sábado, maio 25, 2024

Qual é a pressa?

Meses depois do parágrafo ("qual é a pressa?"), António Costa foi ouvido. Confirmando as expetativas, saiu do DIAP ("ainda", acrescenta, hábil, uma folha digital) sem qualquer medida de coação. "Mas isso agora não interessa nada" (como diz alguém). O importante está feito, não é?

5 comentários:

Unknown disse...

Não foi só o Ministério Público que "libertou" o país de António Costa. Este também aproveitou para se "libertar" do atolado governo do país e ir para a Europa. Vejamos se vai ser feliz.

Carlos Antunes disse...

António Costa, foi ontem finalmente (após 6 meses) ouvido como declarante pelo Ministério Público sem ter sido constituído arguido.
Todos os advogados auscultados sobre o assunto (Rogério Alves, Melo Alves, Marinho Falcão, etc.), são unânimes de que não tendo AC sido constituído arguido é porque não existem suspeitas da prática de qualquer crime, pelo que o processo de inquérito deve, ser contra AC, arquivado.
O golpe de Estado contra o Governo Constitucional do 1.º Ministro AC, urdido entre o inquilino do Palácio de Belém e a PGR, torna-os agora, ainda mais responsáveis pelas graves consequências para a democracia com a ascensão da extrema-direita.
A democracia exige explicações pela leviandade do seu comportamento, o inquilino de Belém, com a suprema hipocrisia que lhe é habitual, e depois de ter borrado a pintura, tenta emendar a sua intervenção, falando todos os dias sobre a candidatura de AC a presidente do Conselho Europeu.
À PGR, o mínimo que se lhe exige, é a publicação (nem que seja de um único parágrafo) dando notícia de que não impende sobre António Costa a mínima suspeita da prática de qualquer crime.
Um País, que acaba de comemorar os 50 anos sobre o fim da ditadura, não pode, com o silêncio de PR/PGR/MP, assistir sem a assumpção das respectivas responsabilidades, a tão grave atentado às instituições democráticas.
Como bem acentuou Miguel Sousa Tavares (Expresso, Novembro 2023) “Temos o direito de exigir que quem tem o poder imenso de derrubar um Governo por via extraparlamentar explique devidamente por que ponderosas razões o faz”.

Tony disse...

Caríssimo Carlos Antunes.
Mais um belíssimo post. Não só, cujo conteúdo, subscrevo por inteiro, como é rigorosamente o que sempre pensei "urdido por um duo". Com as consequências assaz graves, criadas. Entre outras, com o exponencial aumento da extrema direita, como refere, que passou de 12 para 50. Boa e visionária borrada.

Carlos Antunes disse...

Meu caro Tony
Dou a minha opinião, não para que concordem comigo.
Mas em geral estamos em consonância, concordamos genericamente com as opiniões um do outro.
Neste caso, sempre me fez espécie a actuação do PR-Marcelo. Vamos aos factos:
1. António Costa depois de ter conhecimento das buscas na sua residência (São Bento) dirigiu-se por volta das 9h00 ao Palácio de Belém onde esteve reunido com Marcelo, não tendo havido nenhum relato sobre o que conversaram, mas nesta ocasião e daquilo que se apercebe, AC não terá colocado, perante os factos em causa, a sua continuação como 1.º Ministro
2. Por volta das 11h00, a PGR convocada por Belém esteve reunida com o PR por mais de 1 hora, na sequência da qual emitiu o comunicado (último parágrafo) com à menção de que António Costa estava a ser investigado em processo autónomo aberto junto do STJ.
3. Após a publicação do comunicado da PGR, António Costa por volta das 13h00 voltou a Belém para apresentar a sua demissão.
Quanto falo em parágrafo urdido em PR/PGR, é porque não acredito que tendo estado ambos reunidos em Belém por mais de 1 hora, e mesmo admitindo que Marcelo não tenha sido co-autor ou colaborado na elaboração dito parágrafo (de que tenho as mais fundadas dúvidas?), ainda assim não desconhecia o seu teor, e conhecendo muito bem António Costa, sabia que este apresentaria a sua demissão, que aliás aceitou sem pestanejar!
Como de imediato, e mesmo contra a opinião do Conselho de Estado, decidiu convocar eleições antecipadas, pondo fim à governação de maioria absoluta do PS.
Enfim, quem quiser que acredite no actual inquilino de Belém!
Felizmente, muitos dos que lhe foram próximos (Balsemão, Portas, Feytor Pinto, etc.) já lhe traçaram aquilo que penso sobre o seu carácter.
Cordiais saudações

João Cabral disse...

Foi um conluio entre PR e MP, dizem alguns...

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...