sexta-feira, março 27, 2020

Países Baixos


Um dia, em Salvador da Bahia, no Brasil, à saída do Hotel Convento do Carmo, uma unidade das Pousadas de Portugal, dirigida pelo grupo Pestana, dei com esta bela placa. Nela se comemora a derrota dos holandeses, no termo da sua frustrada tentativa de dominar o Brasil. Verdade seja que o Portugal desse tempo vivia o “tempo dos Filipes”...

A maior ironia é que, em frente ao edifício onde está afixada esta placa, estava (está?) instalado o Consulado da Holanda - ou dos Países Baixos, como agora querem ser chamados, porque acham que o primeiro nome tem má fama.

Coitado do Cônsul! Numa cidade tão grande, logo haviam de pôr o seu escritório junto a um local onde se consagra a humilhação do seu país.

Por que diabo me terei lembrado disto hoje?

6 comentários:

Mal por Mal disse...

O holandez nem se preocupa com qualquer coisa escrita em portugues, moderno, quanto mais naqueles rabiscos estranhos, em portugues.

Anónimo disse...

Muito bom. Mas os Filipes eram Reis de Portugal e não de Espanha, título que nunca usaram. É claro que a política externa era a que interessava aos reis, e não necessariamente aos diversos reinos de que eram soberanos, que além de outros da Ibéria incluía muitos outro n a Europa. Incluindo os Países Baixos
Fernando Neves

Anónimo disse...

Coincidência dos diabos ... Consul que se preze teria pedido ao seu País para mudar o escritório de sítio . Ou seria um cônsul honorário , talvez mesmo brasileiro ? Nesse caso o escritório até poderia ser na sua própria casa ... e a placa plantada em frente até lhe dava um certo gozo ... não sei , digo eu ...

Anónimo disse...

A posição em relação a Espanha ainda vem da azia por terem sido colónia espanhola...
João Bacelar

Anónimo disse...

Portugal não era uma colónia de Espanha, mas sim um Reino cujo rei era o mesmo rei de Espanha.

Anónimo disse...

Segundo tenho lido, com a "rendição" levaram bom dinheirinho!!!

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...