terça-feira, março 24, 2020

Cabelo e amizade


Telefonou-me há pouco o meu barbeiro. Para saber como eu estava. Na realidade, quem me telefonou foi o meu amigo Joaquim Pinto, que, há décadas, é o meu barbeiro, ali no Apolo 70.

(Diz-se cabeleireiro de homens, mas eu habituei-me assim, e ele não se importa).

É muito bom ver a nossa vida pontuada por gestos simples desta natureza, de gente com a qual, de um relacionamento que começou por ser profissional, passou há muito a haver uma amizade.

Quando vou ao meu barbeiro - e que precisado que estou, por estes dias! - sei que vou conversar com um amigo. Nunca falamos de política nem de futebol, falamos da vida e dos amigos comuns. Esta é também a Lisboa que me faz muita falta! Lá virá!

4 comentários:

Anónimo disse...

Concordo inteiramente.

O senhor Pinto é inexcedível na simpatia e na qualidade de corte.

Sempre que estou em Lisboa vou lá.

É uma pessoa séria e correcta, com que tenho prazer em falar.

Muitos parabéns pelo post.

Um grande abraço ao senhor Pinto desde Caracas.

Licínio Bingre do Amaral

Luís Lavoura disse...

Coitados dos barbeiros e cabeleireiros. Estão a sofrer bem mais que os seus clientes. Sem poderem trabalhar, de que viverão?

Joaquim de Freitas disse...

Como gostava de ir ao " Figaro" ....Infelizmente, falta o principal...porque tudo o vento levou...

hmj disse...

Com lojas de "higiene pessoal" abertos, sabe-se lá o que sejam, e sem cabeleireiros, é limitar a faixa etária mais necessitada de uma comodidade e, quiçá, de uma bem essencial e de higiene.
Haverá muitas senhoras que já não têm capacidade para uma lavagem do cabelo em casa. Os homens também sofrem, mais é mais para cortar o pêlo.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...