A semana passada, com a vitória da extrema-direita, os “mercados” reagiram bem, a bolsa evoluiu favoravelmente, os juros seguiram a mesma tendência. Tudo estava preparado para o festim dos “mercados”, as previsões eram favoráveis, a extrema-direita tinha a porta aberta para aceder ao poder, acreditavam eles.
Contudo, os eleitores reservaram uma surpresa para os “mercados” e para os fazedores de opinião. A esquerda venceu as eleições, o que deixou os “mercados” nervosos, na incerteza. A reação imediata foi a queda do €, em forma de aviso.
O que me espantou foi como os Neoliberais de Macron ainda assim conseguiram semelhante resultado. Quanto à (Nova) Frente Popular, fica-me a ideia de que a união dos Partidos que a constituem não terá grande solidez (mas posso estar enganado). Tendo em conta que o Neoliberal Macron irá continuar no Eliseu até 27, como se irá processar a relação entre um eventual governo de Esquerda e o Presidente, é o que estou para ver, com curiosidade. E entretanto, toda a Direita somada com a extrema-Direita ocupa uma larga maioria dos lugares na Assembleia Nacional francesa. Aquilo para os lados de França está complicado. Travou-se a extrema-Direita e agora o que se seguirá? Algo com solidez, ou instabilidade no futuro próximo? Inclino-me mais para esta última perspectiva. Já quanto à política externa francesa, pouco mudará, quer-me parecer. Quer no respeitante a Israel/Gaza/Palestina, quer para com a Ucrânia. E se calhar mesmo no que concerne à disponibilidade de a França cooperar com os EUA/RU/Austrália no Pacífico. Enfim, vamos seguindo a coisa e ver no que dá. a) P. Rufino
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A semana passada, com a vitória da extrema-direita, os “mercados” reagiram bem, a bolsa evoluiu favoravelmente, os juros seguiram a mesma tendência. Tudo estava preparado para o festim dos “mercados”, as previsões eram favoráveis, a extrema-direita tinha a porta aberta para aceder ao poder, acreditavam eles.
Contudo, os eleitores reservaram uma surpresa para os “mercados” e para os fazedores de opinião. A esquerda venceu as eleições, o que deixou os “mercados” nervosos, na incerteza. A reação imediata foi a queda do €, em forma de aviso.
Os “mercados” não gostam de perder eleições.
O que me espantou foi como os Neoliberais de Macron ainda assim conseguiram semelhante resultado. Quanto à (Nova) Frente Popular, fica-me a ideia de que a união dos Partidos que a constituem não terá grande solidez (mas posso estar enganado). Tendo em conta que o Neoliberal Macron irá continuar no Eliseu até 27, como se irá processar a relação entre um eventual governo de Esquerda e o Presidente, é o que estou para ver, com curiosidade. E entretanto, toda a Direita somada com a extrema-Direita ocupa uma larga maioria dos lugares na Assembleia Nacional francesa. Aquilo para os lados de França está complicado. Travou-se a extrema-Direita e agora o que se seguirá? Algo com solidez, ou instabilidade no futuro próximo? Inclino-me mais para esta última perspectiva. Já quanto à política externa francesa, pouco mudará, quer-me parecer. Quer no respeitante a Israel/Gaza/Palestina, quer para com a Ucrânia. E se calhar mesmo no que concerne à disponibilidade de a França cooperar com os EUA/RU/Austrália no Pacífico.
Enfim, vamos seguindo a coisa e ver no que dá.
a) P. Rufino
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