domingo, julho 21, 2024
E Gaza?
Agora que são entoadas merecidas loas a Joe Biden pelo sucesso de algumas das suas políticas públicas, em favor de setores desfavorecidos nos EUA, não posso deixar de colocar, a seu imenso débito, a sua escandalosa e continuada complacência com os massacres israelitas em Gaza.
Rir é o melhor remédio
Now what?
A diversidade informativa deve ser estimulada. Por isso, fiquei sinceramente expectante face ao surgimento do canal televisivo Now. Às vezes, passo por lá. E, confesso, até hoje não consegui descobrir a identidade própria do seu produto. Mas posso ser eu quem está a ver mal...
A saúde de Biden
sábado, julho 20, 2024
(2) A Curva
sexta-feira, julho 19, 2024
A Última Campanha
A primeira vez que ouvi falar na hipótese de Mário Soares voltar a concorrer a umas eleições presidenciais foi pela boca de José Medeiros Ferreira, na tertúlia que o seu cunhado e meu amigo Nuno Brederode Santos, animava na Mesa Dois do bar Procópio. A conversa terá sido no início de 2005, um ano antes do sufrágio.
TAP
Obama ... by Michelle
Continuo a achar extraordinária a ideia de Michelle Obama poder vir a integrar a lista presidencial americana. Alguém sabe se a senhora tem alguma ideia que a qualifique para dirigir a mais importante potência mundial?
Muita graça
Em política, o estado de graça, isto é, o tempo em que os governos ainda não pagam um preço pela asneira, deteta-se na linguagem mediática. O caos na saúde era disfarçado. Começa agora a surgir. Mas a culpa ainda não é do primeiro-ministro: ainda é da ministra...
Tour
quinta-feira, julho 18, 2024
A regra é clara
Na política francesa, há uma constante que nunca falha: quando é para se opor à esquerda, centro, direita e extrema-direita encontram sempre um jeito de acabar por estar juntos.
Bye Biden?
Pensei que o tiro em Trump tinha segurado Biden. Afinal, com Obama a puxar-lhe o tapete, com os "grandees" do Congresso a afastarem-se, Biden pode aproveitar a Covid como pretexto para sair. Será sempre tarde e mal, recheado de elogios que soarão a necrologia política.
Vale tudo!
Afirmar-se abertamente a favor de Trump não é para todos. Ainda havia uma réstea de vergonha que levava ao recato de alguns. Mas a expetativa de que Trump, se ganhar, pode vir a deixar cair a Ucrânia começa a fazer "baixar a guarda" da decência. Trump? O Donbass vale bem isso!
António Leite
British Bar
(1) ... by Sofia
quarta-feira, julho 17, 2024
Mais velho
Há uns anos, numa conversa de família, alguém me perguntou um dado qualquer sobre um nosso antepassado. Disse que não sabia. A pessoa em causa reagiu assim: "Se tu, que és o mais velho, não sabes, então ninguém sabe".
G7
terça-feira, julho 16, 2024
A extrema direita lusa e Trump
A avaliar pelas reações nas redes sociais, a extrema-direita portuguesa está exultante com a expetativa de vitória de Trump. Vai ter alguma graça assistir à sua reação se e quando Trump vier a favorecer um "land for peace" para resolver a guerra na Ucrânia.
segunda-feira, julho 15, 2024
Os espelhos
Há por aí uns sites, uns blogues e algumas páginas de Facebook, onde, desde há dois anos, dia após dia, sobre o tema da guerra na Ucrânia, algumas pessoas coletam argumentos que vão sempre no mesmo sentido, repetindo as mesmas ideias e perspetivas, somando opiniões sempre similares. São espaços onde são zurzidos e adjetivados, sem piedade, todos quantos pensam diferentemente - sejam eles "os sabujos seguidores do imperialismo americano, com os seus lacaios europeus" ou os "miseráveis traidores do ocidente, infiltrados pelo putinismo agressor". Imagino que deva ser bastante descansativo passar os dias só a ler gente que "concorda" connosco, que nos conforta as certezas radicais e nos faz ir dormir na segurança que não estamos sozinhos nos nossos preconceitos. Que lhes faça bom proveito! Deve ser como ver-se ao espelho, estranhamente gostando do que vêm.
Ucrânia
A crescente plausibilidade de uma administração Trump, que já deixou claro que "fechará a torneira" financeira que sustenta a ação militar ucraniana, pode ter um efeito potenciador de uma negociação, mesmo a montante da sua entrada em funções. Kiev e a UE não devem ficar felizes.
