quarta-feira, maio 29, 2024

Zelensky e a vontade portuguesa

Zelensky esteve seis horas em Portugal. Foi recebido com inédita atenção institucional e, de tudo quanto ouviu dos seus interlocutores, pôde levar uma certeza: Portugal é, no seio dos Estados europeus, um dos que se afirmam politicamente mais empenhados no apoio ao seu país. Nesse aspeto, Montenegro e Marcelo estiveram impecáveis, na forma e na substância. Para esta última, teria feito falta um pacote financeiro mais forte. Mas a vida é o que é e cada um dá o que pode - e Portugal avançou com um envelope simpático, à sua medida. Em síntese: face ao compromisso político assumido desde o início desta guerra, Portugal foi coerente, com a mudança de governo a não afetar minimamente a posição do país. Pode dizer-se que, por parte deste governo, Zelensky tem vindo a poder contar com uma atitude talvez mesmo um pouco mais aberta no tocante ao apoio à adesão à União Europeia e à NATO. António Costa tinha sempre usado uma linguagem mais cautelosa. Luís Montenegro deixou cair as cautelas. Verdade seja que pouco passará por nós, se e quando essas decisões vierem a ser tomadas. Mas Zelensky ficou a saber que, em qualquer circunstância, Lisboa não fará parte do problema, no que depender de quem atualmente fala pelo nosso país. Valeu a pena a Zelensky ter vindo a Lisboa? Valeu, num tempo em que todos os apoios não são demais para a cada vez mais difícil aposta nacional que titula. Valeu a pena toda a coreografia de apoio político que governo e presidente desenvolveram, embora com um eco mediático que chegou a roçar algum ridículo pelo exagero? Politicamente, Portugal aproveitou para sublinhar bem a sua inequívoca postura - repito, coerente com a opção política tomada, e sem falhas, desde o primeiro momento. Além disso, na perspetiva dos interesses dos nossos atores institucionais, sim, com certeza, porque é sempre interessante para líderes políticos colarem-se a causas que sabem ser populares - e o apoio à Ucrânia, manifestamente, é, nos dias de hoje, uma causa popular e uma indiscutível tendência maioritária em Portugal. Ficaram todos muito bem na fotografia. 

21 comentários:

Anónimo disse...

Quer dizer, depois de ter sido recebido em Espanha como foi, não podìamos ficar atrás.

Mas não foi só no dinheiro que demos menos que os vizinhos. É só comparar as imagens. O Rei de Espanha, altíssimo, muito composto e direito a esperar o presidente ucraniano no aeroporto, com ar de grande sobriedade e dignidade, depois a apresentá-lo aos ministros, muito ordenadamente, a imagem posterior do Rei no Palácio do Oriente, no que parecia ser a sala do trono, com a Rainha.

Por cá? Um bando de ...de...fato escuro na cavaqueira.

Os nossos presidentes da República conseguem ser os maiores defensores da monarquia. Doutores trapalhadas (termo da Rainha Carlota Joaquina) por cá não faltam.

Unknown disse...

Ainda bem que este governo se distanciou do apoio reticente de António Costa à entrada da Ucrânia à União Europeia. Os princípios devem falar mais alto do que os nossos interesses egoístas.

Luís Lavoura disse...

Valeu a pena a Zelensky ter vindo a Lisboa? Valeu, num tempo em que todos os apoios não são demais

Zelensky e o povo ucraniano é que sabem com que linhas é que se cosem, mas a mim parece-me que, tendo em conta que o verdadeiro problema atual da Ucrânia é um problema militar, para o qual Portugal pouco ou nada pode ajudar, não valeu a pena o tempo gasto e despesa feita por Zelensky.
Zelensky levou de cá muitos apertos de mão e muito apoio político, mas isso de pouco lhe serve, a ele e ao povo ucraniano, neste momento.

Anónimo disse...

" pôde levar uma certeza: Portugal é, no seio dos Estados europeus, um dos que se afirmam politicamente mais empenhados no apoio ao seu país."
Com esta é que os russos estão tramados e correndo o risco de serem reduzidos a cinzas!!

