segunda-feira, março 30, 2020

Rui Rio


Há pouco, Rui Rio deu uma entrevista à RTP. 

Em 2017, escrevi por aqui isto:

Numa postura de Estado que muito ajudou a formatar a sua imagem pública de rigor e seriedade, Rio nunca foi conduzido aos caminhos da política “politiqueira”, como a que, por exemplo, procurou explorar demagogicamente a tragédia dos incêndios. Por outro lado, foi sempre um defensor de pactos de regime, sobre grandes temáticas de interesse público, não favorecendo o confronto artificial com o outro lado do espetro político.

Em 2018, num artigo no JN, escrevi isto:

Rio deu, desde o primeiro momento, sinais de querer introduzir uma nova atitude no debate político: não fazer oposição só para mostrar que está contra o “outro lado”, criticar apenas quando tem razões para tal, apoiar quando entender que o adversário esteve certo, caminhar sempre que possível no sentido de compromissos de regime. Todos concordarão que esta atitude introduz uma clivagem clara no modo de estar dos líderes partidários portugueses - e não só no PSD.

Não me arrependo do que escrevi.

4 comentários:

dor em baixa disse...

Para complicar a questão, falta acrescentar um parágrafo. Respeita à postura que adoptou durante a última campanha, quanão o caso de Tancos deu mais um passo.

Anónimo disse...

Um político na oposição a afirmar-se sem ser esganiçado, nem ter que se por em bico de pés.
PS- Ridículo. Mais um entrevistador que quer ser o entrevistado. "Porque no te callas".

Anónimo disse...

Tenho a melhor das opiniões sobre Rui Rio! De facto é como diz um homem que coloca os interesses do país acima de ideologias e politiquices. Temos que acreditar e ter esperança...

josé ricardo disse...

E o mais importante, a encimar todos o pontos de vista, é que com este tipo de postura, é o país que fica a ganhar. Rio é um político que aprendeu com alguns erros comportamentais aquando da sua passagem pela presidência da Câmara do Porto. Digamos que está - é - um político diferente. Faz-me lembrar um pouco o estafado argumentário da idade usado contra o Mário Soares quando este decidiu candidatar-se, pela terceira vez, à Presidência da República contra Cavaco Silva. O que se viu, afinal, é que o velho era o mais novo (Cavaco) e o mais velho era o o mais novo (Soares). É que isto das idades tem que se lhe diga. Com Montenegro à frente do PSD, lá teríamos um novo-velho. Cheira-me que lá pra os lados do CDS a coisa não andará muito longe...

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