quarta-feira, março 08, 2023

Viva o Estado!

No dia internacional da mulher, ainda ninguém se lembrou de referir que o Estado é, desde que é democrático, um empregador onde a trabalho igual corresponde salário igual.

5 comentários:

Luís Lavoura disse...

o Estado é um empregador onde a trabalho igual corresponde salário igual

Isso é falso, Francisco.

O Estado é um empregador no qual vigoram regras de antiguidade, as quais dizem que, se um trabalhador estiver há mais tempo no emprego, então ganha mais - mesmo que o trabalho seja totalmente igual ao do trabalhador que está há pouco tempo no emprego.

É esse o cerne das famosas "carreiras", que tantos sindicatos defendem com unhas e dentes: a trabalhador mais velho corresponde maior salário. Independentemente da igualdade do trabalho.

carlos cardoso disse...

É o estado mas também as empresas, públicas ou privadas, há mais de quarenta anos.

João Cabral disse...

Senhor embaixador, está equivocado. Nem devia ser assim na URSS. Se for ver as contas, há casos em que as mulheres até ganham mais.

Luís Lavoura disse...

o Estado é [...] um empregador onde a trabalho igual corresponde salário igual

Isso não é verdade.

Dois professores de liceu, um com 30 anos de serviço, outro com 3 anos de serviço, fazem exatamente o mesmo trabalho, porém têm salários muito diferentes.

O mesmo é verdade em muitas outras "carreiras" da função pública.

Os sindicatos batem-se afanosamente por manter essa desigualdade, e por ampliá-la a mais "carreiras".

manuel campos disse...


Trabalhei em várias empresas com um número de colaboradores (como agora se diz) que iam de 300 na mais pequena a 1200 na maior, passando ainda por duas com cerca de 500 cada.
Já há 50 anos, quando comecei, para trabalho igual era salário igual, nunca passei por nenhuma onde não fôsse assim.
E nunca conheci nenhuma que não fôsse assim.
E se conheci e conheço empresas!

Claro que isso existe, tal como serem promovidos incompetentes porque dão graxa ao patrão e outras subtilezas da vida politico/empresarial.
E que as estatísticas dão para tudo, porque é tudo uma questão de premissas de cálculo (relembro que sou das "ciências exactas apesar de gostar de mandar umas bocas).

Mas é evidente que pessoas em funções iguais com experiencia e/ou provas dadas diferentes não podem ganhar obviamente o mesmo, porque se isso acontecer o melhor pira-se dali na 1ª oportunidade (eu fiz isso).
É que nas empresas do sector privado é a boa performance do conjunto que permite haver meios para pagar os vencimentos ao fim do mês e no dia certo.
Uma amigo meu toda a vida disse "quem me dera um dia ter um daqueles empregos em que não tivesse que me ralar se ao fim do mês há ou não liquidez para pagar os salários".


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