sexta-feira, março 10, 2023

"A Arte da Guerra"


A guerra na Ucrânia ocupa a primeira parte. As perspetivas para as presidenciais americanas enchem a segunda. Terminamos abordando as consequências das eleições na Nigéria. 

É o "A Arte da Guerra" desta semana, um podcast semanal de trinta e poucos minutos, sobre temas internacionais, nos audiovisuais do Jornal Económico, uma conversa com o jornalista António Freitas de Sousa. 

Pode ver aqui

9 comentários:

Paulo Guerra disse...

A guerra continua empatada nem vou comentar e comparado com a garantia durante meses que a Ucrania já estava quase em Moscovo eu diria que já é uma valente aproximação à realidade. Talvez até seja prudente neste momento alertar para a velocidade. Ainda esbarram contra a realidade! E não sendo de todo a parte do conflito que mais me interessa a não ser para lamentar mais uma carnificina humana completamente evitável como acontece com quase todas as guerras. Tudo pq ao contrário das sançõeS, os US e sobretudo a UE, que me interessa muito mais e nomeadamente a Alemanha e a França, que subscreveram os Acordos de Minsk como garantes do seu cumprimento por parte da Ucrania, foram ambos levados a esquecer-se do seu caracter obrigatório assente numa resolução do CSNU. De que até já escarneceram em público! Ou seja, a Alemanha e a França basicamente usaram a ONU como Colin PowelL para inciar a guerra do Iraque! De que lamentavelmente às vezes até Guterres se esquece! E quando começamos a brincar como Organizações como as NU não estamos de certeza do lado certo da história! Que infelizmente na UKR desaguou em guerra.

Como a que o Embaixador já antecipa com a CHI tb com um ponto engraçado sobre não ser o timming mais adequando para a CHI?! Como se a CHI tivesse passado os últimos 30 anos em guerras ou esteja pendurada nas costas, leste e oeste, dos US?! E mais uma vez até podemos discordar com tudo na CHI mas pensar que a CHI anda à procura de um timming para uma guerra com os US… E em relação a Taiwan o optimismo da CHI numa reunificação pacifica é perfeitamente normal. Qt mt é inviável com o actual Govt - mais um fantoche dos US - com os dias contados até 2024! E até com o partido DDT no Govt há mt tempo que os independentistas não passam dos 5% nas sondagens. E calculo que até esses a última coisa em que pensam hoje é em sangrar pelos US como os ucranianos! Aliás, não sei se já apontei aqui a “curiosidade” ou não mas até mais que os indicadores económicos que só provam uma economia completamente integrada na economia do Continente, onde trabalham todos os dias mais de 2 Milhões de Taiwaneses e caso Taiwan fosse um barco há mt tempo que tinha adornado para o Continente. Com a maioria da população a viver nessa costa. O que também só poder ser uma prova da hostilidade da CHI! Que só por acaso é o seu país! Mas adiante.

O que eu acho cada vez mais fascinante nas análises do conflito da UKR em Portugal mas provavelmente por toda a UE e nos US é como se continua a tentar chutar para canto a sabotagem dos gasodutos. Até pq o gaz russo não está nada relacioando com o conflito. E claro que falo sobretudo nos media. Segundo o próprio Borrell, um dos grandes pilares do crescimento europeu das últimas décadas. E um dos principais motivos deste conflito como todos devíamos saber porque os US nunca o esconderam. Do pavor da ligação da Alemanha à Russia e de uma Europa unida! Aliás, a perfídia descarada de um certo grupo que tem acompanhado as últimas Administrações Democráticas nunca parou de me surpreender. Mas falo sobretudo da total ocultação por parte dos grandes medias do ultimo relatório do jornalista mais premiado dos US, que cobriu praticamente todos os escândalos das Administrações dos US nos últimos 60 anos, tendo ganho inclusive o Pulizer logo com um massacre no Vietname e que aponta mais uma vez para os US como os autores da sabotagem de uma das infraestruturas mais criticas da UE! Que novidade! Que já deslocalizou toda a industria pesada da Alemanha para a CHI e para os US.

Paulo Guerra disse...