"Pode dizer-se que, por parte deste governo, Zelensky tem vindo a poder contar com uma atitude talvez mesmo um pouco mais aberta no tocante ao apoio à adesão à União Europeia e à NATO"
Na realidade Zelensky agora pode contar com mais milhares e milhares de mortos ucranianos e russos, com muita destruição, com muitos pais a verem os jovens filhos mortos, para no fim negociar em muito piores condições do que no início. O fim parece vir a ser ou a capitulação ou a guerra mundial nuclear.
Isto faz-me sempre lembrar a guerra do Paraguay (e a tragédia provocada pelo "patriotismo". e teimosia e Salazar).
Zeca

Erk disse...

As caixas de comentário deste blogue cheiram a um bafio intenso vindo aí de 1922.

É sintomático que a malta que vem para aqui discursar sobre o grande satã do ocidente, nele vive, confortávelmente e em segurança graças à NATO e CE. Nunca viveram no comunismo. E já nem o país onde o inventaram vive nele. Vive sob uma ditadura que em nada fica a dever à do Salazar. Então temos pseudo-comunas a tomar o lado de um ditador assassino, sendo comunas? (desses de trazer por casa)

(E chamando às outras antes que lhes chamem a eles)

Porque se tivessem vivido em comunismo, tinham a mesma reacção de todas as pessoas dos países que infelizmente foram vítimas do imperialismo russo por onde eu passei: comunismo e rússia, nunca mais!

Luís Lavoura disse...

Unknown

Os princípios devem falar mais alto

Mas quais princípios? Há algum princípio que diga que a Ucrânia tem o direito de, ou deve, entrar na União Europeia?

Com pode a Ucrânia ter mais direito de entrar do que a Turquia, a Sérvia, ou a Albânia?

manuel campos disse...


António Costa tinha toda a razão.
Mas António Costa queria ir, quer ir e eu espero que vá para Bruxelas, onde prefiro ver alguém que conheço a burocratas que usam nos seus discursos frases de livros de auto-ajuda (quando não mesmo citações disfarçadas de Paulo Coelho).
Mas é disso que muita gente gosta ainda que espremido não dê sumo que se veja nem resolva problema nenhum.

Ora se ele for para Bruxelas é sobre ele que vai cair o ónus de explicar que a Ucrânia não tinha e agora ainda menos tem condições para entrar na UE tão depressa, o que não quer dizer que não possa acontecer.
E se acontecer pelo “sentimento e impulso” e não pelo “raciocínio e cuidado”, o resultado é previsível, assim que passar a emoção cai em cima da UE a realidade (como nas grandes paixões).
Portanto já se fala em entrarem os que estão na fila quase que "em bloco" para não se discutirem muito casos particulares o que, para quem vai um pouco mais longe em literacia económico-financeira é prenúncio do caos e nunca do fortalecimento do conjunto, como partes nos querem convencer.

E seria também sobre ele que cairia o ónus de apoiar uma entrada na UE que, neste momento, iria alterar totalmente a vida (para pior) de muitos países, a começar os que têm como perspectiva, por exemplo, a "morte" das suas agriculturas fortemente protegidas desde sempre por uma PAC feita à medida para eles.
O caso de Portugal é de outro tipo, resta-nos receber menos de um "bolo" que está a aumentar de modo que direi pífio e assim vai continuar, não há reversão possível, o que se segue sabemos o que é num país que vai vivendo dos brilharetes do turismo, a primeira actividade a desaparecer se tudo se complicar um pouco mais.
Ora como é o turismo que nos vai aguentando, nunca serão demais as velas que se acendam aos santos da devoção de cada um para que esta gente que passa todo o dia debaixo da minha janela a fotografar tudo e um par de botas, não desista de andar a correr de um lado para o outro sem ver nada, assustada que fique um dia com o escalar repentino de guerras que, hoje em dia, não levam muito tempo a evoluir mas apenas o tempo de carregar em duas ou três teclas “ENTER”.

Quanto ao apoio maioritário existe mas não é esmagador, nestas coisas poucas pessoas se atrevem a ser voz contra a corrente como se vê por todo o tipo de sondagens, das “ecológicas” vindas de quem não recicla nada de nada ao carro eléctrico que 80% vão comprar já a seguir quando já se vêem aflitos para aguentar o que têm.

