quarta-feira, maio 08, 2024

Ridículo e grave

A acusação de traição à pátria dirigida a Marcelo Rebelo de Sousa é, para além de completamente ridícula, de uma extrema gravidade. Os partidos responsáveis deveriam conseguir ultrapassar as reservas que a ação do presidente da República possa conjunturalmente merecer-lhes e, a bem da salubridade da vida política democrática, afirmar perante o país um repúdio conjunto face a esta inqualificável atitude.

9 comentários:

jose duarte disse...

Completamente de acordo.No entanto este comportamento devia ter sido já repudiado por todos aqueles que acreditam que há um chão comum que devemos considerar e que faz parte da nossa vida democrática, melhor ou pior, é assim.
O Chega não faz parte desse chão.Usa e abusa das portas abertas pela democracia para fazer "não política",mas puro discurso de "arruaceiro".
A resposta que dermos a estes momentos a estes comportamentos, são fundamentais para a nossa sobrevivência democrática.

João Cabral disse...

Mas não era o próprio Marcelo um foco de instabilidade, senhor embaixador?

Unknown disse...

O Chega não devia ficar impune. É muito grave acusar um PR de um crime de traição à pátria, sobretudo quando se está ver, pela leitura da lei, que não há crime nenhum. Arquivada a queixa, devia haver meios para os "queixosos" serem processados por injúrias ou por denúncia caluniosa, o que for.

Anónimo disse...

Nunca se viu uma falta de respeito pelos nossos valores que, é claro que têm altos e baixos, como tudo que seja humano, mas não devia ser permitido o atrevimento arrivista, deste rapaz do Chega! Que extremismo, que despotismo, que má formação que se lhe enxerga. Até nos deixa envergonhados a falta de nível que chega lá para a Comissão Europeia. Portugal teve sempre um cunho superior de formação aos olhos da UE.O atrevimento dele faz-nos mêdo -nâo se sabe até onde pode chegar a brutalidade deste elemento.
Que vergonha...
Como é que há gente que o segue !?...

J. Carvalho disse...

Com repúdio ou sem repúdio, André Ventura obtém sempre o que pretende: palco, tempo de antena, marcar a agenda noticiosa.

Pior, muito pior, que André Ventura são as opções jornalísticas. Mais de uma semana tivemos notícias, debates, comentadores e mais comentadores, doutorados em direito e toda uma plêiade de entendidos a bitaitar sobre o que o Chega queria que se falasse: do Chega, do Ventura.

A verdade, a triste verdade, é que o Ventura tem o condão de saber como gerar audiências e a comunicação social vive disso e para isso, logo sempre disponível para abrir o microfone e ainda chamar outros à contenda.

Quanto à democracia? Não me parece que seja assunto que preocupe quem marca a agenda das notícias nem a equipa do Ventura.

João Cabral disse...

Veja uma vantagem, pode ser que Marcelo aprenda finalmente a ter tento na língua e a respeitar o cargo que ocupa.

afcm disse...

'A vida é um veneno quando apenas serve para a ambição, a vaidade e a inveja...'(As velas ardem até ao fim).

Ah, os egos!
Os egos fazem tanto mal à vida dos outros e ao mundo!
O André Ventura é um senhor Ego !
Tenho a esperança que o cidadão comum, mais cedo que tarde, veja o quanto ele é um populista vaidoso e sem escrúpulos para atingir o que quer (e ao que ele quer é apenas atingir o poder pessoal e absoluto ).


Juridicamente, qualquer queixa criminal é tao non sense que tem que levar a um arquivamento liminar de uma qualquer magistrado do ministério público - e se isso não acontecer, aí é caso para se ter medo, muito medo!




Mas creio que em tempos já ouvi do Sr Presidente um ditado popular que filosoficamente é um tratado : 'só é/se sente ofendido quem quer'.








Luís Lavoura disse...

João Cabral tem razão em ambos os comentários que fez.

Carlos Antunes disse...

«Basta Pum Basta! Uma geração que consente deixar-se representar pelo Dantas é uma geração que nunca o foi! É um coio d’indigentes, d’indignos e de cegos!» Manifesto Anti-Dantas
Na minha suprema irrelevância, atrevo-me a plagiar Almada Negreiros, para tentar compreender algo sobre o actual momento da política nacional e dos mais altos dignatários da República.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...