Cont.
E volto a falar do relatório de Seymour Hersh esta semana pq foi a semana em que Sholz foi visitar Biden e de repente apareceu uma história da carochinha nos medias empurrando a sabotagem dos gasodutos para um grupo sem-abrigo da UKR?! Quase a 100 mts de profundidade! O que só pode indiciar já dificuldades para Sholz em explicar a amizade com os US em casa! Nada de admirar à medida que as dificuldades económicas dos alemães crescem. Não obstante Sholz continuar a garantir que a economia alemã vai muito bem e ele, pessoalmente, está cada vez mais apaixonado por Biden! Onde muitos analistas tb já antevém uma rampa de saída da guerra para a UE e para os US! Que como o Sr.Embaixador acabou de indicar, econtra-se neste momento empatada.

Paulo Guerra disse...

A China acaba de medear com sucesso um dos nós górdios mais complicados das relações internacionais entre países ainda há muito pouco tempo! O restabelecer de ligações diplomáticas entre a Arabia Saudita e o Irão! Já depois do também enorme sucesso da Cimeira entre a Siria e a Turquia que parecia igualmente impossível ainda há muito pouco tempo. É o mundo a mudar à velocidade da luz à frente dos nossos olhos com novos croupiers! Uma extraordinaria boa nova que pode conduzir finalmente à paz no mundo árabe, nomedamente entre Xiitas e Sunitas e quiçá ao fim de um dos conflitos mais horriveis de sempre no Yemen! E em tudo o mais que este restabelecer de relações deixa antever e representa para o mundo em geral e para uma parte do mundo sempre muito conturbada como o Médio Oriente! Com os US completamente fora do Médio Oriente hoje, o que como é óbvio é impossível de não salientar dado seu impacto negativo na região nos últimos 50 anos! Além de alguns resquícios ainda na Siria, a quem também já foi pedido que parassem de roubar petróleo da Siria e voltassem para casa. Num dia em que também surgiram novos vazamentos de Hillary relacionados com o assassinato de Kadafi!

Se ainda fossem precisas mais evidencias que o mundo unipolar está definitivamente enterrado e já entrámos numa NWO! E um dos próximos passes também será de certeza o anúncio do fim do US dolar como a grande referência monetária para mais de 80% da população mundial e definitivamente o fim do US dólar como moeda de reserva mundial. E não por acaso hoje mesmo faliu um grande banco nos US. O Silicon Valley Bank foi apreendido pelas autoridades federais quando surgiram informações de que o banco estava falido e já não conseguiria pagar aos seus depositantes. É a maior falência de um banco desde a crise de 2008 nos US! Até o grosso do povo do Israel devia começar pensar melhor no seu regresso à Europa! Porque nada vai ficar mais fácil para Israel no Médio Oriente a partir daqui! Além da despesa para os US que também não vai parar de crescer e também já anunciaram que vão começar a pedir mais contrapartidas relacionadas com os direitos humanos do povo da Palestina. Através de Bernie Sanders. Ver para crer aqui. Mas a proposta do Oeste da Ucrania para tomarem conta do Banderistão e abandonarem e definitivamente os guetos da Palestina era outra excelente noticia para o mundo. Sonhar não custa!

manuel campos disse...


Análise equilibrada à situação política nos EUA, que é a que nos deve preocupar mais no longo prazo, isto para quem tem mais de 70 anos e quer saber do longo prazo, porque tem descendentes e se preocupa com a vida deles, quem não os tem pode-se dar ao luxo do "quem venha a seguir..." e fazer discursos bem pensantes e bonitinhos enquanto por cá anda, fica-se sempre bem "na fotografia".

Já por aqui escrevi o que toda a gente sabe (e se não sabe, devia saber) mas não me parece despiciendo repetir: o eixo do Atlântico já há muito desapareceu para os EUA e, desde o 1º mandato de Obama, que o eixo do Pacífico e todas as "batalhas" que isso traz são o foco, não se modificou nada com Trump, nem Biden está a fazer nada de diferente (não é por Obama, Trump e Biden dizerem as coisas com estilos diversos que o fundo das questões deixou alguma vez de ser o mesmo).
Se a seguir vier um republicano, que terá sempre uma abordagem teórica mais radical que a dos democratas, não é por aí que se notarão quaisquer diferenças na prática no terreno de "batalha".

