A Guerra Fria, que durante décadas opôs os ocidentais, sob a liderança dos Estados Unidos, à União Soviética, atravessou, a certo passo, um período de alguma distensão, conduzindo à laboriosa negociação de um “modus vivendi” que tentou reduzir os riscos existenciais e estabelecer alguns canais de regular comunicação.
quarta-feira, dezembro 14, 2022
Quando a Guerra Fria parecia ter acabado
A Guerra Fria, que durante décadas opôs os ocidentais, sob a liderança dos Estados Unidos, à União Soviética, atravessou, a certo passo, um período de alguma distensão, conduzindo à laboriosa negociação de um “modus vivendi” que tentou reduzir os riscos existenciais e estabelecer alguns canais de regular comunicação.
Caídos na rede
Português de lá
Na cidade de Niemeyer
… e, depois, há Messi!
terça-feira, dezembro 13, 2022
Agenda muito doméstica
segunda-feira, dezembro 12, 2022
12.12.12
Apreciei muito os convites, o terem-se lembrado de mim. E aceitei-os. Sentia-me particularmente à vontade para o fazer, porquanto essas entidades estavam a convidar alguém que, no plano político, era público e notório nada ter a ver, em termos de proximidade, com o governo que, no nosso país, chegara ao poder, pouco mais de um ano antes. Aliás, muito pouco, no trabalho que eu iria fazer, tinha a ver com as atividades dessas mesmas entidades em Portugal.
Tinha conhecido muitos colegas diplomatas - noruegueses, britânicos, espanhóis, franceses, brasileiros, etc. - que, após se terem terminado o seu serviço público, tinham ingressado, com naturalidade, no setor privado, para iniciarem uma nova carreira, que pudesse aproveitar a sua experiência de décadas. Em Portugal, contudo, salvo uma meia dúzia (se tanto!) de casos, de que tenho o privilégio de fazer parte, não havia nem há essa prática de reaproveitamento profissional dos diplomatas. É pena. Acho que o setor empresarial português perde bastante com isso, embora eu seja suspeito ao dizê-lo. Por essa ausência de oportunidades, brilhantes colegas meus, acabados de sair de postos e de experiências valiosíssimas, passaram, de um dia para o outro, de uma atividade intensa para o passeio quotidiano do seu cão. No meu caso, eu nem sequer tinha cão.
Nos dias de hoje, continuo ligado, em pleno, a duas das entidades que me contactaram, faz hoje uma década. Com a terceira, concluí, há meses, nove anos consecutivos de agradável colaboração. Quem me está a ler compreenderá agora melhor a razão pela qual a data de 12.12.12 me diz bastante.
E o resto?
O Qatar a ver-se grego
Conversas em família
Bolas
Gosto destes ritmos de balanço para a glória e, por isso, e para quem tiver idade para isso, trago aqui esta bela "peça" que, há meses, o Manuel Magalhães e Silva me recordou, bem de outros tempos, talvez do Nuno Brás: "Corre Hernâni, levanta a cabeça, procura a quem dar, amortece na coxa, arma o tiro, aponta, executa e ... golo".
O "falar" do futebol é uma arte de antologia. Conseguir dizer que um jogador "chutou com o pé que tinha mais à mão" ou que, como um dia disse o clássico Alves dos Santos, "lá vai o jovem Simões, agilidade na cabeça, inteligência nos pés" são tiradas que confortam a nossa alma de eternos adeptos da "modalidade".
Há "coisas" mais bonitas do que o futebol? Há e eu já fui apresentado a algumas. Mas a arte da bola é magnífica, desculpem lá!
domingo, dezembro 11, 2022
Um senhor do tempo
O Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas editou a obra de homenagem “Adriano Moreira - Para Além da Espuma do Tempo”.
