segunda-feira, maio 27, 2024

"Ainda não chegámos à Madeira!"

Um dia, o Partido Socialista vai ter de refletir seriamente sobre as razões pela quais, há quase 50 anos, tem sempre um resultado no máximo sofrível na vida política da Madeira. O PS também já devia ter aprendido que insistir num erro não é o caminho para o sucesso. 

6 comentários:

João Cabral disse...

Pedro Nuno Santos continua sem ganhar uma eleição. Reflexões? Zero.

Anónimo disse...

Senhor embaixador, a Madeira tem um microclima especial. Se o PS candidatasse uma simbiose do Mandela e do Churchill, e o PSD candidatasse o chico dos plásticos, ganhava o PSD. Aliás, nem é por ser a Madeira. isto é por projeção do que acontece na minha terrinha, no continente, como em tantas outras.

Carlos Antunes disse...

Senhor Embaixador
Com todo o respeito, discordo.
O problema da Madeira não está numa reflexão que diga respeito unicamente ao PS, mas sim a uma ponderação mais generalizada das consequências do regime vigente na Madeira em consequência da clientela política/económica/social criada por Alberto João Jardim.
Com governos ininterruptos na Madeira desde há 50 anos, o PSD conseguiu institucionalizar na Madeira um regime mais parecido com o dos regimes das ex-colónias de Angola e Moçambique, onde também através de eleições pretensamente democráticas, o MPLA e a Frelimo, se perpetuam no poder.
O saudoso Vicente Jorge Silva, que conhecia como ninguém a sociedade madeirense, num notável artigo publicado no jornal “SOL” (26/09/2011) intitulado “Quem tem medo de Alberto João Jardim?” caracterizou bem o poder criado na Madeira pelo “pequeno déspota insular” (como lhe chamou) “o de um regime muito duvidosamente democrático e a rede concentrada de poderes (político, económico, judicial, mediático e até religioso), perante o qual quando sair de cena, os herdeiros de Jardim, a frágil oposição madeirense ou até os poderes do Estado central, não poderão, nestas circunstâncias, fazer algo de diferente”!
Enfim, uma visão premonitória (já lá vão 13 anos) das razões por que o PSD continua a ganhar eleições na Madeira!

Carlos disse...

Bom a asfixia democrática - creio que foi Guterres que usou esta expressão para designar a democracia periclitante.vigente durante o longo consulado de Alberto João Jardim - instaurada pelo PSD na Região Autónoma da Madeira não explica a inépcia do PS que tem patenteado uma notável incapacidade para se apresentar aos eleitores como uma alternativa credível. São as guerras intestinais, a incapacidade de capitalizar eleitoralmente as fugazes vitórias nas eleições autárquicas

Mas diga-se em abono da verdade que a dupla Pedro Nuno Santos + Alexandra Leitão não têm feito muito para dar credibilidade ao PS como uma futura alternativa de governo. Participam activamente no leilão pós eleitoral com um afã surpreendente como se o excedente orçamental fosse inesgotável. E entretanto Marcelo vai criando as condições para termos Montenegro até 2028 ou lá próximo.

Unknown disse...

Eu acho que a falta de alternativa ao PSD tem a ver, mais, com a inexistência de uma figura credível que polarize essa alternativa do que com alguma manipulação das consciências que resulta sempre de um poder instalado há décadas.

Tony disse...

Na Madeira está tudo minado. O Governo Regional, tem, desde sempre, todas as estruturas, desde as Repartições oficiais, ao turismo, etc., captadas, pela dependência do GR e o povinho, interiorizou o receio de mudança e das eventuais perdas dos privilégios "conquistados". Fui, durante anos, fazer praia em Porto Santo, ainda nos tempos do Dr. Alberto João e em conversa com as pessoas, da Madeira e do Porto Santo, sentia isso, muito bem.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...