A Europa continua a encarar o mundo e a vida com a mentalidade do "grande senhor" (ou da "grande senhora", todo o cuidado é pouco) que foi durante séculos, quando agora está totalmente "pendurada" com os programas proteccionstas americanos que vêm na "melhor altura", logo agora que a Europa se queria começar a libertar um pouco da dependência da China como fornecedor de tudo e mais alguma coisa é quando os EUA se querem libertar da dependência da Europa como fornecedor do que quer que seja. Ficaremos assim muito bem aviados a funcionar em circuito interno, dependentes de não termos nem matérias-primas nem custos baixos de mão-de-obra, numa altura em que as verdades e as mentiras das novas tecnologias nos são impostas pela lei ou pelo marketing e que as novas e as menos novas gerações já não sabem fazer nada sem o último gadget da moda ao preço da uva mijona.

Quanto à guerra na Ucrânia talvez seja bom ir ver uns gráficos que proponho sejam procurados no Google como "total bilateral aid commitments to ukraine" e podem logo abrir ali o 1º que aparece da "Statista" que informa "by type and country or organization" (cá em baixo façam "expand statistic" para informação sobre as cores nas barras, muito significativas).
E depois concluam como, mesmo que com pequenas alterações na política externa dos EUA (que as vai haver) as coisas podem mudar e muito.
É que à força de lermos que estamos todos a fazer muito pela Ucrânia aqui na Europa (e estamos) não vai chegar se o outro lado do Atlântico fôr mudando de ideias, não seria a 1ª vez, tenha como origem a pressão interna ou outra prioridade externa.


manuel campos disse...


Há aqui um aspecto de que falo há anos, a partir do momento em que começaram chegar a toda a parte do mundo imagens diárias e constantes da nossa “way of life” é mais que evidente que todos esses milhares de milhões de pessoas também hão de querer usufruir disso um dia e façam tudo para o alcançar, por mais utópico que pareça a quem vive (mesmo que mal) no meio delas.
É que viver muito mal na Europa continua a ser muito melhor que viver “tout court” em África, por exemplo.
Dado que o PIB per capita não diz grande coisa, basta irmos dar uma volta pela “Paridade do poder de compra” (PPC) per capita (escolhi o FMI, 2022), algo que pouca gente faz para não ficar incomodada com o que deita fora, para percebermos que todos querem e têm o direito de querer viver “como nós”.

Quem quiser saber o que é o PPC tem explicações muito simples aí pela net e quadros com os países todos do mundo, mas acrescento desde já que, só para dar uma ideia daquilo de que estamos a falar usando exemplos a que deveríamos ser mais sensíveis se fôssemos menos egoístas, o nosso PPC é 26 vezes superior ao da Guiné-Bissau e 33 vezes superior ao de Moçambique.

Portanto não percebo quando as sociedades ricas vêm dizer que é preciso abdicar disto e daquilo, com argumentos por vezes meritórios e outras vezes discutíveis (por quem está mais dentro dos assuntos e não vive deles), invocando razões a que nos podemos dar ao luxo de atender pois temos algumas alternativas mais ao alcance das nossas bolsas.
Mas alternativas a que, e para já, os países pobres não podem ambicionar sem risco de se tornarem ainda mais pobres, portanto o mais certo para mim é que cada vez haja mais gente a falar só por falar, há que surfar as ondas todas do pensamento "catita".

E quando o argumento é do tipo “nós errámos, há gerações que vivemos melhor que vocês a fazer asneiras das grossas, estamos muito arrependidos, agora há que alterar tudo”, o que corresponde a dizer aos pobres “vocês que aspiram a viver como nós temos vivido, esqueçam porque não vão poder fazê-lo, nós vos diremos o que fazer” acho que o famoso gesto do Zé Povinho do Bordallo Pinheiro vai ser a resposta.
E em parte já o é, com a China e a Índia à cabeça, a fingirem que acreditam em nós e a ganhar tempo, enquanto com as suas reservas de metais preciosos e de mão-de-obra barata nos vão tornando cada vez mais reféns (aqui pela Europa, os EUA já estão a fazer a agulha).

Quando eu nasci (*) havia 2.5 milhares de milhões de habitantes por aí e agora há 8 mil milhões, dos quais cerca de 4.2 milhares de milhões na China, Índia e toda a África, já para não contar com tudo o resto que se poderia aqui juntar.
Ou dito de outro modo e que para mim é mais significativo, a Europa toda mais os EUA e o Canadá (**) têm 1.4 mil milhões e querem dizer aos outros 6.6 milhares de milhões o que devem fazer, que é básicamente continuarem a aguentar o que sempre aguentaram.
Então está bem.