França
"La France Insoumise", de Mélenchon, abandonou as conversas para encontrar um nome dentro do "Nouveau Front Populaire" para primeiro-ministro, acusando os socialistas de intransigência. Este foi sempre um exercício de "geometria no espaço": Macron nunca aceitaria um nome do NFP.
Ñ
Caramba! Se há seleção que mereceu ganhar este europeu foi a Espanha! Parabéns! Além de tudo, um país amigo e magnífico! (Mas deixarei de assinar qualquer jornal que se atreva a repetir os medíocres bordões jornalísticos "Nuestros hermanos", "a vizinha Espanha" ou "país vizinho")
domingo, julho 14, 2024
Para aligeirar o ambiente
Um futuro com Trump
"Les jeux sont faits!"
Qualquer dúvida que ainda houvesse sobre o resultado da eleição presidencial nos Estados Unidos terminou hoje. Resta apenas contar os dias até ao início do segundo mandato de Donald Trump.
sábado, julho 13, 2024
Ao gosto do freguês
sexta-feira, julho 12, 2024
Biden
- A conferência de imprensa demonstrou, se tal fosse necessário, que Biden domina a substância dos dossiês, a anos-luz de Trump. A questão não é essa. Henry Kissinger, com 100 anos, também era um sábio atualizado. Mas ninguém se lembraria de o propor para um cargo executivo.
- A escolha dos democratas americanos é trágica: manter Biden e arrastar-se por meses de crescente revelação das suas fragilidades ou forçar uma "guerra" interna de divisão do partido, eventualmente (ou mesmo "eventually") afastando Biden, sendo derrotados na mesma. Que dilema!
- As pessoas que aventam nomes "simpáticos" para substituir Biden, com hipóteses de ganhar a presidência, devem lembrar-se que há procedimentos democráticos a respeitar, que seriam necessárias eleições "primárias" e montar um processo complexo de auscultação.
- O "Biden das gafes", daqui a dias, vai passar a ser o "novo normal". Como ele se acha o "máximo" e os democratas não têm forma de o afastar, vão ser uns meses muito penosos, até à sua mais do que provável derrota.
quinta-feira, julho 11, 2024
Memória das pirites
Foi há pouco, no palácio de Belém, a anteceder uma cerimónia. Um cavalheiro aproximou-se de mim e disse-me que ambos tínhamos feito parte, há quase cinco décadas, de uma delegação técnica portuguesa a Marrocos.
quarta-feira, julho 10, 2024
Congéneres ?
Macron
Na carta aberta que hoje dirigiu aos franceses, Macron deixou claro que vai pedir à forças políticas o que sabe ser impossível, num parlamento esfrangalhado pela dissolução de que foi o único responsável. Começa a ficar evidente que, dentro de um ano, haverá novas eleições.
Os nomes da Direita francesa
terça-feira, julho 09, 2024
Casa Branca
Está a esgotar-se a janela temporal para Biden desistir e os democratas conseguirem ainda consensualizar um nome alternativo, com hipóteses realistas de derrotar Trump. Assim, a perspetiva deste poder regressar à Casa Branca adensa-se, a cada dia que passa.
Estatuto
Embora afastado do serviço ativo do Ministério dos Negócios Estrangeiros desde 2013, acompanhei, durante algum tempo, como presidente da respetiva Assembleia Geral, o esforço que a Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses desenvolvia para tentar recuperar a degradação da posição relativa da profissão face a outras carreiras especiais da Função Pública.
A atratividade da carreira vinha a ser crescentemente afetada no "mercado" dos novos licenciados e isso foi tendo impacto na capacidade de recrutamento de pessoal para o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Dizer que, a prazo, isso teria consequências na qualidade da prestação diplomática é algo que não me parece muito ousado.
O diploma agora concluído terá ainda um caminho institucional a percorrer, esperando que seja breve e não distorçor do que foi acordado. Não conhecendo os seus pormenores, para além do que foi divulgado na imprensa, só posso desejar que as soluções nele consagradas possam satisfazer os anseios da carreira e estejam à altura do empenhamento dos nossos diplomatas de poderem servir, de forma cada vez mais eficaz, os interesses de Portugal na ordem externa.
segunda-feira, julho 08, 2024
Assim como assim...
Não, não vi a entrevista à senhora procuradora-geral. Estive a ver um filme policial.
Jacques Toubon e o "Beaujolais nouveau"
Tempos
Ouvi agora, num debate político na televisão francesa, uma expressão magnífica: "Il est urgent d'attendre".
Quase me fez lembrar a frase de Saramago: "Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo".
