Por que será que existe uma sanha persecutória contra Fernando Medina, que tenta, a todo o custo, envolvê-lo na questão TAP, mesmo em período anterior às suas funções nas Finanças?
Eu escrevi aqui sobre isto na altura e o que diz o relatório da IGF é o que eu esperava, ainda que eu tivesse tido os cuidados evidentes de quem tinha pouca informação: como "trabalhadora por conta de outrém" tinha direito a cerca de 50000€, como "membro dos corpos sociais" aquilo era tudo pelo menos muito irregular, afinal é mesmo ilegal.
Medina fez uma coisa que eu nunca fiz, de simples chefe de serviço a PCA, escolher alguém para sua "adjunta" sem analisar e considerar o seu passado, ainda por cima o mais recente, mesmo em lugares e tempos onde ninguém ia espiolhar. Se o fez sózinho ou acompanhado não sei, mas eu opus-me várias vezes a que me "impusessem" determinadas pessoas e, de uma das vezes, ainda fui eu o "dispensado" que bem me lixei, tive que ír fazer pela vida para outras paragens, começar de novo no verdadeiro sentido da expressão.. É a vida dos que não a têm garantida e que, por isso mesmo, estes últimos nunca perceberão.
Ainda não está tudo esclarecido, no que se refere à sua responsabilidade. Não percebo é porque a CEO foi despedida. O que foi que ela fez? Foi pagar aquilo que o escritório de advocacia- a que teve de recorrer, devido à ausência da mulher de Medina, como directora jurídica da TAP- aconselhou? E que Pedro Nuno Santos aprovou? Não sei se terá sido muito inteligente o despedimento da senhora por "justa causa"(?!), senhora que vai agora para os tribunais lavar roupa suja. E vamos ver se Fernando Medina não vai ainda ser atingido pelos salpicos.
Em Portugal é difícil distinguir o que é verdadeiramente proibido do que costuma ser tolerado, por exemplo no limite de velocidade de 120km/h nas auto-estradas.
Normalmente há uns transgressores que se lixam quando inopinadamente a sociedade decide que afinal uma determinada lei deve mesmo ser levada a sério.
Dado que existem relativamente poucas pessoas envolvidas, a área das indemmizações dos administradores das empresas é uma das áreas em que existem abusos que são amplamente tolerados, provavel motivo para Medina não ter valorizado a agora escandalosa indemnização recebida por Alexandra Reis de que devia ter conhecimento informal.
Neste caso a mudança inopinada da tolerância poderá ser devida quer às políticas de violenta austeridade na TAP em relação aos trabalhadores, quer à tradição de no segundo mandato dos Presidentes da República estes se dedicarem a promover a alternância democrática atacando o governo, no que são alegremente acolitados pela imprensa.
O Luís Lavoura escreveu "Porque em Portugal a oposição e a imprensa concentram-se em fazer demitir pessoas, e não em alterar políticas."
E eu até nem discordo disto em termos muito genéricos, a partir do momento que quando se fala em "oposição", é uma quando lá está a esquerda e é outra quando lá está a direita e, portanto, a frase funciona para os dois lados.
Não sei qual é o ponto de vista do autor da frase, mas aposto 1 contra 100 que uma grande maioria de gente por aqui leu isto como lhe convém "hoje", a oposição naquela frase é a de "hoje", portanto a direita.
Continuem a pensar assim que vão longe. Mas ao menos aceitem apostas comigo, dava-me jeito.
10 comentários:
Diz-se na minha aldeia
Quem come alhos a eles cheira!
Porque em Portugal a oposição e a imprensa concentram-se em fazer demitir pessoas, e não em alterar políticas.
Eu escrevi aqui sobre isto na altura e o que diz o relatório da IGF é o que eu esperava, ainda que eu tivesse tido os cuidados evidentes de quem tinha pouca informação: como "trabalhadora por conta de outrém" tinha direito a cerca de 50000€, como "membro dos corpos sociais" aquilo era tudo pelo menos muito irregular, afinal é mesmo ilegal.
Medina fez uma coisa que eu nunca fiz, de simples chefe de serviço a PCA, escolher alguém para sua "adjunta" sem analisar e considerar o seu passado, ainda por cima o mais recente, mesmo em lugares e tempos onde ninguém ia espiolhar.
Se o fez sózinho ou acompanhado não sei, mas eu opus-me várias vezes a que me "impusessem" determinadas pessoas e, de uma das vezes, ainda fui eu o "dispensado" que bem me lixei, tive que ír fazer pela vida para outras paragens, começar de novo no verdadeiro sentido da expressão..
É a vida dos que não a têm garantida e que, por isso mesmo, estes últimos nunca perceberão.
Ainda não está tudo esclarecido, no que se refere à sua responsabilidade. Não percebo é porque a CEO foi despedida. O que foi que ela fez? Foi pagar aquilo que o escritório de advocacia- a que teve de recorrer, devido à ausência da mulher de Medina, como directora jurídica da TAP- aconselhou? E que Pedro Nuno Santos aprovou? Não sei se terá sido muito inteligente o despedimento da senhora por "justa causa"(?!), senhora que vai agora para os tribunais lavar roupa suja. E vamos ver se Fernando Medina não vai ainda ser atingido pelos salpicos.
Em Portugal é difícil distinguir o que é verdadeiramente proibido do que costuma ser tolerado, por exemplo no limite de velocidade de 120km/h nas auto-estradas.
Normalmente há uns transgressores que se lixam quando inopinadamente a sociedade decide que afinal uma determinada lei deve mesmo ser levada a sério.
Dado que existem relativamente poucas pessoas envolvidas, a área das indemmizações dos administradores das empresas é uma das áreas em que existem abusos que são amplamente tolerados, provavel motivo para Medina não ter valorizado a agora escandalosa indemnização recebida por Alexandra Reis de que devia ter conhecimento informal.
Neste caso a mudança inopinada da tolerância poderá ser devida quer às políticas de violenta austeridade na TAP em relação aos trabalhadores, quer à tradição de no segundo mandato dos Presidentes da República estes se dedicarem a promover a alternância democrática atacando o governo, no que são alegremente acolitados pela imprensa.
Sanha persecutória, senhor embaixador? Ah, Medina nunca sabe de nada, deve ser por isso.
Caro Luis Lavoura. Desta sim. Acertou na mouche!
Também estou de acordo com Luís Lavoura.
Zeca
Resposta: por todas as razões e mais alguma. .Factos são factos .
O Luís Lavoura escreveu "Porque em Portugal a oposição e a imprensa concentram-se em fazer demitir pessoas, e não em alterar políticas."
E eu até nem discordo disto em termos muito genéricos, a partir do momento que quando se fala em "oposição", é uma quando lá está a esquerda e é outra quando lá está a direita e, portanto, a frase funciona para os dois lados.
Não sei qual é o ponto de vista do autor da frase, mas aposto 1 contra 100 que uma grande maioria de gente por aqui leu isto como lhe convém "hoje", a oposição naquela frase é a de "hoje", portanto a direita.
Continuem a pensar assim que vão longe.
Mas ao menos aceitem apostas comigo, dava-me jeito.
Enviar um comentário