(*) Ali pelo fim da 1ª metade do século passado, dito assim acentua a minha vetustez.
(**) O Canadá tem a mesma área dos EUA mas não chega a 40 milhões de habitantes, menos de 1/8 do vizinho, menos 15% que Espanha.


Paulo Guerra disse...

Se o Ocidente que até tem muito menos tempo de dominio do mundo que muitos pensam, hoje só quissesse dizer a mais de 80% da população mundial como deve viver não estava o mundo tão mal! O que o Ocidente fez no resto do mundo em todo no seu tempo de dominação foi saqueá-lo. E restringemo-nos ao nosso tempo de vida porque o que lá vai lá vai e ninguém pode ser responsabilizado pelo passado que foi o que foi. Ou o que andaram os US fazer nos ultimos 50 anos no Médio Oriente? Desde que Churchill e Eisenhower ordenaram o Golpe de Estado no Irão em 1953 para derrubar a jovem Democracia do Irão e instalar um fantoche como o Xá depois do derube do PM legítimo, Mossadegh, cujo Parlamento nacionalizou o petróleo, cansados de serem expoliados pelo UK?

Um Golpe que nem Truman ousou! Isto para dizer que tenho muitos amigos da opinião que os US só começaram a descarilar com as consequências do assassinato de Kennedy, que eu não partilho de todo por mais que admita alguma luz em Kennedy e claro que um país não mata o seu próprio Presidente sem consequências muito sérias para o país! Sobretudo quando a ala responsável pelo homicídio nem punida foi e continua hoje no poder! Na minha opinião o último grande presidente dos EUA foi mesmo FDR! E nem ele se safou de muitas críticas na cedência ao poder finnaceiro depois do crash de 29! O que comparado com as cedências do poder actual no ultimo crash… De outra maneira nunca tinha atravessado o Atlantico onde Bruxelas só ajudou a transfomar-se numa crise económica enorme que fechou empresas e enviou muita gente para baixo da ponte literalmente sem qualquer necessidade! Crise que ainda hoje não ultrapassamos de todo na Europa e muito menos em Portugal e basta olhar para a divida! Porque o dinheiro não é elástico e se vai para o serviço da dívida é normal que todos os serviços públicos e o próprio investimento tão necessário se ressintam e de que maneira! E claro que chegou o populismo!

Portanto a palvara certa é a roubar os recursos do Médio Oriente, onde instalararam inclusive todos os grandes ditadores, de que mais à frente perderiam o controlo e originaram as guerras com milhões de refugiados que se conhecem hoje! O mesmo MO da America Latina. Ou roubar é uma palavra muito forte? E o pior é que era o plano em cima da mesa para os próximos 50 anos! Ainda com o livro de Instruções do Imperio Britanico. Que devem ter herdado com o próprio Império. Dividir para reinar! Pois bem, acabou. E para o Ocidente não acabou só o Médio Oriente. Estamos a ver o mesmo em muitos países da America Latina e em muitas outras latitudes como com França em Africa. Há hoje muitas razões para tanta ressabia no plano internacional como acontece sempre que os centros de poder do globo começam a mudar! E como reagiram os US à maior vitória diplomática do seculo até à data? Ao restabelecer da diplomacia entre os sauditas e o Irão intermediado pela China? Sem tiros ou sanções!

Biden quando instado a reagir pronunciou qualquer coisa imperceptivel ou que eu nem percebi muito bem e nem pachorra há para voltar a ouvir algo sobre a paz de Israel com o mundo árabe?! Ou pelo menos foi o que me pareceu ouvir. Pura rectorica sem qualquer significado. E entretanto fingimos que não vemos Israel, mesmo depois do terramoto, a bombardear o aeroporto de Damasco, a principal rota da chegada da ajuda internacional e da evacuação dos feridos!!! Já Bliken depois de descarregar milhões em armas na Ucrania e Taiwan continua totalmente histérico com os drones chineses com potencial para destruírem o efeito da única arma com algum valor que os US despejaram na Ucrania. A Intel em tempo real que permite que os SAMs ucranianos estejam quase sempre desligados, impossíveis de destruir e nunca permitíram à Russia a supremacia aérea total sobre o teatro de operações. E dmais uma chantagem à Georgia para alinhar nas sanções à Russia pelo departamento das Revoluções coloridas. Ou fazem o que os US desejam ou caem!

