segunda-feira, abril 23, 2018

Irão

Durante anos, o Irão tentou convencer o mundo que o seu programa nuclear era apenas para fins pacíficos. E só aceitou negociar depois de fortes sanções. Teerão diz agora que, se os EUA se afastarem do acordo, poderá retomar o programa. Se assim proceder, dará plena razão a quem nunca acreditou na sua boa fé.

3 comentários:

Luís Lavoura disse...

O programa nuclear do Irão era um programa de centrifugadoras para enriquecer urânio. É claro que o Irão o poderá retomar. O problema era, é, e será sempre o de saber se esse enriquecimento é suficientemente intenso para criar urânio capaz para armas nucleares.

Ou seja, não se trata de o Irão retomar ou não retomar o enriquecimento de urânio, mas sim de saber o quão longe esse enriquecimento é levado.

Francisco Tavares disse...

E mesmo admitindo que esse enriquecimento se torne suficientemente intenso, parece-me um pouco irónico falar-se de "boa-fé" quando se tem os EUA a ameaçarem romper o acordo e a acabarem de lançar uns "new, elegants, and smart" mísseis ali mesmo ao lado na Síria, e sem esperar qualquer investigação no terreno quanto aos supostos ataques químicos do exército do governo Assad. E o Irão tem a pouco mais de 1.000 km de distância Israel (que nunca assinou o tratado de não proliferação de armas nucleares e calcula-se que poderá deter até 400 ogivas nucleares) e não esqueçamos que faz fronteira com o Paquistão, detentor de armas nucleares (ainda que viradas para a Índia, em princípio...). Será uma questão de boa-fé, ou de sobrevivência? Ou devem os iranianos cruzar os braços e acenar com a cabeça às diatribes do sr Trump e seus conselheiros (como o novo conselheiro para a segurança, o extremista John Bolton que aquando da sua estadia nas Nações Unidas tentou convencer o então ministro de Defesa de Israel, Shaul Mofaz para que Israel atacasse o Irão vd. declarações de Mofaz ao Jerusalem Post em 25 março 2018).

dor em baixa disse...

Cercados por armas nucleares por todos os quadrantes, inclusive as que estão posicionadas em navios americanos no Golfo Pérsico, como poderá o Irão encarar a sua sobrevivência sem elas?

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