Ucrânia
Adjetivos qualificativos à parte, não deixa de ser interessante especular sobre qual será a lógica subjacente ao forte ataque russo de hoje a Kiev, nas vésperas de uma cimeira da NATO que terá a Ucrânia como principal ponto da agenda. Moscovo achará que assim verga apoios a Kiev?
Cheney
Este cavalheiro até pode ter razão no que diz - e provavelmente tem. Porém, nunca esquecerei que este cavalheiro é uma das figuras mais sinistras da história contemporânea dos EUA, um dos principais responsáveis pela tragédia no Iraque, fonte de um caos que ainda não terminou.
Macron
Para ajuda à reflexão, deixo a evolução dos resultados das formações que apoiam o presidente Macron nas sucessivas eleições legislativas em França:
2017 - 350 deputados
2022 - 245 deputados
2024 - 168 deputados
Biden
As constantes auto-avaliações otimistas que Joe Biden faz sobre o seu estado físico e psíquico não podem deixar de ser relativizadas, quanto à sua validade e rigor, pelo facto de se tratar de alguém sobre cujo estado físico e psíquico existem precisamente imensas e crescentes dúvidas.
Já agora!
Não sei como vai ser governada a França. Só sei quem o vier a fazer deve analisar, com muito cuidado, as razões que, apesar de tudo, ainda levaram tanta gente a votar na extrema-direita e procurar responder, com humildade democrática, a essas preocupações. A Le Pen fica "à coca!"
Uma coisa é uma coisa...
As reportagens televisivas feitas por estas horas em Paris deviam ter o cuidado de distinguir as manifestações de júbilo pela derrota da extrema-direita, como a que se passa na Place de la République, dos desacatos violentos feitos a coberto dessa noite de euforia.
O seu a seu dono
Há uma coisa que tem sido pouco dita - eu próprio erradamente não a referi, nas intervenções que fiz na CNN Portugal: muitos dos deputados macronistas e LR eleitos devem esse resultado à desistência dos candidatos de esquerda, imediatamente anunciada após a primeira volta.
O trigo e o joio
Uma das vigarices tradicionais da direita mediática é ligar os partidos de esquerda aos distúrbios, assaltos e atos de violência que, em França e não só, grupos de energúmenos levam a cabo em dias de mobilização popular.
A superioridade democrática
Os impasses que possam ser gerados pelo voto democrático são sempre preferíveis a soluções que radiquem em ideologias discriminatórias e anti-humanistas.
domingo, julho 07, 2024
Vive la France!
Em França, o reflexo republicano (convém ter presente que a expressão não tem necessariamente a mesma conotação que em Portugal, na nossa clássica oposição à monarquia) continua a ser um reflexo cívico muito honroso e prestigiante para o seu sistema democrático.
sábado, julho 06, 2024
Não morreu ninguém!
sexta-feira, julho 05, 2024
Ronaldo. A sério.
Agora muito a sério: não há um mínimo de cuidado na preservação da imagem e do prestígio dessa imensa figura do futebol mundial que se chama Cristiano Ronaldo?
Orbán
Todos sabemos que Orbán não é "flor que se cheire". (Erdogan também não era). Mas se acaso ele viesse a conseguir uma (improbabilíssima) ponte negocial entre Moscovo e Kiev, o que é que a União Europeia podia objetar? Afinal, a Ucrânia é ou não "dona" da sua guerra?
Estudem
As pessoas que passam o tempo a tecer loas aos sistemas eleitorais com círculos uninominais já alguma vez se interrogaram sobre a razão pelas quais há muitos países que têm outro modelo e não consideram mudá-lo? Serão menos democratas e mais estúpidos?
Hunt
Jeremy Hunt, ministro das Finanças britânico cessante: "Some Conservatives will wonder whether the scale of our crushing defeat is really justified, but when you lose the trust of the electorate, all that matters is to have the courage and humility to ask yourself why".
Chapeau!
A falta de um guarda-chuva (ou de um chapéu de chuva, em lisboês)
Afinal, deus não dorme...
O que é demais...
quinta-feira, julho 04, 2024
Peter Snow
Tem 86 anos e está reformado. Durante décadas, habituei-me as seguir as noites eleitorais no Reino Unido apresentadas por Peter Snow, primeiro na ITV, depois na BBC. Era uma figura alta que, por essas horas, usava o famoso "swingometer". Com gestos largos, mostrava-nos, de início sem os artefactos digitais dos dias de hoje, um ponteiro que evoluia numa parede, oscilando entre o vermelho e o azul, explicando como "tories" e "labour" subiam ou desciam.
É assim!
Queijos
Parabéns ao nosso excelente queijo! Confesso que estou muito curioso sobre o que dirá a imprensa francesa nos próximos dias.