Paulo Guerra disse...

Cont.
Que foi só o que fizeram ao mundo nas últimas décadas. Ameaçar e chantagear o mundo e dizer uma vez por ano no Estado da Nação que são a maior potência da terra. Com 200 anos. Até que bateram numa parede e estão totalmente isolados e atolados na Ucrania. A verem o mundo passar com civilizações e culturas muito mais antigas que os US nunca respeitaram! Imagino que este sentimento também esteja hoje muito presente à volta do globo! E basta ouvir o Ministro do Exterior da India!

E se pensarmos bem não é a primeira vez que o mundo tenta livrar-se das garras do último Ipmério, digamos assim. Já houve uma grande tentativa, à época ainda muito ideologica nos anos 50/60 com os chamados paises não-alinhados ainda sem grandes potências e sobretudo sem Instituições fortes como hoje a CSO ou os BRICS, com o background do caminho já percorrido nos últimos anos! Com a única ideologia que sobrou, a econimica ditada pelas trocas comerciais. Porque não se muda a Ordem Mundial em que vivemos da noite para o dia. Muito menos a WO unipolar segundo as regras de Washingon que se afastaram completamente da Carta das Nações unidas e de qualquer noção de Direito Interncional! Não reconhecendo Tratatados que assinaram, Resoluções do CSNU ou até Tribunais como o TPI que já ameaçaraM destruir várias vezes! Ou melhor, os US reconhecem Haia para condenar os inimigos. Já os GIs por maiores escândalos como Abu Graib já nascem imunes ao TPI!

Como é que o Mundo não havia de estar sedento de se desligar de tanta arrogância e tanta insanidade? E opiniões há muitas mas de certeza que nenhuma contribuiu tanto para o sentido contrário das sanções, que acabou por isolar só o Ocidente como o roubo das reservas russas?! Porque também foi aqui que chegámos, inclusive com o todo o tipo de desaconselhamentos por parte do Tesouro dos US! Onde se quisermos ser simpáticos adjectivamos só como uma grande estupidez!

Já a destruição dos gasodutos já revela desespero e piscopatia pura e dura num grau quase impossível de compreender. Até pelo precedente que abre em todo o mundo! E não é por acaso que já começaram a surgir os inetivais pedidos de Impeachement nos US porque a violação Constitucional é mais que clara! Porque há passos que simplesmente nunca se dão! Ou nunca se tinham dado até hoje! O que vários ex-responsáveis pela CIA nos US, muito mais que na Europa, já consideraram um acto terrorista puro e duro, um crime de guerra e uma declaração de guerra a um país aliado como a Alemanha!? Onde o Govt finge que não vê! Como toda a Europa! Como antes não ligamos às escutas dos nossos líderes com a colaboração de países como a Dinamarca, rapidamente substituída por um radar maior que um radar de aeroporto na Embaixada dos EUA em plena Berlim à vista de todos!? Como nunca condenamos todos os responsáveis pela destruição do Iraque, da Libia e da Siria. E ainda celebramos propagandas ridículas como a entrada da Suécia e da Finlandia na NATO (!?) Activos com grande valor para a Europa e para o mundo precisamente pela utilidade da sua neutralidade na negociação de conflitos! Enquanto perdemos a Turquia, com Erdogan ou sem Erdogan, um activo geoestratégico da NATO que vale 100 Suécias + 100 Finlandias!

Paulo Guerra disse...

Cont.

Que no limite só servem para provocar mais algum conflito na Europa. Ainda ontem mais uma vez por pura insanidade, vimos um bombardeiro nuclear estratégico dos US em exercícios sobre o Báltico junto do território russo! Pior só mesmo a psicopata russofobica da Victoria Nuland, uma das maiores obreiras desta guerra para desligar a Europa da Russia a dizer com todas as letras que os US vão participar com a Ucrania num ataque à Crimeia! Exactamente assim numa tentativa desesperada de implicar os EUA numa guerra directa com a Russia! Numa guerra nuclear! O que também só pode ser para desempatar o conflito! E como é se a Russia responde com um míssil numa base alemã onde treinam tropas ucranianas? E com um sorriso rasgado que só prova a insanidade do monstro! Não há hospícios nos US? Com uma Administração rodeada de puros psicopatas como o mundo não via desde Hiroshima e Nagazaki! Que fazem a Administração Bush parecer quase uma delegação de diplomatas. Que já aliás a provocar todo o tipo de reacçoes nos US. Na parte que ainda tem alguns neurónios a exigir a sua demissão imediata! Não fossem os russos os únicos adultos na sala neste conflito, não obstante toda a campanha de desinformação para ocultar os verdadeiros responsáveis por este conflito, como outros num passado recente e não sei do que seria do Mundo hoje! Nem o pateta do comediante ou a imbecil da Baerbock foram tão longe! E eu ainda me lembro quando a NATO nem aviões equacionava fornecer.