À Alves Redol
Cá por casa, há uma secção de camisas chamada, desde há muito, “à Alves Redol”. Têm quadrados largos, cores diversas, algumas berrantes, a lembrar as camisas que o escritor vestia em fotografias, idênticas às dos pescadores e presumivelmente dos gaibéus, por mim compradas em momentos de completa insconsciência estética, deslize neo-realista ou, simplesmente, saldos a que não soube resistir. Nos dias de hoje, quase só as uso quando tenho a certeza de que não vou sair de casa, porque algumas são mesmo inapresentáveis.
Os verdadeiros artistas
A jogar
Quem gostarias que ganhasse o Mundial?
sábado, dezembro 10, 2022
Marrocos
Glória
Aprender
Brasil (2)
Brasil (1)
Santos da casa
Senhor dos Passos
Vizinhos
Guerras
sexta-feira, dezembro 09, 2022
É a bola!
O Brasil foi eliminado pela Croácia. O futebol é isto. Achei o Brasil melhor, criativo e com um jogo muito mais interessante, uma equipa que, este ano, parecia ter a “estrela” para ser campeã do mundo. A Croácia foi teimosa, resistente, com a genialidade de Modrić a puxar pelo conjunto. No início da segunda parte, os croatas pareciam já não poderem “com uma gata pelo rabo” mas, com um guarda-redes excecional, conseguiram segurar o jogo. Nos penaltis, tudo é sempre possível! Um grande abraço de pesar aos meus muitos amigos brasileiros, que imagino desolados, neste momento. É a vida! É a bola!
O escrete do Planalto
Bons nomes anunciados por Lula para o futuro governo. José Múcio na Defesa é um “safe pair of hands”, Mauro Vieira no Itamaraty é um nome sólido, embora um pouco factotum de Celso Amorim. Haddad é um político de mão cheia e pode surpreender na Fazenda.
Eutanásia
Spectator
No sapato…
Se trabalhassem…
Feito ao bife!
Pois!
quinta-feira, dezembro 08, 2022
O sal e a vida
Não estou a exagerar, garanto! Desde há décadas, de cada vez que, num restaurante, sou tentado a colocar um pouco mais de sal na comida, vem-me à ideia a figura, sorridente e de “papillon”, do professor Fernando Pádua, que, através da televisão, educou gerações de portugueses a serem parcos na utilização do cloreto de sódio, como forma de prevenir a hipertensão.
Eduardo
quarta-feira, dezembro 07, 2022
“A Arte da Guerra”
Falando de Cristiano Ronaldo
Cristiano Ronaldo é, a uma distância incomparável, o maior jogador português de todos os tempos. Com todo o respeito e imensa simpatia que me merece a figura do grande Eusébio, estamos a falar de “outro campeonato”.
Ventozelo
terça-feira, dezembro 06, 2022
Perejil
Pode ser isto
Notícias de Kiev
segunda-feira, dezembro 05, 2022
domingo, dezembro 04, 2022
Trump
Vergonha
Sobe e desce
Jill Jolliffe
sábado, dezembro 03, 2022
Taberna do Adro
O saldo populacional, contudo, aumenta um pouco às horas de almoço e jantar, por via dos utentes da “Taberna do Adro” (que fecha às quartas, desde já aviso). Pela mão hábil da Dona Maria José Sousa uma cara hoje muito popular para quem gosta de aprender culinária pela televisão, com o marido no “backstage” e o filho e o neto a oficiarem às poucas mesas, ali se apresenta uma cozinha alentejana tradicional, sem arrebiques nem efes-e-erres, a preços pré-guerra, num ambiente agradável e acolhedor. Miguel Esteves Cardoso fez-lhe adequada menção no “Fugas” e a nossa Academia Portuguesa de Gastronomia consagrou, há pouco, a genuina divulgação mediática da cozinha alentejana que a Senhora faz (40 programas, gravados em Madrid, já há uns tempos, contou-me).
Há alguns anos, tinham sido os alertas gastronómicos dos meus amigos Fortunato da Câmara e Fernando Melo que, respetivamente no “Expresso” e no “Diário de Notícias”, me tinham obrigado a anotar este endereço, onde a vida, contudo, ainda me não tinha trazido.
