Contrariamente ao que acontece em outros países, não há, em Portugal, uma tradição de regular utilização de funcionários diplomáticos credenciados em outras áreas de atividade, onde sejam aproveitados a sua experiência e o sentido de Estado que a profissão, quando bem exercida, neles ajudou a sedimentar. Por essa razão, e contrariamente a algumas invejas que, por vezes por aí deteto, eu só me felicito quando vejo colegas a ser escolhidos para outras funções, públicas ou privadas. Esses convites, para além da sua natureza pessoal, acabam, indiretamente, por ser um elogio à própria função diplomática.
Vem esta nota a propósito da escolha, pelo presidente da República, do embaixador Pedro Catarino como ministro da República para os Açores. Pedro Catarino é um nome que honrou a carreira em todos os lugares onde exerceu funções, de que destaco as tarefas como embaixador em Pequim e Washington e, em particular, de representante permanente na ONU, onde foi o principal responsável pela campanha que conduziu Portugal ao Conselho de Segurança, em 1997.
A sua seleção para um lugar com a delicadeza institucional de ministro da República numa região autónoma constitui o claro reconhecimento das suas qualidades. Nada que nos surpreenda, mas algo com que as Necessidades se devem regozijar.
Deixo aqui um forte abraço ao Pedro, com votos de boa sorte.
3 comentários:
Já somos dois.
Sublinho o papel importante do Embaixador Pedro Catarino no processo de negociações com a RPC para a transição de Macau.
João Queiroga
Concordo a 110%. O meu abraço de parabéns para o Embaixador Pedro Catarino.
Simeão Pinto de Mesquita
Enviar um comentário