Em "A Arte da Guerra" desta semana, o podcast sobre temas internacionais do "Jornal Económico", converso com o jornalista António Freitas de Sousa sobre as atribulações do presidente Putin, em face do mandado de captura determinado pelo TPI, e a visita que lhe fez o presidente chinês, sobre o difícil diálogo entre a Sérvia e o Kosovo, mediado pela União Europeia, para acabar na análise à complexa situação social e política que a França atravessa.
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4 comentários:
Não vejo atribulações nenhumas. Putin mal costuma sair de Moscovo, muito menos para se deslocar ao estrangeiro. Mesmo sem mandado de captura, dificilmente teria a intenção de se deslocar a qualquer país aderente do TPI.
O Senhor Embaixador finalmente nao se posicionou neste escândalo do CPI !
E portanto havia tanto para dizer!
O que vemos ? O Tribunal Penal Internacional (TPI) ousa emitir um mandado de prisão contra o presidente Vladimir Putin e Maria Lvova-Belova, nomeada Comissária para os Direitos da Criança na Rússia. Felizmente para o TPI, o ridículo não mata (tanto faz...). Se durante vários anos o Ocidente se tornou mestre naquilo a que se chama “inversão acusatória”, aí encontra o seu paroxismo.
Nenhuma acção do TPI foi tomada contra os últimos presidentes dos EUA – ou israelenses, é claro – que alguns estimam serem directamente responsáveis por quase 20 milhões de mortes apenas nos seguintes países: Iraque, Síria, Líbia, Iêmen, Palestina, Sudão, Afeganistão . Sem contar as suas intervenções em outros países onde os seus interesses prevalecem sobre qualquer outra consideração.
Sempre em nome dos “nossos valores”, parece! Como ainda podemos acreditar nesses personagens sinistros e em suas alegações mórbidas?
O cidadão comum muitas vezes pergunta-se por que a sua situação pessoal piorou nos últimos anos e queixa-se de como o bem-estar social, tão difícil de adquirir pelos seus mais velhos, parece cada vez mais tênue quando não é totalmente suprimido pelo Estado de direitos que lhe diz repetidamente de que ele beneficia.
Quando ele realmente morder o pó – como parece estar se espalhando lenta mas seguramente sob as diretrizes europeias – ele (talvez) acabe entendendo que a sua situação, que ele vê piorar um pouco mais a cada dia, é resultado de políticas externas realizadas por governos sob as ordens da alta finança, apátridas e realocadas em algum refúgio e paraíso fiscal, longe da turbulência no terreno.
Com esta última piada do TPI, já não é certo que o ridículo não mata, porque com isso perdemos definitivamente toda a credibilidade no cenário internacional.
Apreciei o que disse sobre a China,que acaba de sacudir o tabuleiro de xadrez ao conseguir reconciliar Irão e Arábia Saudita, sob o nariz e a barba dos EUA.
Todas as nossas organizações de prestígio terão que ser repensadas, incluindo a ONU. E a guerra na Ucrânia é apenas o começo. Haverá entre os mais lúcidos e responsáveis do Ocidente, alguma coragem impedindo a ruptura total e definitiva com o Oriente do continente eurasiano?
O problema é que a UE não tem líderes. O pobre Scholtz, de herança em Washington, Macron "lexivou" nas ruas da França. Eu sei,"il s'en fout", tem um posto reservado no Banco Rothschild...
Esquece-se muitas vezes que a França é "a rua" desde há umas centenas de anos.
E que é por lá que sempre têm passado os primeiros passos de muita mudança.
Quando a esquerda comunista e a cintura "industrial" de Paris se mudaram de armas e bagagens há muitos anos para Le Pen, chamei a atenção de muitos conhecidos para o que aí vinha para todos nós, era uma questão de tempo e de evolução da economia (da macro que depressa descamba na micro, vulgo "o bolso de cada um").
O "Estado Social", tal como tem funcionado na Europa, está a acabar por força das profundas alterações no balanço das gerações, os idosos vivem cada vez mais e os jovens nascem cada vez menos.
Para isto só resta aumentar impostos, que lixam a vida a todos, os idosos não percebem que lhes estejam a dar cabo das finanças já no fim da vida e os jovens não percebem que lhes estejam a dar cabo das finanças logo no princípio da vida.
É neste momento que surge a guerra e a inflação, quando quase toda a gente já achava que nada de mal lhe podia acontecer, comprava moradias quando só tinha posses para um T3, comprava BMW quando só tinha posses para um Clio, fazia viagens de sonho que já não se lembrava onde tinha ido quando as acabava de pagar.
Por isso sempre achei que os países europeus não irão muito além das frases bonitas até não poderem fugir mais às suas promessas, para o necessário fortalecimento das suas Forças Armadas e o prometido apoio à reconstrução da Ucrânia só há 2 caminhos: mais impostos ou menos estado social (ou os dois juntos).
Peço desculpa, mas queria dizer : O pobre Scholtz, de joelhos em Washington, Macron "lexivado" nas ruas da França.
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