domingo, maio 05, 2024

Geórgia à espreita, Ucrânia à espera


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7 comentários:

balio disse...

Na Geórgia estão a protestar, em protestos financiados pelos EUA, porque não querem ter uma lei contra a interferência estrangeira totalmente similar à que os EUA têm.
Estou farto destes protestos financiados pela CIA.

João Cabral disse...

Força ao povo georgiano.

J Carvalho disse...

A metodologia é sempre a mesma, desestabilizar, desestabilizar.

Aquela lei deveria vigorar em todos os países para se saber quem são esses "beneméritos".

Anónimo disse...

Essa ideia de que o "novo material" aguardado pela Ucrânia vai mudar algo na frente de combate merecia outro desenvolvimento. Porquê ? É "material" milagreiro que opera sem operador ? Gostava de saber mais...

MR

Joaquim de Freitas disse...

Balio diz justo ! Após a adopção pelo parlamento da Geórgia (país caucasiano), em 1 de Maio, da lei sobre “agentes estrangeiros”, toda uma avalanche de críticas, advertências e ameaças directas e veladas desabou sobre o governo georgiano por parte dos “defensores da liberdade, da democracia, liberdade de expressão e direitos humanos" composta por todos os países do campo ocidental, com os Estados Unidos da América na liderança.

A indignação do mundo ocidental O “mundo livre” indignou-se unanimemente face ao obscurantismo e à opressão da liberdade que se instaura neste país caucasiano que, tal como a Federação Russa, vem estabelecer o controlo jurídico de pessoas singulares e colectivas financiadas/influenciadas por estrangeiros. fontes no contexto da sua actividade política ou de divulgação de informação.

O Departamento de Estado dos EUA, , ameaçou a Geórgia ao enfatizar a qualidade antidemocrática da lei recentemente adoptada: "As declarações e acções do governo georgiano são incompatíveis com os valores democráticos que sustentam a UE e adesão à NATO e, assim, minar o caminho da Geórgia para a integração euro-atlântica.”

O grande martelo para matar uma mosca !

Os “defensores da liberdade” aparentemente esquecem-se de mencionar um detalhe: a lei russa e a lei georgiana sobre “agentes estrangeiros” nada mais são do que a adopção da mesma lei já existente nos ESTADOS UNIDOS. E não só já existente, mas existente desde 1938 (Lei de Registo de Agentes Estrangeiros – FARA – lei de registo de agentes estrangeiros), hoje em vigor na sua versão de 1995.

Com o forte protesto contra a adopção soberana pela Geórgia da lei sobre “agentes estrangeiros”, mais uma vez, os Estados Unidos da América à frente do exército dos seus satélites apenas reivindicaram os seus direitos. Direitos aplicados segundo a boa e velha expressão romana: “Quod licet Iovi, non licet bovi” – o que é permitido a Júpiter não é permitido às vacas.

Luís Lavoura disse...

Anónimo

a ideia de que o "novo material" aguardado pela Ucrânia vai mudar algo na frente de combate

Uma ideia completamente parva, dado que o "novo material" é qualitativamente idêntico ao material que já antes foi entregue à Ucrânia, e com o qual os russos já aprenderam a lidar.

Para mudar algo na frente de combate seria preciso, no mínimo, que os EUA fornecessem à Ucrânia aviões modernos (não os F-16, que são aviões já com 50 anos de idade), os quais teriam necessariamente que ser pilotados por pilotos americanos (pois é impossível ensinar ucranianos a pilotar aviões modernos em tempo útil).

Seriam precisas, ademais, tropas ocidentais no terreno (e a lutar frente a frente com as russas), dado que as tropas ucranianas são poucas e estão esgotadas.

Em suma, seria preciso que o Ocidente entrasse claramente, com boots on the ground, na guerra.

Anónimo disse...

Quando há uns anos fui em serviço à Geórgia, pude aperceber-me, naquela ocasião (não sei se posteriormente as coisas estavam mais disfarçadas), da fortíssima presença norte-americana naquele país e nunca me irei esquecer da atitude subserviente do então MNE Georgiano perante o Embaixador dos EUA e a trupe que o rodeava, entre civis (CIA seguramente entre eles) e militares.
O governo à época era muito corrupto (não sei se ainda assim continuará). Achei a população, nessa altura, muito simpática (e assim deverá continuar) e o país tem paisagens de montanha belíssimas.
Mas, lá está, já nesse tempo Washington procurava utilizar a Geórgia como veículo de provocação para com a Rússia e destabilizar aquela região em seu proveito. Os americanos, à época mandavam, “de facto”, na Geórgia, o que julgo que assim continua a ser, naquela sua, de sempre, atitude imperialista abjecta.
Os EUA são, indiscutivelmente, o país mais perigoso (e belicoso) do Mundo, com uma Democracia falhada (basta ver a sua “liberdade” de imprensa, os direitos laborais, a inexistência de um SNS que apoie os economicamente mais desfavorecidos, o seu inqualificável sistema judicial, o seu inconcebível sistema eleitoral, etc, a lista é longa), que, todavia, é respeitada e admirada por uns tantos servos da gleba, ou seja, europeus, australianos, canadianos, e tutti quanti.
Com uma UE subserviente, as patifarias que os EUA praticam e praticaram na Ucrânia, na Moldava, Geórgia e por esse Mundo fora, ficam sem registo crítico. Sinto cada vez mais vergonha de pertencer a este espaço de sabujisse política e moral Ocidental.
a) P. Rufino

Queijos

Parabéns ao nosso excelente queijo!  Confesso que estou muito curioso sobre o que dirá a imprensa francesa nos próximos dias.