sexta-feira, maio 17, 2024

Botão errado


Foi ontem à tarde, na Fundação José Saramago. A homenagem ao Nuno Júdice era no 4° andar. Distraidamente, carreguei no botão do 3° andar. Ia a sair ali, quando fui avisado do erro. Travei a tempo! Nesse andar é a livraria da Fundação e, conhecendo-me, não passava sem comprar algum livro. Não julguem que estou a brincar! Não estou. Tenho uma compulsão doentia para a compra de livros, quando eles me aparecem pela frente. Estive na Hungria em meados de abril e, claro, fui visitar uma livraria que conhecia em Budapeste. Comprei lá um guia da Holanda, país onde fui por uns dias no fim do mesmo mês. Na Haia, abasteci-me numa livraria em saldos, na rua principal da cidade. Há dias, na Universidade Católica, onde ia moderar uma palestra, enganei-me e entrei pelo piso de baixo. O que eu fui fazer! À esquerda, existe uma ótima livraria e, claro, não saí de lá sem três livros. Há anos que me sinto embaraçado (ia escrever envergonhado, mas já perdi a vergonha) quando chego a casa e os sacos que trago na mão são olhados com ar crítico por quem acha que viver com 132 livros no quarto de dormir (contei-os hoje) é talvez um exagero. Além, claro, de alguns milhares em outras estantes pela casa, fora os incontáveis que estão em Vila Real e os muitos que a biblioteca municipal da cidade já guarda no Fundo Bibliográfico com o meu nome. Este fim de semana vou ao Porto e, à ida e à volta, vou encontrar nas estações de caminhos de ferro umas tentadoras lojas, com fundos de edição ao preço da chuva. Já estou a imaginar o que vai suceder... Daqui a dias, vou palestrar aos Açores: qual é a melhor livraria de Angra do Heroísmo? Logo de seguida, vou a França. Vai ser um "desastre"! A propósito: quando é que abre a Feira do Livro? 

(A imagem é só para ilustrar o texto, não é da minha casa, juro!)

7 comentários:

Anónimo disse...

Acerca de livros como vivo no Índico a oferta é escassa. Eu mais tipo ferramentas elétricas e mecânicas .E a minha area . Estou usar agora coisas que comprei a 5 anos . Até parafusos. Leio o sempre . Continue . Vitor pinho

Anónimo disse...

Gosto de ler e gosto de livros; não tenho essa compulsão porque não tenho espaço para os arrumar. Só não existem nas casas de banho e tenho três casas que os armazenam; os excedentes doo à Biblioteca Municipal da minha terra; já comecei a fazer a lista para a Feira do livro; com tantos livros não tem livros repetidos!? Eu tenho alguns. Albertino Ferreira

Flor disse...

Sr. Embaixador dou-lhe um conselho quando sai de casa não se faça acompanhar dos cartões crédito e débito e no porta moedas o estrictamente necessário. :)

João Cabral disse...

Como se costuma dizer, quem não tem dinheiro não tem vícios.

jj.amarante disse...

E tem as suas estantes fixadas às paredes? Eu só recentemente fixei as minhas, ainda fui a tempo do próximo terramoto.

Flor disse...

Há muitos anos atrás entre um trabalho e outro fui Divulgadora de uma editora e á parte de fazermos feiras do livro e exposições em escolas, também fazíamos pontualmente visitas ao domicílio. Lembro-me que uma vez tocamos a uma porta, um senhor simpático abriu, o meu colega e eu apresentamo-nos, falámos sobre as últimas obras mas... ele disse-nos que não era comprador de livros e que inclusive não tinha um único livro em casa. Acho que ficamos com a boca aberta meia-hora :)

Luís Brás disse...

Senhor Embaixador
Já pensou em alternar a sua adição dos livros pela da música?
Eu por exemplo, colocado em Maputo, ainda não terminei “Léah” do iluminado José Rodrigues Miguéis, sempre a música, o efeito é mais rápido.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...