Estão criadas as condições para que os próximos meses sejam preenchidos pelas polémicas do futebol. Os panfletos clubistas, que por cá fazem o papel de imprensa “desportiva”, e as televisões - infelizmente, todas elas - vão servir de palco a intermináveis debates, teorias conspirativas e acirramento dos confrontos. Se o país se quer maniqueu, que havemos de fazer? Podia-lhe dar para pior. Assim, dá-lhe para a bola.
7 comentários:
Nao é por acaso que se classifica no 3° lugar no primeiro texto de hoje do blogue do Senhor Embaixador..."Peaceful country=crazy country....poor country.
Nao é por acaso que Portugal se classifica no 3° lugar no segundo texto do blogue do Senhor Embaixador: Peaceful country=crazy country=poor country.
Eu diria que maniqueísmo por maniqueísmo, o da bola é o melhor, porque é o mais inconsequente e depois começa tudo de novo a zero em Agosto (com os sportinguistas sempre de mãos quentes, a dizerem que para o ano é que é, desculpe a provocação).
Muito embora caiba lembrar que Ventura se tornou conhecido pelo futebol...
Já não há "pachorra "para aturar os futeboleiros. Seria uma útil válvula de escape, mas o problema é a transformação acelerada numa máfia incontrolável.
Portanto, se bem percebo o Sr. Joaquim de Freitas, se fossemos um país assim mais ao estilo do Brasil, que também é maluco por bola, note-se, se calhar seríamos mais ricos e mais felizes...
Não é o futebol a causa dos nosso atraso e é bem mais agradável ver as pessoas agarradas aos jornais desportivos (ou à televisão) do que aos tablóides que se metem na vida privada dos outros, violam o segredo de Justiça e andam a reclamar por um Salvador da Pátria, para dar a volta a isto... No Reino Unido não há jornais desportivos...
Aliás, em tempos a Bola foi um jornal onde pontificavam excelentes valores jornalísticos... E digam o que quiserem do Rui Santos e dos seus fatos foleiros e mau cabelo, o homem percebe do que fala (quando fala de futebol, bem entendido) e nunca o vi a ser mal-educado...
E, finalmente, o futebol é o reino da absoluta meritocracia, onde quem não tem talento e não trabalha, não tem lugar, e quem tem e se esforça chega longe, independentemente de onde veio.
Faz mais pela integração e contra o racismo do que todas as campanhas governamentais juntas...
Não há pachorra para o futebol em Portugal, o qual atinge inconformáveis sintomatologias patológicas. Ainda este fim de semana disse que os três grandes (os três grandes!... Que expressão!... Os três grandes!... E convivemos alegremente com isto!...) estão a mais, estragam o campeonato e o futebol. Seria tudo mais saudável se estes clubes não existissem. Seria, no fundo, um campeonato como os outros: democrático (nas televisões e afins), emotivo e competitivo.
Esta religiosidade futebolística atinge mesmo as mais racionais individualidades, como, por exemplo, o autor deste blogue. Não consigo entender. De facto, não sou mesmo tocado pela fé, por qualquer religiosidade, seja ela hagiologia ou futebolística.
Panem et circenses, já dizia o outro...
carlos cardoso
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