Como hoje é o único dia da semana que tenho "folga" de consultas (6ª feira há mais) vou almoçar à Baixa e reabastecer à FNAC, depois volto de autocarro e logo direi o que se diz nos transportes públicos que convinha frequentar antes de se falar demais.

PS- Deixei-me de “espadeiradas” por aqui, a vida tem estado virada para outras "espadeiradas" menos virtuais e bem reais.
Mas convinha que o “Unknown”, um comentador histórico deste blogue que já por aqui anda “desde sempre” (fui confirmar), tivesse em atenção que a frase que escreveu é um “boomerang”.

“Os princípios devem falar mais alto do que os nossos interesses egoístas.”

E eu digo-lhe que:

“Os nossos interesses egoístas devem falar mais baixo que os princípios” quando estão em causa cada vez mais vidas humanas desaparecidas ou destroçadas, sem fim à vista, ontem já era tarde para encontrar consensos e soluções possíveis.

Mas como não é a sua vida que vai dar para salvar os seus princípios de que fala, respeito a sua opinião como sempre, ainda que eu não perceba bem como é que fazer tudo o que está ao nosso alcance para acabar com carnificinas e órfãos seja um “interesse egoísta”.

Mas sou eu que estou a ver mal, nem pode ser de outro modo.


Francisco disse...

A visita do senhor Zelensky a Portugal, foi um dos temas do debate televisivo de ontem, entre candidatos (cabeças de lista) ao Parlamento Europeu. No decurso do programa, veio-me à memória um conhecido rito ou ritual iniciático, com raízes em certas regiões do norte de Portugal. Na Festa dos Rapazes, em Mirandela, mandava a tradição (que ainda persistirá, ao menos como exibição etnográfica), que em dia de Reis, na aldeia de Vale de Salgueiro, daquele mesmo concelho, precisamente por ocasião da Festa dos Rapazes em Honra de Santo Estêvão, houvesse permissão dos pais para as crianças fumarem e andarem pelas ruas com maços de tabaco durante os dois dias da festa. Enquanto ouvia um dos senhores candidatos a discorrer sobre o dia de festa que foi a visita do Sr. Zelensky, gerou-se em mim uma momentânea e fugaz expectativa: queres ver que este tipo, hoje até tem ordem para acender um cigarrinho, aqui em pleno estúdio?

Anónimo disse...

Fernando Neves
Zelensky lá nos deu uma esmola de 5 inúteis horas e nós agradecemos para mercar bem a nossa inferioridade em relação à demorada visita a Espanha
Defender a Ucrânia sim. Mete-la na UE é liquidar está e nós seremos dos maiores prejudicados. Metê-la na NATO é uma das maiores estupidezes da História, com um enorme risco de desencadear uma guerra nuclear.

Anónimo disse...

"Defender a Ucrânia sim."
"Metê-la na NATO é uma das maiores estupidezes da História, com um enorme risco de desencadear uma guerra nuclear."

Parecem-me duas afirmações contraditórias. Sem a intervenção da NATO (e, provavelmente, sem guerra nuclear) a defesa da Ucrânia equivale a esperar que o ultimo ucraniano morra.
E parece-me que os grandes defensores da defesa da Ucrânia não estão dispostos a ir para lá nem a aconselhar os filhos e netos a irem. Que morram os ucranianos e os soldados russos.
Em muitos países, o simples regresso ao serviço militar obrigatório seria um grande problema.
Zeca

Carlos Antunes disse...

