terça-feira, maio 28, 2024

Falar claro

Em países onde há eleições basicamente livres, é enganador personalizar a culpa nos líderes: não é Trump quem leva a América a agir de uma certa forma. É a América que escolhe Trump para assim proceder. É a Israel e não a Netanyahu que o mundo deve pedir contas.

7 comentários:

João Cabral disse...

Mas é só dos que os elegeram ou de todos? E do voto convicto ou também do útil? Os dislates de Marcelo no segundo mandato serão culpa dos Portugueses? Putin foi eleito pelos Russos em eleições livres e justas? Oh senhor embaixador...

manuel campos disse...


Exactamente, está lá tudo em quatro linhas e meia.

Mas é muito mais cómodo arranjar "punching bags" do que pensar seriamente nas complexas razões que levam a determinadas situações.

marsupilami disse...

Tem razão nos casos extremos que aqui aponta. Mas, em geral, por construção, os eleitores ao votar são forçados a "carimbar por atacado" - contra as suas convicções - todo o programa do candidato. A alternativa é votar branco. Um caso paradigmático foi/foram a(s) eleição de Macron: a maioria votou nele apenas para afastar Le Pen e depois ele invocou a legitimidade da eleição para forçar (usando o 49.3, caso algo extremo convenhamos) a passagem de leis que têm a desaprovação da esmagadora maioria da população.

É o pior dos sistemas com excepção de todos os outros, como dizia o outro.

Unknown disse...

Eu diria que a culpa está tanto no país que escolheu como no eleito. São os dois responsáveis.

Unknown disse...

A responsabilidade colectiva não apaga a responsabilidade individual e vice-versa.

João Cabral disse...

A não ser que 330 milhões de habitantes sejam todos esquizofrénicos, como escolhem Obama para dois mandatos e a seguir escolhem Trump? Coisa nunca devidamente explicada.

Joaquim de Freitas disse...

Israel, pois! Rafah foi a última zona da Faixa de Gaza que ainda não tinha sido destruída pela entidade sionista. Muitos países pediram-lhe que não atacasse Rafah – sem sucesso. Porque ela não leva em conta nada nem ninguém, não respeita nada nem ninguém e está acima de tudo e de todos. É uma coisa em si. Uma aberração.

O que começou como um posto avançado colonial ocidental em proliferação calculada transformou-se numa metástase numa máquina de matar... uma máquina que está até a acelerar o seu próprio desaparecimento (embora não suficientemente rápido).

A grande questão* que ficará nos livros de história (se a humanidade sobreviver aos planos da entidade sionista) é: porque é que o resto do mundo foi incapaz de impedir o genocídio?

Já podemos excluir “o Ocidente” (o mundo de língua inglesa e a Europa) des
ta questão, porque é e tem sido a força motriz por trás desta monstruosidade.

Este posto colonial incorpora a própria essência do mundo ocidental contemporâneo – a sua moral, os seus princípios, os seus objectivos.

Representa o culminar de 500 anos de ganância, hipocrisia, arrogância, exploração, pilhagem, racismo, colonialismo e genocídio.

E o resto do mundo?

Os próprios palestinianos têm lutado pelas suas vidas desde a criação do “Estado de Israel”; apesar das inúmeras mortes e do sofrimento indescritível, o seu espírito continua a viver.

O Iémen está agora profundamente empenhado nesta batalha e vê-a como a sua luta comum. Todo o Eixo de Resistência na Ásia Ocidental está a fazer o que pode para combater os crimes sionistas. A retaliação iraniana elevou o moral dos palestinianos e do Eixo da Resistência e mudou o paradigma na Ásia Ocidental.

A África do Sul tentou fazer o que pode com o seu caso no Tribunal Internacional de Justiça e continua a procurar medidas punitivas adicionais. A Colômbia cortou laços com “Israel” e a Nicarágua acusou a Alemanha de cumplicidade no genocídio perante a CIJ.

A Rússia – paralelamente à sua luta contra o nazismo na “outra guerra” na Ucrânia – está a liderar a criação de um mundo multipolar; e a Rússia e a China condenam o genocídio, juntamente com muitos outros países. 143 dos 193 estados membros da ONU votaram pelo reconhecimento do Estado palestino.

Em todo o mundo, estudantes, académicos e outros jovens começaram finalmente a protestar contra o genocídio.

A maioria global – 88% do planeta – está em oposição contra a minoria – o Império e os vassalos na Europa – que apoia directa e indirectamente e até legitima o genocídio.

E então... os massacres continuam

Em algum momento no futuro – se o planeta ainda existir – ou todos ou a maioria dos palestinianos terão sido massacrados e os restantes expulsos, como exige o plano sionista, ou o exército sionista e a sociedade sionista terão-se esgotado graças à estratégia. do desgaste empregado pelo Eixo da Resistência e do espírito de resistência dos próprios palestinos (pelo qual terão pago um preço incalculável).

Neste último caso, este triunfo pertencerá a eles – e somente a eles! O “Resto do Mundo”, inclusive eu, terá que conviver com uma cicatriz na consciência.


Hoje, a cada momento, pessoas inocentes morrem de forma horrível. É claro que, por enquanto, eles são “apenas palestinos”.

O genocídio em Gaza é apenas a “parte visível” de um programa mais amplo. Não devemos esquecer que a entidade sionista é apenas um posto colonial avançado – ou, para colocar numa formulação mais contemporânea: “o porta-aviões do Império na Ásia Ocidental”. E apresenta-se agora também como uma maldição fatal para as pessoas de fé judaica.

Os espiritos foram colonizados em todo o mundo. Para que surja um mundo multipolar de nações verdadeiramente soberanas, terá de se livrar dos últimos vestígios de racismo, colonialismo, neoliberalismo, tecnofilia e destruição cultural com os quais se deixou infectar pelos colonizadores e pelos infiltrados do Ocidente moderno.

A Europa de que eles gostam

Ora aqui está um conselho do patusco do Musk que, se bem os conheço, vai encontrar apoio nuns maluquinhos raivosos que também temos por cá. ...