quarta-feira, maio 04, 2022

O PCP

Face ao policiamento pidesco em curso, imagino que alguns achassem que eu deveria começar este texto por um qualquer “disclaimer” preventivo - falando da Ucrânia, de não ser comunista e coisas assim. Mas, deliberadamente, não o farei, porque não tenho de dar a menor satisfação a esse tipo de gente. 

Direi apenas que nem sequer atribuo excessiva importância ao que algumas vozes desgarradas andam por aí agora a remoer contra a legitimidade da existência do Partido Comunista Português, na nossa cena política. 

Devemos tratar isso como meros roncos de ressonância fascistóide, quer sejam ditos por portugueses ou por estrangeiros, respondendo a todos com um imenso desprezo e sem a menor consideração.

5 comentários:

Luís Lavoura disse...

Concordando eu integralmante com este post, lembraria no entanto que a Constituição portuguesa fornece alguma munição a essa gente quando proíbe em Portugal a existência de partidos regionalistas e de partidos fascistas.
De facto, dizem eles, se se proíbe partidos regionais e partidos fascistas, porque não se há de proibir partidos comunistas?
Seria muito melhor retirar essa proibição da Constituição.

João Cabral disse...

"Mutatis mutandis", convém relembrar o art.º 46.º, n.º 4 da Constituição da República Portuguesa...

Reaça disse...

Muito bem feito em não falar no caso, porque se falasse não faltaria vir esse tipo de gente amandar bocas despropositadas.

João Cabral disse...

Os que não abriram a boca quando se falou da ilegalização do Chega (com acções concretas até) rasgam agora as vestes. Está a ser bonito de ver.

Nuno Figueiredo disse...

cf Carrilho, Balaguer.

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