordado em Minsk, com o patrocínio e posterior esquecimento da ONU,e não teria havido guerra. O grande problema é que o negócio armamentista nao teria prosperado em defesa dos seculares valores ocidentais.

Joaquim de Freitas disse...

O senhor J Carvalho disse...
"ivessem aplicado o acordado em Minsk, com o patrocínio e posterior esquecimento da ONU,e não teria havido guerra."

E para simplificar ainda mais, senhor Carvalho: Existem dois gatilhos principais inter-relacionados. O primeiro é o golpe em Kiev em 2014, da Praça Maidan.. Sem essa derrubada inconstitucional do poder, a Ucrânia hoje viveria em paz.

Sem este Golpe de Estado, do qual existem provas tangíveis de que os Estados Unidos da América o apoiaram com a ajuda dos seus lacaios europeus, não haveria a guerra que estamos a viver.

É importante enfatizar que antes deste evento de 2014, nem a Crimeia, nem a região de Donetsk, nem a região de Luhansk tinham a menor intenção de se separar da Ucrânia.

Na Crimeia, nunca se ouviu ninguém, nem entre os habitantes comuns, nem entre altos funcionários em círculos fechados, falar sobre a possibilidade ou necessidade de se separar da Ucrânia e se juntar à Rússia. Não havia razão para fazê-lo.

Joaquim de Freitas disse...


Espero que o senhor Embaixador me permita de acrescentar ao meu comentàrio ao senhor José Carvalho:

O segundo ponto de partida para a guerra na Ucrânia foi o massacre de Odessa em 2014, do qual não se falou muito no Ocidente, que procurou ocultar esse facto importante. É muito embaraçoso.

Quando o golpe ocorreu em Kiev e os ultranacionalistas, apoiados directamente pelos Estados Unidos, chegaram ao poder, as partes da Ucrânia que falam russo e tradicionalmente pró-russas - as regiões de Donbass, Crimeia, Odessa, Nikolayev, Kharkov de língua russa - revoltaram-se.

E quando os extremistas chegaram a Odessa para reprimir os protestos perfeitamente pacíficos dos moradores, eles vieram armados para matar. Oficialmente, foram 48 mortes. Realmente - certamente mais.

E não eram mortes abstratas. Foi o povo de Odessa que foi massacrado por ultranacionalistas e neonazistas das regiões ocidentais tradicionalmente russofóbicas da Ucrânia.
E esses habitantes foram massacrados com enorme selvageria (estuprados e depois estrangulados, queimados vivos,...:

Carlos Antunes disse...

Ouvindo diariamente os especialistas debitarem os seus elevados conhecimentos sobre a matéria, cada vez percebo menos do que se passa na guerra da Ucrânia.
Ainda assim, na minha santa ignorância, julgo que a Ucrânia para ganhar a guerra tem que ter o apoio da NATO, à qual já pertence, senão formalmente, pelo menos materialmente.
Para ser membro da NATO tem de ganhar a guerra, mas para ganhar a guerra tem que ter o apoio da NATO!!!
É o chamado argumento tautológico.

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