O “Público” traz hoje (Aleluia!) uma “carta ao diretor” recomendando que o jornal adote o Acordo Ortográfico.
Se assim o fizesse, textos de um excelente jornal como é o “Público” poderiam, finalmente, passar a ser recomendados pelos professores para leitura dos seus alunos.
12 comentários:
Aleluia! Esperemos que tomem o devido Tocafé e se deixam de anacronismos ortográficos.
Já é mais que tempo de todos os jornais, e todas as editoras de livros, se deixarem de parvoíces e passarem todos a escrever português segundo a grafia oficial.
O mercado para a ortografia antiga decresce de ano para ano.
Oxalá o Público continue a resistir! Ainda há bom senso. Há que resistir na medidada do possível ao Aborto Ortográfico.
Eu cá não compro nenhum livro que o adopte. Felizmente que há outras leituras interessantes noutras línguas, como, por exemplo, o inglês e o francês.
2. Oh Sousa Rodrigues, você acha a anterior escrita ortográfica um anacronismo? Ou não será você mesmo um anacronismo?
João Machado S.
Era bom que de uma vez por todas se enterrasse a agressão ao português que é o novo acordo ortográfico e que não se ignorassem as petições públicas nesse sentido.
O "Público" é lido nas escolas, senhor embaixador: https://www.publico.pt/publico-na-escola
E como se a grafia fosse um problema. Supõe-se que nenhum jovem em idade escolar veja a sua Sporting TV ou leia o jornal "Sporting", já que não aplicam o AO90... Coitadinhas das crianças.
Pois eu acho que deviam denunciar o acordo anterior e abandonar a ortografia que, deslustrando o bom Português, praticam. Façam favor de ortografar pae, mãi, pharmácia, portuguez, etc.
É uma decisão esquisita esta do Público manter-se no anacronismo da birra da escrita em português arcaico.
O suposto acordo não vigora legalmente em Portugal, e escrever segundo ele mais não é senão um atentado à nossa língua - algures no dito estaria escrito que era a grafia (e nem toda, nem toda) que seria alterada , mas que se manteria a pronúncia. Ora vá lá dizer isto a certos senhores jornalistas e ao ministro da educação (!!, a sério), que não conseguem distinguir formas verbais do presente do indicativo e do pretérito perfeito do indicativo.
O acento agudo, que passaria a opcional com o acordo, servia, nos verbos regulares da primeira conjugação, para distinguir das correspondentes formas do presente do indicativo (amamos, louvamos, etc.)as formas do pretérito perfeito (amámos, louvámos, etc), em benefício da clareza do discurso. Na falta de acento, e sendo a ignorância atrevida e preguiçosa, estes senhores que pululam no espaço público falam apenas no presente, e chega a ser aflitivo para quem ouve.
Quanto a livros, contribuo alegremente para esgotar os monos escritos em português escorreito ainda existentes nalgumas livrarias. À medida que se vão esgotando compro cada vez mais livros em inglês do UK (honour e não honor) e francês. E aqui em casa, no que toca a jornais, só se lê o Público - enquanto fizer sua divisa o último verso do Cântico Negro: sei que não vou por aí!
MPDAguiar
A seriedade e rigor exigem que se faça uma ponderada reflexão e correcção do Novo Acordo Ortográfico, por autoridades reconhecidamente competentes na matéria, na observância dos princípios e critérios de "cientificidade" que devem nortear tais acções. Reconhecer e corrigir erros é sinal de sabedoria.
Está mais do que comprovado que há erros grosseiros, mesmo chocantes, no Novo Acordo Ortográfico. Sabemos que a língua é viva, e que a sua evolução se reflecte na escrita após algum tempo, mas ignorar a "raiz" das palavras, bem como a grave supressão de grafemas da raiz, imposta pela aplicação pelo novo AO, que fez com que desaparecesse a "sinalização da abertura do timbre da vogal representada pelo grafema que precede imediatamente o grafema suprimido - exs: aspecto / aspeto; espectador /espetador", é inaceitável.
É bom que não adopte. Os outros PALOP que adoptem o português de Portugal.
Um verdadeiro Aborto Ortográfico é que criaram.
Pensava que o «Público» era um jornal privado, com o seu próprio estatuto editorial…
Esta mania de quererem formatar tudo só causa tristeza… Faz-nos falta a voz do Professor Lindley Cintra, que teria vergonha e apresentaria argumentos de linguista superior, ou de Vasco Graça Moura, que o faria com elegância de poeta, escritor, tradutor e mante da língua portuguesa. E outros…
Se fossem só gerações de jovens que não conseguem escrever Português, já metralhados pelos seus professores (muitos dos quais têm o mesmo problema, mas têm medo caso não apliquem instruções de comunicados do ME, que prefiro não ajectivar ): Não têm formação técnica, não estudaram Latim nem Grego. Pior, não têm dúvidas.. Não estudam a fundo, para verem a desgraça que fazem à sua língua todos os dias).
O autor do famigerado AO já cá não está, mas não era um deus iluminado… Esteve, se não erro, 8 anos a receber muitíssimo dinheiro da Academia para apresentar aquele triste produto final!! Autista e sem o discutir com quem devia).
Porém, neste momento, senhor Embaixador, há FOME e POBREZA ENVERGONHADA, bem como desemprego irreversível, neste nosso país… Talvez deixar essa «polémica» para outros tempos e com contraditório sério.
Saúde para si e para os seus!
Tudo piora também com os queridos brasileiros a traduzirem filmes, séries de tvs, etc (provavelmente cobrando menos…) e a leitura das legendas é de chorar…
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