Depois da patranha da descida histórica do IRS em 2024 de 1.400 milhões €, que depois se verificou incluir a diminuição já aprovada pelo governo de AC de 1.100 milhões €, a que o actual governo somou uma redução da receita adicional de apenas 348 milhões €, o governo de Montenegro junta uma nova falsidade no caso da ajuda à Ucrânia:
“O horizonte temporal está definido: no mínimo, 10 anos. O valor total, também: “pelo menos” 126 milhões de euros, como anunciaram o Governo e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, após a assinatura do acordo bilateral de apoio à Ucrânia. Mas o valor levantou dúvidas, até porque o texto do acordo não foi claro: “Em 2024, Portugal compromete-se a fornecer à Ucrânia apoio militar num valor de pelo menos 126 milhões de euros, incluindo contribuições financeiras e em espécie. Portugal já se comprometeu com 100 milhões de euros para a iniciativa checa para a aquisição de munições em apoio à Ucrânia.”
Persistindo a dúvida, foram contactados vários elementos do Governo (quer do Gabinete do PM, quer dos ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros). A dúvida ficou desfeita ao início da noite, após insistência. Fonte do Gabinete do primeiro-ministro discriminou então: 100 milhões são da “iniciativa checa de munições” (aprovados pelo anterior Governo, com “o aval” de Luís Montenegro, após as eleições, que já foram pagos em março) e os restantes 26 são “em apoio bilateral e através da nossa contribuição para o Mecanismo Europeu de Apoio à Paz”. (Diário Notícias, 28/05/2024)
Podem figurar bem na fotografia, mas parafraseando Pacheco Pereira (Publico, 20/12/2014) "Só vejo aldrabões à nossa volta”!

manuel campos disse...


É impressão minha ou aqueles de nós que nunca foram comunistas nem pensaram viver num país comunista são "enviados para lá" por quem pelos vistos lá viveu de livre vontade?

manuel campos disse...


É decerto impressão minha, fui reler.

As minhas desculpas, é efeito da idade, nasci na última década do século XIX.

O que não é efeito da idade é que a 3ª edição do "Antes que me esqueça" continua exposto nos expositores da FNAC do Chiado.

Anónimo disse...

Ainda bem que gostou da fotografia. Ficaram os três muito bem. No Twitter até houve concurso para a melhor legenda. Desde "Os três estarolas chegam do circo num F16" até "Dois imbecis vestido de azul e branco disputam o braço de um palhaço vestido de verde", passando por "Marcelo: as gémeas é que são as culpadas. Montenegro: não ligues, é o IRS jovem. Zelenski: largam-me da mão cabrões", terminando com "Tens aí da branquinha homem?, orienta-me que o Luís está a precisar", houve de tudo. Enfim, ficaram sem dúvida muito, muito bem na fotografia.

J Alves disse...

Mas Zelensky aindaé presidente da Ucrânia

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Manuel Campos,

Viva a lucidez de espírito e da razão!
No meio de tanta parvoeira em torno da matéria é bom poder ler uma prosa dessa categoria.

Joaquim de Freitas disse...

Salazar e Franco também pagaram “royalties” a Hitler. Porque Portugal não continuaria a financiar neo nazis polacos? Zelensky, que proibiu os partidos de esquerda na Ucrânia, e os media da oposição, não fez mais que seguir o exemplo dos dois ditadores ibéricos…

Para não falar dos 40 sindicalistas queimados vivos em Odessa !

manuel campos disse...


Caro Francisco de Sousa Rodrigues

Muito obrigado pelas suas palavras.
A palavra certa trouxe-a aqui o meu amigo: parvoeira.

Não consigo perceber como é que continua tanta gente a querer convencer-nos que só a derrota total da Rússia interessa, sabendo que para isso acontecer o povo ucraniano tem que continuar a morrer, a sofrer horrores, a assistir à destruição total das suas famílias e dos seus países.

Repito aqui “sabendo que para isso acontecer”, deixei há muito de confiar em muitos dos meus semelhantes que fazem leituras apressadas senão mesmo só oportunistas do que os outros escrevem, leituras que lhes alimentam os preconceitos e os fazem partir para classificações primárias das ideias dos outros.
Este é o ponto mais importante para mim, não andar por cá fazendo grandes discursos para parecer bem (ou apenas para dormir melhor), quando não sou eu que vou perder uma única gota de sangue a defendê-los.

Tal como o mundo e a vida andam chegará o dia em que a Ucrânia “vença” ou a Rússia “vença”, não há aspas que cheguem para a palavra “vença” numa situação tão dramática como esta.
Mas não faltarão, de ambos os lados, pessoas muito felizes e eufóricas a gritar-nos “Ganhámos!”.

Como no futebol.
Vidas tristes.

