Não há absoluta certeza de que Napoleão tenha dito a célebre frase: "Laissez donc la Chine dormir, car lorsque la Chine s'éveillera le monde entier tremblera". Desde então, com variantes, a expressão tem sido repetida. Napoleão teria razão? Veremos.
7 comentários:
manuel campos
disse...
Talvez Napoleão o tenha dito em 1816 em Santa Helena, talvez não, o certo é que Lenine a repetiu ainda que sem citar fontes, já é muita gente a falar nisso há muito tempo.
No entanto pouco interessa quem o disse se atentarmos no que se segue e o que se segue é algo a que se deve dar toda a atenção:
"La Chine s'est éveillée... et n'est pas près de se rendormir"
Que a frase tenha sido dita por Napoleón ou invenção americana a verdade é que me faz tremer.
"Selon une confidence de l'historien Jean Tulard, cette citation de Napoléon 1er est une invention américaine"... https://vimeo.com/213223871/description
"Flor" tem razão, tudo leva a crer que quem pronunciou aquelas palavras foi David Niven no filme "55 dias em Pequim" de 1963 e quem as escreveu foi o cenarista Bernard Gordon, pois não consta do livro de S. Edwards.
Relembro que Jean Tulard era um especialista de Napoleão mas também da história do cinema, era capaz de saber do que falava.
Pois é, eu apenas vim confirmar que, de facto, tudo leva a crer que seja uma "invenção americana" do sr. Bernard Gordon, um dos "scriptwriters" do guião do filme.
Fui um interessado por tudo o que dissesse respeito a Napoleão desde os maus 15/16 anos (portanto há uma eternidade), tenho muita coisa, li muita coisa. Mas ainda que entretanto me tenha deixado disso, alguma coisa ficou e algum "jeito" para ir às fontes não se perdeu e, de facto, ninguém põe as mãos no lume para que a autoria da frase lhe seja atribuida.
A China está nas "suas sete quintas" e o maior (que não o único) mérito que teve foi saber esperar o que, como se sabe, não era novidade que era isso que iria acontecer vindo daqueles lados do planeta. Entalada a Europa que continua e vai continuar a depender de tudo e mais alguma coisa de lá, os EUA vão tentando libertar-se e ficam como único objectivo de luta no curto e médio prazo pois, no longo prazo, é uma incógnita neste momento. E considero que são uma incógnita porque a próxima “guerra eleitoral” por lá vai-se caracterizar por muito do que classificarei um pouco abusivamente como “lateral thinking”, isso aliàs já começou a acontecer com a chegada â ribalta de discussões de temas que parecem não ter muito a ver com os reais problemas que enfrentam (mas têm).
Tenho um carro europeu com quase 7 anos e 70 mil kms de uma marca respeitável. Neste tempo todo só avariou um sensor vulgaríssimo de cerca de 100€ há tempos (*), lá acendeu a “infame” luz amarela do motor, que pode ser muitíssimo grave (o catalisador “pifado”, por exemplo) ou não ser nada (até o tampão do depósito de combustível mal fechado pode ser). Existia a peça? Sim, mas não se sabia quando. Estava esgotada cá, nos armazéns centrais na periferia de Madrid também, vinha da China onde a fábrica que os faz só fazia aquele modelo durante 3 meses por ano e lá é que podia haver stock, iam pedir. Acabei por ter muita sorte, só esperei 15 dias, lá terão descoberto um algures, decerto que alguém no Comité Central se terá preocupado com o meu problema. Claro que o carro continuava a andar normalmente porque está concebido para que o resto do motor compense aquela “falha”, mas aquela luz acesa é bastante irritante. No entanto a única luz amarela num carro a que temos que dar atenção imediata é a da reserva de combustível...
(*) Claro que avariou 2 meses depois de acabar a garantia, que eu até tinha "estendido" a 4 anos, isso é o tipo de situação que nunca falha, vá lá que não foi grave.
7 comentários:
Talvez Napoleão o tenha dito em 1816 em Santa Helena, talvez não, o certo é que Lenine a repetiu ainda que sem citar fontes, já é muita gente a falar nisso há muito tempo.
No entanto pouco interessa quem o disse se atentarmos no que se segue e o que se segue é algo a que se deve dar toda a atenção:
"La Chine s'est éveillée... et n'est pas près de se rendormir"
Que a frase tenha sido dita por Napoleón ou invenção americana a verdade é que me faz tremer.
"Selon une confidence de l'historien Jean Tulard, cette citation de Napoléon 1er est une invention américaine"...
https://vimeo.com/213223871/description
"Flor" tem razão, tudo leva a crer que quem pronunciou aquelas palavras foi David Niven no filme "55 dias em Pequim" de 1963 e quem as escreveu foi o cenarista Bernard Gordon, pois não consta do livro de S. Edwards.
Relembro que Jean Tulard era um especialista de Napoleão mas também da história do cinema, era capaz de saber do que falava.
Manuel Campos, foi precisamente essa fala do David Niven que aparece no link do vídeo que eu deixei no meu comentário.
Flor
Pois é, eu apenas vim confirmar que, de facto, tudo leva a crer que seja uma "invenção americana" do sr. Bernard Gordon, um dos "scriptwriters" do guião do filme.
Fui um interessado por tudo o que dissesse respeito a Napoleão desde os maus 15/16 anos (portanto há uma eternidade), tenho muita coisa, li muita coisa.
Mas ainda que entretanto me tenha deixado disso, alguma coisa ficou e algum "jeito" para ir às fontes não se perdeu e, de facto, ninguém põe as mãos no lume para que a autoria da frase lhe seja atribuida.
A China está nas "suas sete quintas" e o maior (que não o único) mérito que teve foi saber esperar o que, como se sabe, não era novidade que era isso que iria acontecer vindo daqueles lados do planeta.
Entalada a Europa que continua e vai continuar a depender de tudo e mais alguma coisa de lá, os EUA vão tentando libertar-se e ficam como único objectivo de luta no curto e médio prazo pois, no longo prazo, é uma incógnita neste momento.
E considero que são uma incógnita porque a próxima “guerra eleitoral” por lá vai-se caracterizar por muito do que classificarei um pouco abusivamente como “lateral thinking”, isso aliàs já começou a acontecer com a chegada â ribalta de discussões de temas que parecem não ter muito a ver com os reais problemas que enfrentam (mas têm).
Ainda a propósito de "dependências europeias".
Tenho um carro europeu com quase 7 anos e 70 mil kms de uma marca respeitável.
Neste tempo todo só avariou um sensor vulgaríssimo de cerca de 100€ há tempos (*), lá acendeu a “infame” luz amarela do motor, que pode ser muitíssimo grave (o catalisador “pifado”, por exemplo) ou não ser nada (até o tampão do depósito de combustível mal fechado pode ser).
Existia a peça? Sim, mas não se sabia quando.
Estava esgotada cá, nos armazéns centrais na periferia de Madrid também, vinha da China onde a fábrica que os faz só fazia aquele modelo durante 3 meses por ano e lá é que podia haver stock, iam pedir.
Acabei por ter muita sorte, só esperei 15 dias, lá terão descoberto um algures, decerto que alguém no Comité Central se terá preocupado com o meu problema.
Claro que o carro continuava a andar normalmente porque está concebido para que o resto do motor compense aquela “falha”, mas aquela luz acesa é bastante irritante.
No entanto a única luz amarela num carro a que temos que dar atenção imediata é a da reserva de combustível...
(*) Claro que avariou 2 meses depois de acabar a garantia, que eu até tinha "estendido" a 4 anos, isso é o tipo de situação que nunca falha, vá lá que não foi grave.
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