terça-feira, janeiro 19, 2021

Uma pátria de sábios

O tanto que por aqui se aprende sobre o que “se deve fazer” para combater a pandemia! Terá havido cursos, nestes meses, para toda esta gente?

A minha dúvida é já a minha pena: quando a pandemia acabar, o que irão fazer estes grandes especialistas? Incêndios? Novo aeroporto? TGV?

9 comentários:

SCarvalho disse...

Podem ir todos para o raio que os parta, que a nossa sanidade mental agradece.

jose duarte disse...

Convém não esquecer que muitos dos opinadores são mesmo especialista da área da medicina e afins. "Nascem debaixo das pedras" e, muitos, não tem a humildade e honestidade inteletual para falarem da pandemia com serenidade e pedagogia,deixando o resto para quem deve tomar as decisões.
Basta ouvir o "sr. bastonário da ordem dos médicos" para ficarmos esclarecidos que, o dito sr, com letra pequena,não faz outra coisa senão fazer parte do problema e nunca o ouvir falar sobre , por exemplo que medidas ele acha que??Com que vantagens, com que propósito e.. ?? Está carregado de agenda politica, ponto.Virou um verdadeiro sindicalista.

maitemachado59 disse...

Mas a Ordem dos medicos nao e um sindicato? Entao...

maitemachado59

josé ricardo disse...

Pela minha parte, sr.embaixador, vou continuar a fazer - com menor brilhantismo, é certo - mais ou menos o que o senhor embaixador faz: opinar.

Lúcio Ferro disse...

Em casa onde abunda covid, todos falam e ninguém tem razão. Será?

Francisco Seixas da Costa disse...

José Ricardo. Posso falar sobre várias coisas, mas, até agora, não me viu entrar em áreas técnicas onde não tenho competência. E a pandemia é uma delas.

carlos cardoso disse...

Senhor embaixador, desta vez discordo: a pandemia não é uma área técnica, é uma área política.
É uma área política porque o governo tenta equacionar as consequencias políticas do conjunto de medidas técnicas que toma. O facto de essa leitura estar sempre a variar explica que as medidas também estejam sempre a variar, o que contribui para uma certa confusão entre os cidadãos. Se o combate à pandemia fosse apenas uma questão técnica, qualquer governo, por pior que fosse, não teria dificuldade em implementar as medidas mais adequadas. O que não é o caso, nem aqui, nem em qualquer outro lugar.
Em termos matemáticos, na equação do combate à pandemia, não se pode maximizar uma as variáveis (por exemplo o número de novos infectados) sem ter em conta as consequencias para as outras variáveis (por exemplo as falencias, o desemprego, a educação, as outras doenças, as finanças e a imagem do governo). O equilíbrio resultante parece-me eminentemente político!

Jaime Santos disse...

Bem, Senhor Embaixador, eu enfio a carapuça, muito embora não seja completamente ignorante relativamente à dinâmica das epidemias. Mas quem quiser saber se estou certo ou errado basta consultar as fontes, se estiver interessado, claro.

Agora, francamente, ter que aturar os disparates do Luís Lavoura que diz que não nos temos que preocupar, porque afinal isto deriva do tempo seco e coisa e tal, e não há nada a fazer senão deixar os velhinhos morrer, porque morreriam de qualquer maneira, tira-me do sério.

Isto dito, percebo bem o dilema dos responsáveis políticos, António Costa à cabeça, que precisam de balancear os diferentes interesses em causa de modo e encontrar um ponto de equilíbrio falhando a maior parte das vezes, como é próprio de quem toma decisões em contexto de incerteza. Aliás, se a incerteza não existisse não precisaríamos de decisões ou sequer de valores.

Mas para isso é que elegemos políticos e não tecnocratas.

aguerreiro disse...

Por mim iam vender "línguas de sogra" nas praias e romarias e depressa se comprovaria a competência, pois no que respeita à pandemia demonstraram TODOS uma supina ignorância. Nenhuma das muitas "dicas" acertaram no alvo! Nem tampouco no negro!

João Miguel Tavares no "Público"