A experiência desta refeição trouxe-me agora à memória, gustativa e não só, outros tempos da primeira morada do Chana do Bernardino, na Aldeia da Serra, da época originária do Chico, em São Manços, ou dos alvores do Manuel Azinheirinha, no Escoural. Da lista, que não é longa, o que se saúda, ficaram por experimentar o pastelão de espargos, que a casa recomenda, a tomatada de galinha, o cachaço de porco preto e os pezinhos, e algumas sobremesas. E nem digo o que se comeu.
Onde fica Vila Fernando? Não fica longe de Elvas, não fica longe de Estremoz e não fica longe da A6. Como diz o “Michelin”, para aquilo que se recomenda, “vaut le détour”. Fá-lo-ei mais vezes. Deixo a capa da lista, debruada a pano. Fechada, para abrir o apetite de quem lê.
sexta-feira, dezembro 02, 2022
Azulejos
quinta-feira, dezembro 01, 2022
“A Arte da Guerra”
Depois de uma semana de pausa, regressou “A Arte da Guerra”, o podcast com o jornalista António Freitas de Sousa para o “Jornal Económico”. Nesta edição, falamos da China e das reações públicas à política de ”covid zero”, das polémicas em torno do Qatar e da possível incursão militar turca na Síria. Para ver clicando aqui.
Outros tempos
“Andas no Larau?”
quarta-feira, novembro 30, 2022
12
Ontem, fui jantar, pela primeira vez, ao “Tua Madre”, uma ousada aposta contemporânea, um “mix” difícil de definir, onde o Alentejo se cruza com influências italianas. Uma oferta surpreendente e criativa, que aconselho. Ambiente solto, propostas líquidas desconhecidas, muito boa onda.
Hoje, optei por ir almoçar a um clássico, à “Tasquinha do Oliveira”, uma casa onde regresso sempre que posso, há mais de 20 anos. Um exemplo de rigor, constância e sempre excelente qualidade. Por lá se exibe o diploma do prémio anual de cozinha tradicional portuguesa que a nossa Academia Portuguesa de Gastronomia, com grande justiça, lhe atribuiu.
A política externa
Jorge Martins
Se puderem, não percam a excelente exposição de Jorge Martins, na Fundação Eugénio de Almeida, em Évora.
terça-feira, novembro 29, 2022
“Colina”
Não me estou a referir às tascas, com toalhas de papel, travessas metálicas e uma barulheira imensa, que cumprem hoje esse papel, como alternativa popularucha, adequada ao poder da bolsa. Falo de restaurantes serenos, com guardanapos de pano, serviço personalizado à antiga (“O seu esparregado, dona Matilde”), algumas madeiras no cenário e total ausência de pressão para se abandonar a mesa (“Ó senhor Vítor! Por favor, traga-me outro café e uma bagaceira da casa”, dizíamos, quando o nosso fígado era outro).
No género, ali perto, por muitos anos, existiu o “Funil”, que agora se modernizou e perdeu o propósito. Também havia “O Polícia”, hoje uma sombra do que foi, e a “Adega da Tia Matilde”, que, pela minha última e infeliz experiência, há meses, devia ter ido com o cliente Eusébio para o Panteão. Da mesma natureza, na avenida de Paris, esteve, por muito tempo, o “Isaura”, para onde se entrava por uma escada em caracol, que nos levava a uma cave com estantes, onde existia uma bela “biblioteca” de vinhos. O “Pote”, na João XXI ainda hoje cumpre um pouco essa função. Num registo mais simples, e ainda nas Avenidas que um dia foram novas, tenho grandes memórias da “Imperial do Campo Pequeno”, de que fui vizinho e freguês assíduo.
Quase todos os bairros de Lisboa tiveram restaurantes do género. Aos fins de semana, era vulgar ver avós, pais e filhos, de famílias com algumas posses, em almoçaradas. Até na Baixa, o “Paris” cumpria essa função.
A “Colina” ali estava, igual à que sempre a conheci. Na clientela deste domingo descortinei vários nomes que estiveram na berra nos anos 90, a que a idade trouxe um corfortável anonimato, mas também ali cruzei um poderoso ministro deste governo (como este é um governo sem muitos ministros poderosos, é fácil lá chegar), à espera do seu “take away”.
