Telefonou-me há pouco o meu barbeiro. Para saber como eu estava. Na realidade, quem me telefonou foi o meu amigo Joaquim Pinto, que, há décadas, é o meu barbeiro, ali no Apolo 70.
(Diz-se cabeleireiro de homens, mas eu habituei-me assim, e ele não se importa).
É muito bom ver a nossa vida pontuada por gestos simples desta natureza, de gente com a qual, de um relacionamento que começou por ser profissional, passou há muito a haver uma amizade.
Quando vou ao meu barbeiro - e que precisado que estou, por estes dias! - sei que vou conversar com um amigo. Nunca falamos de política nem de futebol, falamos da vida e dos amigos comuns. Esta é também a Lisboa que me faz muita falta! Lá virá!
4 comentários:
Concordo inteiramente.
O senhor Pinto é inexcedível na simpatia e na qualidade de corte.
Sempre que estou em Lisboa vou lá.
É uma pessoa séria e correcta, com que tenho prazer em falar.
Muitos parabéns pelo post.
Um grande abraço ao senhor Pinto desde Caracas.
Licínio Bingre do Amaral
Coitados dos barbeiros e cabeleireiros. Estão a sofrer bem mais que os seus clientes. Sem poderem trabalhar, de que viverão?
Como gostava de ir ao " Figaro" ....Infelizmente, falta o principal...porque tudo o vento levou...
Com lojas de "higiene pessoal" abertos, sabe-se lá o que sejam, e sem cabeleireiros, é limitar a faixa etária mais necessitada de uma comodidade e, quiçá, de uma bem essencial e de higiene.
Haverá muitas senhoras que já não têm capacidade para uma lavagem do cabelo em casa. Os homens também sofrem, mais é mais para cortar o pêlo.
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