quarta-feira, agosto 14, 2024

"Jornalismo"

A imprensa que se dedica a coscuvilhar os rendimentos dos políticos - os seus depósitos, casas, dívidas, carros, etc - não é inocente: sabe muito bem que, sob o hipócrita alibi da transparência, está a deitar achas de inveja na fogueira de ressabiamento miserabilista, de que se alimenta o populismo mais reles. No fundo, esse "jornalismo" sabe que contribui para que cada vez seja mais difícil que gente qualificada aceite exercer cargos públicos.

6 comentários:

hmj disse...

Senhor Embaixador:
A "Imprensa" como coveira da Democracia. O papel e ainda mais a TV vendem inverdades a uma população cada vez mais acrítica. Pena é que haja tantos apoioantes apostados na degradação do bem comum, até de renome, sem o mínimo de vergonha.

manuel campos disse...

Totalmente de acordo.
Mas o ressabiamento miserabilista não precisa de ser muito alimentado por aí, um excelente gestor com anos de experiência sempre foi imolado na praça pública ao ganhar por ano o que um razoável jogador de futebol da 1ª Liga ganha por mês.
E esta "compreensão" pelo último até costuma vir mais
daqueles a quem sobra sempre mais mês que vencimento.

Joaquim de Freitas disse...

Cada vez que leio o discurso dum « populista », vejo alguém, figuras políticas como partidos, que afirmam ser os porta vozes desta classe, embora na maioria das vezes pertençam às classes sociais mais altas.

Ora “plebs” em latim, e “populus” não significam a mesma classe.

O Povo Romano (populus Romanus) incluía toda a comunidade de cidadãos adultos do sexo masculino, mas excluía mulheres e crianças, bem como escravos e estrangeiros.

Os estrangeiros, aos quais seriam hoje integrados os “sem papeis” , migrantes ou refugiados do vasto mundo decimado pelas guerras do Ocidente, foram sempre descritos como a”plebe”, transformada nos países desenvolvidos como um “lumpen proletariado degenerado”.

É portanto um vasto mundo que vive com os olhos em cima “das classes superiores” . Por inveja? Ou por não ter tido direito às alavancas que lhe teriam permitido escapar ao “populismo » ou ao menos ao « miserabilismo »..?

Antonio costa disse...

penso que estará em causa a qualidade da investigação a qualidade profissional jornalistica . Como a classe a soldo está identificada ,,só resta o quê?...

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

A maior graça é que alguns são incensados, curiosamente os que andam de mãos dadas com a falta de escrúpulos e o enriquecimento ilícito, aí o bom povo que vai nas suas cantigas também direciona o azimute da inveja para aqueles que eles acham que vivem como lordes à conta do Estado, os subsídio-dependentes.

Carlos disse...

O tom das críticas as novas regras esconde mal um voyeurismo invejoso e a maledicência popular. Ainda me lembro do espectáculo indecoroso oferecido por algum “jornalismo” que oferecia á plebe o ranking dos ministros mais ricos!

Para mim as regras só pecam por alguma discricionariedade.

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