Como é que se comeu? Bem, embora sem deslumbre. A oferta é a clássica para este tipo de casas, pratos sólidos, sem surpresas nem arrebiques. Com a casa cheia, o serviço teve o ritmo certo, tudo a sair a um custo razoável. Foi bom regressar à “Colina”!
(“Não fales muito na “Colina”, nas redes sociais!”, alertou-me uma amiga. “Se vai lá muita gente, ficamos sem mesas!”. Arrisco).
Os desafios da China
Na terça-feira, dia 6 de dezembro, pelas 15.00 horas, irei falar sobre “Os Desafios da China”, a convite da Sociedade de Geografia de Lisboa (Rua das Portas de Santo Antão, 100).
A minha tertúlia verde
Ontem, estive em mais um almoço daquilo que qualifico como a minha “tertúlia verde”. Por ser ecológica? Nem por isso, embora o grupo seja, sem dúvida, bem “sustentável”, atento o facto de já durar há quase cinco décadas. Por ser do Sporting? Não, embora por lá haja leões, águias e outras espécies da natureza. É verde porque foi de farda verde, na tropa, que todos nos conhecemos, e também porque estão lá representados todos os “ramos” - do Exército à Força Aérea e à Marinha, com almirantes e generais pelo meio, ora bem! Ah! E todos ali somos “abrilistas” ferrenhos. Mas isso, aos olhos de alguns “novembristas”, só nos tornaria mais “vermelhos”, não é?
O dono da bola
segunda-feira, novembro 28, 2022
Têvês
Nas Amoreiras. “É o embaixador Seixas da Costa, não é?“ Disse que sim. ”Muitas vezes não concordo com o que diz, lá na televisão”. Sorri: “Fico grato por, mesmo assim, me ouvir. Mas, diga-me uma coisa: se não aprecia o que eu digo, por que é que não muda de canal?“ “Porque há lá umas senhoras com quem estou sempre de acordo”. “Eu aviso-as, pode ficar descansada”. E saí para comprar castanhas.
A Rondónia, a estátua e a memória
Há dias, no restaurante “Solar dos Duques”, um empregado brasileiro disse-me que era da Rondónia (em português do Brasil, da Rondônia). Vir desses confins para Portugal é obra!
domingo, novembro 27, 2022
Uma aventura em Queluz de Baixo
sábado, novembro 26, 2022
Lados
Confesso que nem sempre consigo levar a cabo, com êxito, um exercício íntimo que, desde há muitos anos, tento apurar. Trata-se de evitar, quando vejo jogos de futebol na televisão, tomar partido por qualquer das equipas.
Dou conta de que estou a ter sucesso na consecução da minha atitude quando, ao ver marcar um golo numa baliza, dou por mim a desejar que haja outro na outra baliza, para tornar a partida mais equilibrada, logo, mais competitiva.
É claro que é muito mais fácil fazer isso num Shrewsbury - Barnsley, da liga inglesa, do que num campeonato do mundo entre países, sobre os quais frequentemente temos tentações afetivas.
Vem isto a propósito deste México - Argentina. Tanto me faz que ganhe um ou outro. O mesmo senti com o jogo anterior, o França - Dinamarca, ou o EUA - Inglaterra.
Sinto que estou a refinar nesta minha cultura de "isentão" militante.
A última morte de Fernando Gomes
Era uma figura muito simpática de outro tempo do nosso futebol. Jogador típico de área, com uma elegância "oportunista" (no bom sentido), da sua cabeça saíram golos magníficos, "voando entre os centrais", embora não fosse a ele que Carlos Tê dedicou o poema cantado por Veloso. Francisco José Viegas tinha-o "assassinado" (também no bom sentido ficcional) no "Morte no Estádio", mas Fernando Gomes só hoje morreu, depois de longa doença, enfrentada com muita coragem. Um grande nome do futebol português que merece ser lembrado pela nossa seleção.