quinta-feira, julho 18, 2024

(1) ... by Sofia


Sala sem pretensões, ambiente um pouco barulhento, escassas mesas, necessidade de reserva (917 588 974), razoável carta de vinhos, serviço muito agradável e cordial. Honestidade nos preços.

É o "Solar do Peixe by Sofia", em Sacavém, no Largo José Joaquim Rodrigues. Excelente oferta de peixe e algum marisco, que se escolhe à entrada e é ali grelhado à vista. 

Fui lá hoje almoçar. E vou voltar. Recomendo.

6 comentários:

Luís Lavoura disse...

Odeio, positivamente odeio, restaurantes barulhentos. Para mim, comer é com calma e prazer, o que requer silêncio.
Aliás, o que mais me enoja é ver grupos de pessoas que vão ao restaurante para falar umas com as outras. Em vez de comerem estão ali a dar à língua, incomodando os outros.

Joaquim de Freitas disse...

Como o compreendo, Luis Lavoura.

manuel campos disse...


Suspeito que muito pouca gente goste de restaurantes barulhentos mas, havendo gostos para tudo, deve haver uns quantos que apreciem, talvez a alguns até ajude a sentirem-se melhor por um bocado pois nem toda a gente se vê rodeada de animação com frequência, il faut de tout pour faire un monde.

Há assim que evitar os restaurantes barulhentos.
Acontece é que nestes tempos mais recentes os restaurantes estão cheios de gente que não abre a boca, o grupo todo muito ocupado cada um com o seu smartphone, a comida a arrefecer dada a urgência de vida ou de morte em responder a A ou B que postou mais um boneco qualquer sem grande graça mas que, se não fizerem prova de vida, podem ser irradiados da lista (ou mesmo da profunda amizade) do outro.
No entanto consta-me que as situações mais caricatas são as dos jantares fora no “Dia dos Namorados”, onde o casal passa a refeição a escrever no telemóvel sem falar, possivelmente a mandarem fogosas mensagens de amor um ao outro que não querem que os circunstantes ouçam.
Pior ainda é quando entregam os aparelhos às crianças para as manterem quietas e caladas e estas põem a bonecada em altos berros, perante a passividade de pais que são exemplos de civismo.

Como não estou em nenhuma rede social, minha mulher também não, os filhos pouco querem saber disso e os netos foram educados no princípio de que à mesa conversa-se, pois é um dos poucos momentos em que estamos todos juntos, de vez em quando lá se houve uma chamada, olham discretamente no colo o que é e desligam.
As únicas “redes sociais” que frequento é o “Duas ou Três Coisas” e os transportes públicos, ainda ontem me fartei de andar neles entre Alvalade onde fui tratar de uns óculos, a FNAC da Baixa onde fui fazer horas até os óculos estarem prontos, o almoço no Areeiro quase às 3 da tarde, outra vez Avalade para ir buscar os óculos e regresso a casa.

Mas aquele “fartei” ali em cima é mais literal do que parece, anda tudo muito agressivo e à mínima situação sai asneira, chamei a atenção de um rapaz dos seus vinte e poucos anos por causa de um senhor em cadeira de rodas naquele espaço próprio dos autocarros, começou logo a disparatar comigo, toda a gente calada como de costume, valeu que ia com a mãe (?) que lhe disse que eu tinha razão e se calasse.

Minha mulher bem me diz que um dia destes levo um tiro ou uma facada, também começo a achar que já esteve mais longe.
Agora vou para os lados de Alcântara a uma consulta de rotina mas vou de carro, é só malucos por aí mas em princípio só me amolgam a lata da viatura (não é grave, tenho seguro de danos próprios, só pago os 500€ da franquia).

marsupilami disse...

Manuel Campos,

Ainda há uns tempos fui às Chaves do Areeiro e enquanto me perguntava o que fazer também me ocorreu que a espera seria mais produtiva no meio dos livros. Rumei de metro à Rua da Escola Politécnica onde estão as livrarias Almedina, Travessa, e ainda a da Imprensa Nacional. De passagem ainda deu para trincar um bolinho na 1800 à esquina com o Largo do Rato. Se foi à fnac pelos livros, experimente estas. Se tiver vagar para a digressão, não ficará a perder, salvo talvez uns euritos ...

Anónimo disse...

Há sítio para estacionar o carro?
M.Prieto

manuel campos disse...


Marsupilami

Muito sinceramente lhe agradeço a lembrança, imagina como é, à força de embicarmos para os mesmos sítios já nem raciocinamos que há outros ao alcance fácil de quem ande de Metro, estas são excelentes alternativas de que andava não digo que esquecido, mas de que não andava de certeza lembrado.
Houve mesmo uns anos em que almoçava todos os meses na 1800 com um grande amigo ainda vivo mas que já não sai de casa.

Descer o Chiado sempre foi, durante anos e uma vez por semana, um enorme prazer mas confesso que deixou de o ser, se ainda o faço aqui ou ali é para confirmar que não estou errado.
Sou assim do tempo em que ali na esquina da Rua Anchieta se postava uma equipa de reportagem, não me lembro de que canal, a fazer aquelas inenarráveis entrevistas de rua que são habituais.
Como dizia um amigo meu, aquelas em que põem um microfone e uma câmara em frente de uma pessoa normal e ela se torna instantaneamente num idiota.
Olhavam para mim, vinham na minha direcção, perguntavam se podiam fazer umas perguntas, eu respondia que podiam mas não iam gostar das respostas.
Foi assim que consegui nunca aparecer no ecrã e ficar famoso na vizinhança (“é aquele gajo que apareceu na televisão!”).

Ontem lá fiz um esforço, em vez de sair na Rua do Crucifixo e entrar na porta ao lado de acesso à FNAC, subi os 4 lanços de escada rolante até à “A Brasileira”, que por razões que me ultrapassam por completo estavam todos a funcionar.
Desci então a Rua Garrett e entrei na Bertrand: é para esquecer.
A Bertrand do Chiado consta dos livrecos sobre Lisboa para os turistas como “monumento”, isso quer dizer que não há turista digno desse nome que não se veja na obrigação de lá entrar, ir até lá ao fundo a olhar para os lados, não comprar evidentemente nada e voltar lá do fundo a olhar para os lados com ar inteligente.

Hoje recebi uma mensagem a pedir o adiamento da hora da consulta quando já ia na Avenida de Ceuta, resolvi voltar para trás e dar uma saltada ao Colombo a ver se já havia livros na FNAC, é que aquilo tem estado em grandes obras e houve ali uns dias em que os livros estavam “escondidos”.
Já estão à vista, ali à entrada de quem entra, logo à direita, mas não vi nada pois recebi outra mensagem a remarcar a consulta para uma hora mais cedo, lá me pirei para chegar a tempo, queria ir de ferias com a consulta feita.

Euritos em livros não considero perder, já percebi que partilhará a ideia.
Mais uma vez obrigado.

RTP

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