As eleições presidenciais tiveram lugar há uma semana.
Acabaram mesmo? Anda-se pelas ruas do país e aí estão cartazes e mais cartazes, a poluir a paisagem, uns em cima dos outros. Ninguém obriga ninguém a retirar esse lixo. Há uma cobardia política coletiva que impede que acabe com esta vergonha!
Em Lisboa, no Marquês, no Saldanha ou no Campo Pequeno, é um mar de placards políticos. Já experimentaram ver se isso acontece na Praça da Concórdia, em Paris, na Trafalgar Square, em Londres, na Times Square, em Nova Iorque, ou junto ás portas de Brandeburgo, em Berlim?
Num livro há semanas publicado, um dirigente de um grupúsculo confessou que passou horas a andar de carro, para tentar encontrar um lugar “vago” para colocar um cartaz do seu bando. E até escreveu que achava a lei atual, na matéria, demasiado permissiva. Acabou por pôr o cartaz numa via rápida, embora com receio manifesto de criar acidentes.
Noutro episódio, contou que encontrou um lugar que achou adequado mas que a empresa de publicidade achou dasagradável ter de cortar vegatação para permitir a implantação do placard.
Aconteceu-lhe alguma coisa? Foi multado? Qual quê! A selva da propaganda política permite isto! E o conluio objetivo das autoridades faz o resto.
3 comentários:
Basta dizer que é lixo, que polui, que deve ser retirado depois das eleições
penso que não seria preciso o tal
"...Já experimentaram ver se isso acontece na Praça da Concórdia, em Paris, na Trafalgar Square, em Londres, na Times Square, em Nova Iorque, ou junto ás portas de Brandeburgo, em Berlim?.." como se não tivéssemos capacidade de verificar por nós próprios
haja saúde :)
Em Lisboa, no Marquês, no Saldanha ou no Campo Pequeno, é um mar de placards políticos. Já experimentaram ver se isso acontece na Praça da Concórdia, em Paris, na Trafalgar Square, em Londres, na Times Square, em Nova Iorque, ou junto ás portas de Brandeburgo, em Berlim?
A comparação do Marquês, do Saldanha e do Campo Pequeno com as portas de Brandenburgo é totalmente desadequada. As portas de Brandenburgo são um monumento histórico e cultural, muito visitado por turistas. O Marquês, o Saldanha e o Campo Pequeno são apenas praças vulgares, pejadas de automóveis e sem qualquer valor cultural.
A questão é: não se paga (a uma agência de publicidade, por exemplo, a qual por sua vez paga à Câmara Municipal) para se expôr um cartaz na cidade?
Se se pagasse um certo valor em função do tempo que o cartaz lá está, então certamente que ele seria retirado ao fim desse tempo.
No metropolitano ou nas paragens de autocarro também há publicidade, mas ela nunca fica lá muito tempo: finda a campanha publicitária, ela é retirada pela empresa publicitária.
Era assim que deveria ser, também para as campanhas políticas.
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