E dos ecos que trazem à lembrança,
Dessas canções de frança e aragança
Que são só sons que cobrem, como um manto,
O que têm que cobrir, porque, entretanto,
Já há, profissional, uma ordenança
A recolher em fichas, sem parança,
O tom, o cheiro, o muco, do seu pranto
Que cante, e dance, e viva, e morra, e vibre,
Que se desdobre em nervos e minutos,
E seja para sempre eterno e livre
O grito que se ergueu irresoluto
Desse sítio onde o corpo se coíbe
E súbito triunfa do seu luto.
E súbito triunfa do seu luto.
Manuel Resende
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