sábado, fevereiro 15, 2020

A igreja e o referendo

A igreja tem todo o direito de expressar a sua oposição à eutanásia. Surpresa seria se o não fizesse. O que é estranho é que, depois de ter afirmado no passado que “a vida não se referenda”, surja agora a apelar ao referendo quando percebe que a relação parlamentar de forças lhe é desfavorável.

5 comentários:

Luís Lavoura disse...

Realmente, isto de pôr o povo a pronunciar-se sobre as leis de Deus, é muito pouco católico...

Jaime Santos disse...

A igreja, como o PCP, Luís Lavoura, caracteriza-se pela máxima flexibilidade tática e pela máxima rigidez estratégica. Se o referendo for o único escolho para a aprovação da Lei, pois que venha ele. Se existisse algum impedimento constitucional à eutanásia e a única forma de o remover fosse fazer um referendo, seriam todos contra ele dizendo precisamente que a vida não se referenda...

Anónimo disse...

Bem! será que a igreja não pode agora mudar de opinião, como acontece com qualquer outra instituição e organização?
Criminoso é o facto de os partidos políticos durante as campanhas eleitorais não sejam sérios e não refiram os reais ideais que defendem e os projetos que efetivamente irão implementar se forem eleitos, em vez de, e de acordo com as agendas para negociatas (como é o caso com o bloco de esquerda para garantia do aprovamento do OE) introduzirem assuntos com tiques de autoritarismo!
É por estas e outras que os portugueses apresentam das maiores taxas de abstenção nos processos eleitorais e, é por estas e outras que se conclui que os partidos políticos não são entidades de bem!

Anónimo disse...

Não precisam sequer de se incomodar porque o Tribunal Constitucional vai resolver o assunto da maneira mais óbvia: declarar a lei do PS inconstitucional. Isto se dois mais dois continuarem a ser quatro...

Luís Lavoura disse...

Anónimo

Não precisam sequer de se incomodar porque o Tribunal Constitucional vai resolver o assunto da maneira mais óbvia: declarar a lei do PS inconstitucional.

Também creio que será isso que acontecerá.

Há uma alternativa: a lei entra em vigor, mas é sabotada na sua aplicação prática pelos médicos, que se recusam a colaborar na eutanásia de seja quem fôr.

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