domingo, março 25, 2018

Portugal e colónias



Estou a ler um livro magnífico, uma obra que, em poucos dias, me ajudou a “juntar” algumas peças políticas que mantinha soltas, há vários anos. É um volume extenso, de mais de 800 páginas, mas é um “fresco” indispensável, e muito bem escrito, para entender um dos períodos mais importantes da história política portuguesa no século XX.

Recomendo vivamente, mesmo com entusiasmo, “Contra o Vento - Portugal, o Império e a Maré Anticolonial (1945-1960)”, de Valentim Alexandre, um investigador que produziu já vasta e interessante obra sobre o sistema colonial português. Trata-se de uma edição do “Círculo de Leitores” e, estando longe de o ter terminado, dei por muito bem empregue o que paguei pelo livro.

7 comentários:

Joaquim de Freitas disse...

Gostaria de o adquirir. Nao sei se se encontra à venda em França. Pode fazer o favor de me indicar a editora, Senhor Embaixador? Muito obrigado.

Retornado disse...

A EUROPA E COLÓNIAS

A UE tem uma nova "Companhia de Aviação" da Líbia para vários países sarianos e subsarianos.

Essa "companhia" serve para transportar o número infindável de cidadãos desses vários países africanos, que vão chegando à Líbia diariamente há dezenas de anos.

Transporta-os e recebem um subsídio de inserção nos seus próprios países através de convénios com os governantes desses países.

A Europa vai pagar com língua de palmo por ter seguido um "sistema colonial" à revelia do sistema do Estado Novo.

Demora muitos anos para se escrever a verdadeira história colonial.

Vão ser muitas páginas a escrever.

Anónimo disse...

Não me diga que leu a minha sugestão deixada na caixa de comentários?:

http://duas-ou-tres.blogspot.pt/2018/02/portugal-exilado-no-brasil.html

«Recentemente, no final do ano passado, Valentim Alexandre publicou um essencial Portugal, o Império e a Maré Anticolonial (1945-1960).»

Anónimo disse...

Caro "Retornado", muitos anos e muitas páginas para escrever a história colonial? Ó, a quem o diz!... eu sou filho de ferroviário da Beira e vim de Moçambique com vinte anos. Sei muito, muito, até porque era da terceira geração de colonos. Começo eu ou começa o "retornado" a contar histórias da vida colonial, de como eram tratados aqueles que valentemente tentámos trazer para a civilização? De facto, ainda temos pouquita literatura, um ou outro livrito que vai para além dos belos albuns de fotografias para o mercado da saudade, a mostar como aquilo era lindo e viviamos todos em harmonia, pretos e brancos.

Anónimo disse...

Freitas,

https://www.google.pt/search?source=hp&ei=8KG3WpqUG8nQswHq3LawBg&q=valentim+alexandre+contra+o+vento&oq=valentim+ale&gs_l=psy-ab.1.1.0l3j0i22i30k1l5j0i22i10i30k1j0i22i30k1.1166.12526.0.15356.17.13.3.0.0.0.134.1302.3j9.12.0....0...1c.1.64.psy-ab..2.15.1340.0..35i39k1j0i131k1j33i160k1.0.ArAe7tW7KiI

[Com papinha feita, circulo de leitores/temas e debates]

Reaça disse...

Devido ao atraso histórico de Portugal e da incipiente colonização portuguesa em África, nos diversos territórios, não por exclusiva responsabilidade do Estado Novo, antes pelo contrário, não fossem os treze anos de "Guerra do Ultramar", o destino da Guiné, de Angola e Moçambique era igual ao de São João Batista de Ajudá, Goa, e como quase aconteceu a Timor.

Havia imensos motivos para isso tentarem os vizinhos anglófonos e francófonos.

Ninguém tinha a mínima consideração nem por Portugal inconstante, nem por aquelas colónias desde 1880 até 1961.

A atitude de Salazar em 1961, fez com que existam, para o bem ou para o mal os 5 PALOP.

Ficariam talvez 2, São Tomé e Caboverde.

Em memória dos que morreram, tanto da metrópole, como dos milhões de africanos que se puseram do lado de Lisboa, devem ser sempre realçados aqueles 13 anos de "Guerra do Ultramar"

Sabemos que há alguma insatisfação pelo ADN do seu país na Guiné, e em Moçambique, uns por alguma Francofilia descarada, outros pela sua Anglofilia.

A esses Portugal pode pedir desculpa, mas foi o que se pode arranjar.

Anónimo disse...

O título deste post fez-me lembrar a empresa com o mesmo nome que comeõu a desenvolver-se com as moagens. É uma entidade que ajudou muito o regime republicano e até tinha um jornal para catequisar as hostes.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...