Nota- Não é bem verdade que não eu consiga perceber como é que continua tanta gente a querer convencer-nos que só a derrota total de uma das partes interessa e portanto continue a promover a guerra e a levantar-se para ir aos lavabos quando alguém timidamente fala em promover também (já agora, não é?) caminhos para a paz.
Mas quando a História destes tempos puder ser feita com rigor já não interessará a ninguém senão aos historiadores, tudo o que tenha mais de 10 anos (ou talvez até só 5) passou e não se fala mais nisso, é o que está a dar quando convém deixar de pensar.
“Nem quero pensar nisso!” é o que mais ouço e o grave não é dizerem, o grave é praticarem.



Joaquim de Freitas disse...

Tantos comentadores a defender Zelensky...E o povo português na mesma veia desde 2022 ( não sabiam que a guerra começou em 2014, com o assassinato de 15 000 russófonos do Donbass...Os deputados e o governo português não querem saber da repulsa da Knesset, quando Zelensky queria visitar Israel... Viagem anulada oportunamente. Porque este Zelensky não está em sã consciência.

Foi tratado de "Doppelganger" [duplo amaldiçoado de uma pessoa] e vagabundo.

Ele esqueceu os pogroms de Lvov e Babi Yar. Dos 1.400 algozes em Babi Yar, 1.200 eram ucranianos. Queimaram todas as aldeias da Bielorrússia. Polacos e ucranianos montavam guarda em todos os campos de concentração na Polónia.

"medinayehudit": "Filho do ladrão Babilónia. Bem-aventurado aquele que paga a recompensa pela sua recompensa. Isso é o que gritaram os judeus assassinados na Ucrânia, as mulheres estupradas e os bebés massacrados de Beit Raban. Só porque eram judeus, então :fora Zelensky.

Todo o discurso de Zelensky foi pontuado ( por video na Knesset) por constantes referências à ascensão do nazismo, em comparação com a intervenção russa no seu país.

Esta comparação de dois factos sem denominador comum foi tanto mais desajeitada porque ainda há sobreviventes, mesmo filhos de sobreviventes, que sabem que os rostos da libertação dos campos foram, com todo o respeito, os rostos do Exército Vermelho. Os do Kapo de memória mais sinistra, eram dos ucranianos. Ainda hoje, a própria palavra “Ucrânia” dói em Israel.

"É uma pena que os membros do Knesset não tenham saído do Zoom. Chega de negação da Shoah. Talvez uma ideia seja que poderíamos apoiar o povo ucraniano enviando ajuda humanitária para a fronteira (o que os ucranianos em geral fizeram não o fizeram durante o Holocausto, uma vez que cooperaram com os nazis).

Numa entrevista ao jornal Yediot Ahronot, Simcha Rothman, deputado do Partido Religioso Sionista (Ha Tzionut HaDatit), descreve o discurso como "estar à beira da negação do Holocausto (..) Se o discurso tivesse ocorrido [fisicamente] na Knesset, eu teria me levantado e ido embora.”

Foi este indivíduo, Zelensky, que o PM português como o PR Macron, abraçaram... Vergonha absoluta. Mas quem passa estas informaçoes aos portugueses?

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Ora essa Manuel Campos,

Espelha precisamente o que eu penso.

Realmente, a crença na tal "derrota"/"vitória" para a situação em apreço é mais ou menos como António Variações classificava a sua música, "algo que se situa entre Braga e Nova Iorque", temos os que pelo conforto de não pensarem seguem o que acham que a maioria pensa, temos os que vivem em modo Guerra Fria e temos, se calhar comum a todos, a expressão de complexos pessoais de "superioridade"/"inferioridade", que se manifestam na competição permanente que tratam uma guerra e as suas nefastas consequências como se fosse um daqueles bate-bocas intermináveis em que querem ter a "última palavras".

Como bem disse, é o pobre povo que continua tramado, com "f", e não é só pelo invasor.

manuel campos disse...


Francisco de Sousa Rodrigues

"E não é só pelo invasor".

Uma lição que a História nos vem trazendo página sim, página não.

A determinadas pessoas não as vejo envelhecidas ao 827º dia de guerra.

E nas reuniões da NATO as fotografias de família apresentam-nos um considerável número de participantes bem sorridentes.
Tendo em conta o que se vem discutindo lá, sorriem de quê?

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...