Face ao policiamento pidesco em curso, imagino que alguns achassem que eu deveria começar este texto por um qualquer “disclaimer” preventivo - falando da Ucrânia, de não ser comunista e coisas assim. Mas, deliberadamente, não o farei, porque não tenho de dar a menor satisfação a esse tipo de gente.
Direi apenas que nem sequer atribuo excessiva importância ao que algumas vozes desgarradas andam por aí agora a remoer contra a legitimidade da existência do Partido Comunista Português, na nossa cena política.
Devemos tratar isso como meros roncos de ressonância fascistóide, quer sejam ditos por portugueses ou por estrangeiros, respondendo a todos com um imenso desprezo e sem a menor consideração.
5 comentários:
Concordando eu integralmante com este post, lembraria no entanto que a Constituição portuguesa fornece alguma munição a essa gente quando proíbe em Portugal a existência de partidos regionalistas e de partidos fascistas.
De facto, dizem eles, se se proíbe partidos regionais e partidos fascistas, porque não se há de proibir partidos comunistas?
Seria muito melhor retirar essa proibição da Constituição.
"Mutatis mutandis", convém relembrar o art.º 46.º, n.º 4 da Constituição da República Portuguesa...
Muito bem feito em não falar no caso, porque se falasse não faltaria vir esse tipo de gente amandar bocas despropositadas.
Os que não abriram a boca quando se falou da ilegalização do Chega (com acções concretas até) rasgam agora as vestes. Está a ser bonito de ver.
cf Carrilho, Balaguer.
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