quinta-feira, maio 23, 2024

Já não há


Quem havia de dizer que Nikki Haley surgiria a dizer que vai votar Trump! Há meses, Haley personificava, para uma certa América, a dignidade do combate a Trump. A sua linha de rotura não ia ao extremo de Liz Cheney, mas a notável persistência em campanha, forçando Trump a um dispendioso prolongamento das primárias, mostrava que havia um "outro" Partido Republicano. Decente, caramba!

Havia? Já não há.

7 comentários:

Anónimo disse...

Como se Biden fosse decente. Não fosse presidente e a Igreja Católica já o devia ter excomungado.

Luís Lavoura disse...

havia um "outro" Partido Republicano. Decente, caramba!

Trump não é menos decente do que Biden. A política externa e comercial de Biden tem sido basicamente a mesma, ou, de facto, tem sido pior, que a de Trump. Aplicar sanções a torto e a direito é a política (indecente) tanto de um como do outro.

Lá por Trump dizer uma asneiras sobre agarrar mulheres pelas partes, ele não é mais indecente que Biden. Isso é só conversa parva de homens. Naquilo que verdadeiramente fazem, Trump e Biden são mais ou menos tão maus um como o outro.

manuel campos disse...


Quem havia de dizer?
Eu!

E se não me falha a memória tenho ideia de um "Arte da Guerra" em que o assunto foi abordado, não me lembro já em que termos concretos.

A "persistência" de Nikki Haley foi só para ir pondo pedras no caminho que quer percorrer a seguir a 2028.
Os apoios financeiros não costumam ser nem de grandes sentimentalismos nem de grandes coerências.

Já vi este filme, muitas vezes e em muitos sítios.
E o nosso caro Embaixador já o terá visto ainda muito mais vezes, suponho.

PS- Não há Partidos ou partes de Partidos mais decentes ou menos decentes.
Há interesses e oportunismos: "here, there and everywhere".

Anónimo disse...

Curioso. Nesta fase de escolha de um candidato a Vice-Presidente, nos EUA, há quem queira que o candidato selecionado por Trump seja o Ten. General Mike Flynn.
Afinal só um General conhecedor dos cantos da casa conseguirá ter mão no aparelho militar, nas forças de segurança e de informação. Pregaram-lhe uma rasteira e "cá se fazem cá se pagam", dizem. Veremos.
Trump, o civil, cuidará de arrumar a casa do aparelho judicial que óbviamente levantou a venda dos olhos, vai para muito tempo.
Lembremo-nos que por cá foi preciso um general (Eanes) na presidência para remeter os militares a quarteis....

marsupilami disse...

balio, tem toda a razão. O Trump é um tipo tão decente quanto os mais decentes. É reinadio com as mulheres e tem um proverbial sentido de humor como ficou provado no caso do capitólio. Já para não falar que tem olho para a virologia e a epidemiologia. A ele ninguém o engana. Quando decidiu tornar-se um estadista, perdeu-se um enorme cientista.

Joaquim de Freitas disse...

Decência não é uma palavra americana… Penso em Clinton ao telefone com Arafat, fazendo “ses affaires » debaixo da mesa” , com a estagiária da Casa Branca.

Mas sabemos que uma “cultura constrói lugares”. Uma civilização “constrói estradas” com um grande bastão (o da política do “ big stick), uma frota, exércitos, hoje drones.

Mas não tem tempo para estudar as boas maneiras. E saca do revólver quando ouve falar de cultura. Já era assim no Farwest…

A América é espaço enquanto a Europa é tempo. Nos Estados Unidos, percorre-se a Rota 66 num bom “Easy Rider”. Conquista-se um território – se necessário com um colt .

A Europa sabota a sua cultura. Os funcionários em Bruxelas comunicam na língua de um país que já não faz parte da União Europeia.
Antigos países da Europa de Leste apressaram-se a admitir centros secretos de tortura da CIA no seu território.

Quando comemos hambúrgueres, engolimos também tudo o que os acompanha: o massacre “heróico” dos indianos, dos vietnamitas e dos iraquianos. De cowboy ao GI. Sob a bandeira da hiper democracia, !

Suportaram um presidente para quem a “Bélgica” é uma cidade e que pensa ter enviado 59 mísseis para o Iraque quando o fez para a Síria. Cai onde pode, onde deve. O importante é que “acerte” (chega de bombardeios) ataques, que aterrorizem, qualquer que seja o grau de improvisação.

aguerreiro disse...

A senilidade americana tem muita força e a frouxidão da juventude não augura nada de bom!

Falemos então da velhice, através de Philippe Noiret

"Il me semble qu'ils fabriquent des escaliers plus durs qu'autrefois. Les marches sont plus hautes, il y en a davantage. En tou...