E já agora, quando o Sr. Embaixador diz que o sul global é o antigo 3º mundo não anda muito longe da xenofobia da selva do Borrell. Consciente ou não e com todo o respeito! Então agora Nações como a China e o Brasil são 3º mundo? Quando os BRICS já ultrapassaram o valor agregado dos G7. E agora com mais dois grandes produtores de petróleo à porta. Como a Arábia Saudita e o Irão.

Já sobre as migrações o maior paradoxo é que nós precisamos delas como de pão para a boca na velha Europa. O problema são as ondas que nós também provocamos com os nossso conflitos além das catástrofes naturais. Finalmente a guerra por procuração dos US na Ucrania! Cujo primeiro objectivo nunca foi derrubar o Govt de Moscovo e voltar a saquear os recursos naturais da Russia como a Europa permitiu nos anos 90! Mas antes ou o grande objectivo da guera da Ucrania era e contnua a ser desligar a Europa, nós, da energia russa! Sem qual a Europa não vive e perde todo o tipo de competitvidade. Ou seja, tomar a Europa refém para o pouco que os US ainda produzem além do único bloco onde também ainda conseguem deslocalizar a Indústria com este conflito. Porque também já é a unica parte do mundo onde o conseguem fazer sem que alguém levante alguma objecção. Aliás, eu até tenho ouvido a Alemaha a agradecer aos US serem tão simpáticos por receberem a Industria alemã! Scholz passará à história de certeza como o maior banana da política europeia!

Dois ilustres americanos, o economista que negociou vários pacotes de ajuda para a Europa de leste pós URSS e um ex-CIA, analista chefe para a URRS no tempo de Reagan! Prof. Jeffrey Sachs and Ray McGovern address UN Security Council on Nord Stream investigations

https://www.youtube.com/watch?v=R_EX-VwKjng

Paulo Guerra disse...

E uma nota final para a pobreza versus Guerra: Sempre fui incapaz de sair de Lisboa como turista para outra capital qualquer europeia. Que também acabei por conhecer a maioria em trabalho. Mas sempre tive um grande fascínio pelo Próximo Oriente com a nossa origem comun. E ainda recordo bem a felicidade das crianças a jogarem à bola na rua, muitas vezes, no meio da mais absoluta miséria material. É verdade! Mas nada que se compare com triste realidade hoje com bandos de aleijados sem membros de mão estendida. Até que se tornou completamente impossível voltar, por exemplo, às ruinas do Iraque e da Siria. Às novas ruinas.

Realidade que também ainda vivenciei no Interior do Portugal do minifúndio rural. Também com crianças descalças na rua. Onde várias gerações viviam em comunidade e onde nunca conheci um lar de idosos e em que até os deficientes eram perfeitamente integrados nas comunidades. E longe de mim estar a ser condescendente com a miséria. Mas onde também com muito pouco investimento nas infraestruturas mais básicas tinha sido possível fixar muita população para não vermos hoje à própria desertificação a arder todos os verãos! Falo sobretudo de mais escolas, o maior predictor do crescimento em todo o mundo, mais saúde e meia dúzia de pequenas indústrias agropecuárias, a principal actividade local, que permitiria completar o redimento que as famílias retiravam do minifundio. Porque a nossa própria emigração nem sempre é muito bem conhecida. Muitas famílias deixaram o interior mais pelo futuro dos filhos que propiamente só pela renda. O que também desequilibrou por completo o litoral e as grandes cidades! O país!

Carlos Antunes

Há uns anos, escrevi por aqui mais ou menos isto: "Guardo (...) um almoço magnífico com o Carlos Antunes, organizado pelo António Dias,...