sábado, fevereiro 15, 2020

Os ministros de Salazar


Há dias, estava a almoçar com um amigo num certo local de Lisboa e fiz-lhe notar que, ao nosso lado, estava um antigo ministro dos governos de Salazar. Era Pedro Soares Martinez, ministro da Saúde em 1962/63, hoje com 94 anos. 

Interrogámo-nos então sobre quantos mais colaboradores políticos do ditador de Santa Comba ainda existiriam. E concluimos que seriam apenas Adriano Moreira, ministro do Ultramar (1961/63), com 97 anos, e Mário Júlio de Almeida Costa, ministro da Justiça (1967/73), com 92 anos.

Ontem, outro amigo lembrou-se de João Dias Rosas, ministro das Finanças (1968/72). É tio do historiador Fernando Rosas e, na segunda-feira, faz 99 anos. São assim quatro, esses antigos ministros do Estado Novo.

Para que é que isto interessa? Para nada. Ou melhor, para a curiosidade de pessoas como eu, para os amadores de trívia.

8 comentários:

Anónimo disse...

Soares Martinez foi ministro 30 dias! Porquê porque o primeiro acto como ministro foi demitir da Misericórdia o inimigo Joaé Guilherme Mello e Castro. Salazar não gostou e disse a Mello e Castro: não tenho poder para desfazer o acto do Ministro mas quero informá-lo que este já pediu a sua demissão.
João Vieira

Francisco Seixas da Costa disse...

Errado, João Vieira. Foi ministro de 4.12.62 a 15.10.63.

Anónimo disse...

Soares Martinez foi meu professor na Faculdada de Direito de Lisboa e não me deixou saudades. Por várias razões. Ao tempo dele conviveram os Pides e "Gorilas" naquela Faculdade. Quando uma boa parte dos estudantes da altura, onde me incluía, pugnava pela Democracia e era contra a Ditadura e a Guerra Colonial.

jose manuel vasquez disse...

Também ainda está vivo o Dr. Rui Patrício, último MNE do consulado do prof. Marcelo Caetano. Fará, este ano, 88 anos.

Francisco Seixas da Costa disse...

Ze Manel Vasquez. Eu só falei de ministros de Salazar

Obelix disse...

Também ia mencionar o Dr. Rui Patrícioque encontrei há tempos na Versailles mas já vi que alguém se antecipou.

Anónimo disse...

Se foram dez meses a minha estória fica com um décimo da graça!

Anónimo disse...

Talvez Siares Martinez tenha ficado um mês depois de demitir Mello e Castro: recuperava a graça!
João Vieira

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