sábado, março 28, 2020

Não poupemos nas palavras

Estão a aparecer aí pelas redes sociais muitos “holandeses”, de extração doméstica. Foram os mesmos que “compreenderam” os “verdadeiros finlandeses”, há uns anos. Não aprenderam nada, apesar das lições que entretanto levaram. São moralmente uns trastes, não poupemos nas palavras.

7 comentários:

Jaime Santos disse...

Pode-se, claro, discordar da posição de Costa e até dar razão à posição do Ministro das Finanças Holandês, de que um País numa meio de um drama humano como não se via à gerações, deva ser investigado por não ter dinheiro para investir no seu sistema de saúde. Só que secundar uma tal posição repugnante coloca essa pessoa bastante abaixo de ser um mero traste.

E depois, se Costa não é muito popular em Haia, deve ser bastante popular em Madrid e Roma por estes dias (os jornais espanhóis não se cansaram de o citar). E assim como assim, a população combinada desses dois países são quase 100 milhões de pessoas. A Holanda só tem 16 milhões...

Se houve alguém que defendeu e defende o projecto europeu perante a mesquinhez de alguns, essa pessoa é António Costa, o que me faz sentir ainda mais orgulho de o ter como PM. Imagino o que seria Passos Coelho a baixar as calças...

Anónimo disse...

Eu já tinha dito que, os mesmos que andavam a cascar forte e feio na desorganização e indisciplina italianas, mal aparecessem umas bocas vindas do "norte", mudavam logo de discurso. Ora, aí estão eles.

jorge rocha disse...

Tanto quanto sei do que se passa em Haia, através da minha tribo aí residente, as simpatias dos próprios holandeses relativamente ao governo andam muito mitigadas pela forma como se tem comprotado durante esta crise. E que explicam porque os números de infetados e de mortos têm uma escala avassaladora...

Jaime Santos disse...

Pode o anónimo das 10:55 indicar-nos quem é que criticou a indisciplina e desorganização italianas e que depois de foi pôr ao lado da Itália e da Espanha? Não ouvi ainda ninguém a dizer isso. O sacrifício dos médicos italianos é digno do de santos, como disse o Papa Francisco. Nem mais, nem menos...

Outra coisa são aqueles, italianos, espanhóis e portugueses (e etc) que saem para a rua mais do que o estritamente necessário, colocando toda a gente, a começar pelos mais velhos e pelos médicos, em risco. Mas, perfídia eventual (e suicidária) à parte, isso não faz deles trastes, e sim meras cavalgaduras...

Anónimo disse...

Ó Jaime Santos, acorde!!!

António disse...

Mas não competia aos espanhóis “comprar essa briga”?

Renato Rodrigues Pousada disse...

Não não só aos espanhóis... Competia também aos italianos por exemplo. E aliás o governo italiano não foi muito de papas na língua durante a conferência inter-governos... Se bem que infelizmente isso é só um outro indicador dos problemas que afligem esta nossa União Europeia... Se a gestão foi sempre económica é quase natural que países com as contas em "ordem" vão dizer isto e até pior... Acham que esses políticos querem pagar a divida publica italiana, espanhola, grega e portuguesa com os dinheiros dos seus contribuintes numa situação em que será necessário investir neles próprios com o risco de serem acusados no futuro de terem ajudado os "spendacioni" do sul quando em casa havia problemas? É o querem... Nem por sonhos... Afinal não é esse o tema dos nacionais populistas? Cada em sua casa, Nós primeiro? Ora bem aí está o resultado...

Como disse Romano Prodi, no outro dia, o velho presidente da comissão europeia e um dos primeiro ministros mais capazes que tivemos por estes lados (apesar de grande parte dos italianos não o reconhecer por questões de "lana caprina" antecedentes) vivemos num estado de governo barométrico... Seguir a alta pressão popular é essencial... E os governos de uma nação não se podem comportar desse modo... é necessário lançar o coração para além do obstáculo, tentar ver o futuro daqui a dez ou vinte anos e preparar as coisas nessa direcção.. Mas como nós também somos barométricos... é normal sermos governados por governos barométricos... Afinal temos que eleger alguém que nos prometa os mundos e fundos e eles querem ser eleitos quão fácil é prometer esses mundos e fundos... ou não?
Lá para as "calendas gregas" como aqui se diz para dizer uma coisa inexistente...

Renato (de Roma)

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...