quarta-feira, maio 01, 2024

Na minha outra juventude


Há muitos anos (no meu caso, 57 anos!), num Verão feliz, cheguei a Amesterdão, de mochila às costas. Aquilo era então uma espécie de "Meca" geracional. Para quem tinha cerca de 20 anos, apenas a Londres dos "swinging sixties" lhe fazia alguma concorrência, embora com diferentes fatores de atração. Paris era mais "grave", pessoal a discutir "à séria", guerra e livros. À boleia desde Lisboa, sem pressas, sem datas e sem companhias precisas, saltitei então entre cidades, entre "auberges de jeunesse" e outros pousos que, às vezes, até tinham bastante mais graça e era fautores de felizes "happenings". (Voltei a repetir a experiência, uma outra vez). Aos amigos que sabia irem estar, por esses tempos, por Amesterdão, disse, antes de partir de Lisboa: "Todos os dias, às sete da tarde, vou estar pelo Dam. Aparece!". (Alguém me tinha ensinado que era assim). E, naquela semana, nos fins de tarde, sentava-me na base do monumento, à espera de tudo, conversando com quem viesse à vida. Hoje, dou agora conta, está vedado.

7 comentários:

Flor disse...

Uma de muitas coisas que me ficou por realizar, ir um pouco á deriva. O que eu experimentei fazer foi aceitar convites para passar férias em casa dos pais de amigAS dentro do país. A minha mãe talvez para que não me faltasse nada de comer 😮, arranjava sempre um senhor farnel que eu até tinha vergonha de entregar.Mas a minha mãe queria assim😁
Imaginem, o pai de uma amiga era dono de um hotel onde se comia lá muito bem.

Flor disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
manuel campos disse...


Nesta juventude continuo a sentar-me no chão com muita facilidade.
O problema é depois ao levantar-me.

Flor disse...

Manuel Campos eu sofro do mesmo😁

manuel campos disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
manuel campos disse...


Fez bem em remover depois de publicar.
Referia-me a mim, mas de facto devia ter começado por escrever “No meu caso…”, assim não ficou claro que era essa a ideia e podia ser inconveniente para com alguém o que, como imagina, não seria de todo a intenção e muito menos neste caso em particular.
Terá talvez pensado que “o gajo percebe”.
E se assim foi “o gajo percebeu”.

Leão do Fundão disse...

Saudade, bela foto com uma ponta do Hotel Krasnapolsky a aparecer...
Não durmo lá, desde 1991. Enfim Saudade!

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