O que nos últimos dois dias se passou com as equipas portuguesas envolvidas nas competições europeias consagra uma tendência que, ano após ano, dá ideia de se acentuar. Parece hoje evidente que o futebol português, a nível de clubes, revela uma capacidade cada vez mais limitada de afirmação no plano internacional. Os clubes nacionais - mais uns do que outros, naturalmente - tendem a “cair” cedo nas provas onde intervêm e começam a afastar-se inexoravelmente de “potências” de países como a Alemanha, a Inglaterra, a Espanha, a Itália ou a França. Portugal continua a ter excelentes condições para “produzir” magníficos jogadores, mas o poder económico dos seus clubes, mesmo os mais poderosos, revela-se incapaz de os “segurar”. Assim, com alguma arte e organização, o nosso país poderá continuar a ter seleções nacionais competitivas, constituídas com os melhores dos seus jogadores que atuam no estrangeiro, mas o destino parece apontar inexoravelmente para que, cada vez mais, os clubes portugueses venham a ficar distantes do grandes troféus europeus. É pena, mas é assim!
10 comentários:
2080,
O presidente Varandas lamenta a caída do Sporting à última divisão dos distritais. O facto é irrelevante, já que o clube e a sad decidiram declarar insolvência. Os 16 sócios remanescentes do clube manifestaram ruidosamente a sua indignação ontem à noite à frente do campo do clube no pelado da Hortinha, habitualmente arrendado pelo Alhandra Sporting Clube, embora com pagamento da renda em atraso já há 5 anos.
Porém, Rogério Alves não vê razões para convocar uma AG de destituição.
A redacção contactou os notáveis Dias da Cunha, já com 150 anos, Vítor Espadinha e o alpaca das arábias e há unanimidade na análise: "a culpa é da pesada herança e o presidente deve continuar a corajosa luta contra os 3 elementos da claque que se recusaram a despir totalmente no último jogo do clube. Quem não deve não teme, e a verdade é que graças a esta política de controlo rigoroso é que não se vê pirotecnia há 60 anos no estád... no coiso."
São os efeitos das transmissões televisivas globais sobre o futebol.
Havendo transmissões televisivas globais, as pessoas tendem a concentrar-se nos melhores campeonatos e nos melhores clubes, e a abandonar a "prata da casa".
Por exemplo, o meu filho mais novo, que é um fanático de futebol, é adepto do Bayern de Munique. Está-se nas tintas para os clubes portugueses. E tem razão: para que há de ele estar a torcer por clubes de qualidade inferior, quando pode ver todos os jogos de um clube de qualidade superior (e dos seus adversários diretos)?
Nestas condições, cada vez mais, a atenção, a publicidade e o dinheiro em geral abandonam os clubes dos campeonatos mais fracos, e concentram-se nos dos mais fortes.
Muitos outros países europeus da nossa dimensão (Holanda, Chéquia, Hungria, Sérvia, Bélgica, etc) também já não têm qualquer representante na Liga Europa.
Os países de dimensão média que ainda os têm são Suíça, Dinamarca, Áustria, Grécia e Escócia.
Já aqui escrevi a respeito da parolice que é o futebol português. Deixo a pergunta: qual o pais da Europa que tem 90% dos adeptos afetos a 3 clubes? O futebol é a vertente da sociedade portuguesa menos democrática que existe. Horad e horas a debaterem 3 clubes. E a debatetem nada, o grau zero do debate. Já escrevi: os chamados 3 geandes só atrapalham. Tirando estes clubes, o campeonato era muito competitivo, que é o que falta a estes clubes, os quais, lã fora, não são tão mimados. Outra coisa que ouvi ontem, a rexpeito da disparidade das receitas televisuvas. 16 vezes mais dos prime europa varia entre 1.6 e 2. Tal.iros classuficados e os últimos. Na
A França é uma potência a nível de clubes?
Estive a dormir a sesta e acordei num mundo diferente...
Senhor Embaixador: acho que foi um pouco injusto na sua análise. Senão, veja:
- Temos dos melhores jogadores da Europa (a jogarem lá fora, é verdade...);
- Temos dos melhores negociadores de jogadores de futebol da Europa;
- Temos dos melhores organizadores de coisas do futebol (ou está esquecido de que até fizemos dez estádios de futebol para o Europeu?);
- Temos a melhor cobertura televisiva da Europa das coisas do futebol;
- Temos dos melhores programas de televisão sobre futebol;
- Temos um naipe enorme e bem informado (e melhor formado) de comentadores de futebol;
- Temos uma quantidade invejável de jornais desportivos (quer, dizer, de futebolês...);
- Temos dos melhores adeptos e das melhores claques de apoiantes das nossas equipas (aqui não adjectivo pode a coisa sair-me perigosa....);
- Temos dos melhores dirigentes de futebol da Europa, especialistas em falências de empresas e em fugas ao fisco;
- Temos uma das melhores selecções da Europa.
E o Senhor embaixador ainda queria que tivéssemos umas das melhores equipas da Europa?
É que não se pode ter tudo...
JC
Senhor Embaixador: acho que foi um pouco injusto na sua análise. Senão, veja:
- Temos dos melhores jogadores da Europa (a jogarem lá fora, é verdade...);
- Temos dos melhores negociadores de jogadores de futebol da Europa;
- Temos dos melhores organizadores de coisas do futebol (ou está esquecido de que até fizemos dez estádios de futebol para o Europeu?);
- Temos a melhor cobertura televisiva da Europa das coisas do futebol;
- Temos dos melhores programas de televisão sobre futebol;
- Temos um naipe enorme e bem informado (e melhor formado) de comentadores de futebol;
- Temos uma quantidade invejável de jornais desportivos (quer, dizer, de futebolês...);
- Temos dos melhores adeptos e das melhores claques de apoiantes das nossas equipas (aqui não adjectivo pode a coisa sair-me perigosa....);
- Temos dos melhores dirigentes de futebol da Europa, especialistas em falências de empresas e em fugas ao fisco;
- Temos uma das melhores selecções da Europa.
E o Senhor embaixador ainda queria que tivéssemos umas das melhores equipas da Europa?
É que não se pode ter tudo...
JC
Portugal tem um futebol ao nível da 2ª Divisão inglesa, a contar de baixo. É um facto!
já houve quem comentasse que se trata de estratégia para não ter que viajar e evitar contágios, mas eu não acreditei!
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